O
atentado do Estado Islâmico na sexta-feira contra um ônibus que levava
peregrinos coptas ao Mosteiro de São Samuel, Província de Minya, deixou sete
mortos e 19 feridos.
Cidade do Vaticano
Em um clima de dor e desolação, os
cristãos egípcios sepultaram no sábado os mortos no atentado contra um ônibus
com peregrinos que se dirigia ao Mosteiro de São Samuel, o Confessor, na
Província de Minya. Uma cerimônia fúnebre na Igreja copta “Prince Tadros”,
reuniu milhares de pessoas.
“Um episódio de violência que
perturba um período em que se parecia respirar serenidade e segurança. Nós
caímos de volta nesta espiral de violência e ódio que condenamos firmemente”,
disse o núncio apostólico no Egito, Dom Bruno Musarò, ao comentar à agência SIR
o ataque em 2 de novembro , na estrada entre Sohag e Minya, assumido pelo
Estado Islâmico.
"Neste momento - diz o núncio -
não podemos deixar de estar próximos às famílias das vítimas, dos feridos e
rezar por eles. Ao mesmo tempo, como nos exorta o Papa Francisco, precisamos
alimentar a esperança".
A proximidade da Igreja Católica à
Igreja Copta Ortodoxa
"Solidariedade e condolências
aos irmãos coptas" foram expressas pelo padre Greiche Rafiq, porta-voz da
Igreja Católica egípcia, que falou à agência AsiaNews de um "acontecimento
doloroso", não só "para os cristãos, mas também para muitos
muçulmanos" pacíficos, contrários à violência jihadista.
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Segundo o exponente católico, "o
atentado poderia ser uma resposta aos jihadistas" à operação
antiterrorismo realizada em 1º de novembro pelas forças de segurança (com os 18
terroristas mortos) e ao Fórum Internacional da Juventude (WYF), em andamento
de 3 a 6 de novembro em Sharm el Sheikh.
"Não sendo capazes de atingir o
WYF devido aos rígidos controles de segurança - explica ele - os militantes
quiseram atacar um lado mais fraco e um alvo mais fácil." Mas importante
recordar que, há um ano e meio, os jihadistas "atacaram da mesma
forma na mesma área, contra o mesmo objetivo". "É a segunda vez que
isso acontece - conclui o porta-voz da Igreja Católica egípcia - e é provável
que tenham agido por vingança". O medo de que uma nova onda de violência
possa começar "é real".
A condenação do CMI e da UE
De Uppsala, Suécia, onde se realiza
um encontro da Comissão Executiva, veio a condenação do Conselho Mundial de
Igrejas (CMI): "Condenamos este ato e estamos próximos com a solidariedade
e oração pelas vítimas, suas famílias, comunidades e Igrejas. Este ataque é
mais um exemplo abominável do crescimento de crimes de ódio contra as pessoas,
baseado em pertença religiosa. Fazemos um apelo para que ações políticas e
sociais - acompanhadas por uma reflexão teológica – sejam levadas em frente em
todos os âmbitos em que estes crimes são cometidos, para enfrentar o ódio e a
intolerância e promover o respeito pela diversidade, pela dignidade
humana e pelos direitos, pela liberdade de religião e de culto para
todos".
O
embaixador da União Europeia no Cairo, Ivan Surkos, no Twitter, classificou o
ataque de "horrendo e covarde. Estamos fortemente solidários com o Egito
nestes tempos difíceis e apoiamo-lo plenamente na luta contra o
terrorismo". (Com Ag. Sir e Asianews)
Fonte: Vatican News
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