sexta-feira, 30 de novembro de 2018

TEMPO DO ADVENTO



No dia 1º. de dezembro, a Igreja Católica inicia o tempo de Advento. A palavra advento vem do latim advenire: “chegar a”. É o nome que se dá ao período litúrgico de  quatro semana sem que, já desde 450 anos depois de Cristo os fiéis são convidados a se prepararem para a festa do Natal, com mortificações, oração e fervorosa expectativa. No fim deste ano de 2018 é importante que nós cristãos procuremos descobrir o sentido mais profundo do Advento. O tempo do Advento é para a Igreja momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É o tempo de espera e esperança,de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos para a vinda do Senhor.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. O Menino que nasceu em Belém, pobre e rejeitado, é o Rei do Universo. Ele não impõe a sua vontade e o seu reinado, mas convida a todos a acolher sua lei e construir assim uma sociedade de paz e universal fraternidade. Em cada celebração nesse tempo que antecede o Natal, somos convidados a proclamar profeticamente que o Senhor está chagando como libertador, e seus sinais se manifestam nas lutas concretas dos pobres e de todos os que com eles se fazem solidários.
Um dos mais fortes símbolos do Advento é “A Coroa do Advento” colocado ao lado do altar. É feita de galhos verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas quatro grandes velas representando as 4  semanas do Advento. A cada domingo uma vela é acesa; no 1º. Domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem as 4 velas no 4º. Domingo.
  • No 1º. Domingo uma vela branca é acesa (Isaías anuncia a salvação ainda distante; luz pálida).
  • No 2o. Domingo uma vela vermelha é acesa (João Batista testemunha o Salvador já próximo com o martírio).
  • No 3º. Domingo uma vela roxa é acesa (Maria traz o Salvador, roxa cor da penitência).
  • No 4º. Domingo uma vela verde (Jesus traz a salvação, verde da árvore da vida, broto da raiz de Jessé).
Finalmente, na “missa do galo” na véspera do Natal, uma vela de tamanho maior de cor branca é acesa simbolizando Jesus, a luz do mundo chegando.
No Natal Cristo entra na história dos homens. Com Cristo, essa história deve tornar-se uma história de salvação, de virtude, de libertação, de fraternidade e de paz.  Se essas realidades ainda faltam hoje, é porque muitas portas não se abriram para o Senhor. É preciso acolher o Cristo com sua graça e sua mensagem. Não tenhais medo de abrir as portas para Cristo.  O indivíduo que se converte; a família que se santifica; a sociedade que se torna  mais justa; a humanidade  que anda segundo alei de Deus – eis os frutos do Natal verdadeiro, do qual, consequentemente,brotará uma autêntica alegria e uma paz cheia de esperanças.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista

PAPA FRANCISCO: ANUNCIAR CRISTO NÃO É MARKETING, MAS COERÊNCIA DE VIDA




Na missa na Casa Santa Marta, Francisco rezou pela unidade dos cristãos, no dia em que a Igreja festeja Santo André, padroeiro da Igreja de Constantinopla.
Giada Aquilino – Cidade do Vaticano
Na festa de Santo André (30/11), o Papa Francisco celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta, convidando os fiéis a estarem "próximos da Igreja de Constantinopla", a Igreja de André, rezando “pela unidade das Igrejas”.

Coerência em anunciar Cristo

Na homilia, o Pontífice exortou a deixar de lado “aquela atitude, o pecado, o vício” que cada um de nós tem “dentro” de si, para ser “mais coerente” e anunciar Jesus de modo que as pessoas creiam com o nosso testemunho.
Refletindo sobre a Primeira Leitura, em que São Paulo explica como a fé provenha da escuta e a escuta diz respeito à Palavra de Cristo, o Papa recordou como é “importante o anúncio do Evangelho”, o anúncio de que “Cristo nos salvou, de que Cristo morreu e ressuscitou por nós”. De fato, o anúncio de Jesus Cristo não é levar "uma simples notícia”, mas “a única grande Boa Notícia”. Francisco explicou então o que significa o anúncio:
Não é um trabalho de publicidade, fazer propaganda para uma pessoa muito boa, que fez o bem, curou tantas pessoas e nos ensinou coisas belas. Não, não é publicidade. Tampouco é fazer proselitismo. Se alguém vai falar de Jesus Cristo, pregar Jesus Cristo para fazer proselitismo, não, isso não é anúncio de Cristo: isso é um trabalho, de pregador, feito com a lógica do marketing. Que é o anúncio de Cristo? Não é nem proselitismo nem propaganda nem marketing: vai além. Como é possível compreender isso? É antes de tudo ser enviado.
Portanto, ser enviado “à missão”, fazendo entrar “em jogo a própria vida”. O apóstolo, o enviado que “leva o anúncio de Jesus Cristo”, explicou Francisco, “o faz com a condição de que coloque em jogo a própria vida, o próprio tempo, os próprios interesses, a própria carne”. O Papa citou um ditado argentino, que implica “colocar a própria carne sobre o fogo”, isto é, colocar-se em jogo.
Esta viagem, de ir ao anúncio, arriscando a vida, porque jogo a minha vida, a minha carne – esta viagem – tem somente passagem de ida, não de volta. Voltar é apostasia. Anunciar Jesus Cristo com o testemunho. Testemunhar significa colocar em jogo a própria vida. Faço aquilo que digo.

Os mártires experimentam o verdadeiro anúncio

A palavra, “para ser anúncio”, deve ser testemunho, reiterou Francisco, que fala de “escândalo” a propósito dos cristãos que dizem sê-lo e depois vivem “como pagãos, como descrentes”, como se não tivessem “fé”.
O Papa então convida à “coerência entre a palavra e a própria vida: isso – evidenciou – se chama testemunho”. O apóstolo, o anunciador, “aquele que leva a Palavra de Deus, é uma testemunha”, que coloca em jogo a própria vida “até o fim”, e é “também um mártir”. De outro lado, foi Deus Pai que para "fazer-se conhecer" enviou “seu Filho em carne, arriscando a própria vida”. Um fato que “escandalizava assim tanto e continua a escandalizar”, porque Deus se fez “um de nós”, numa viagem “com passagem somente de ida”.
O diabo tentou convencê-lo a tomar outra estrada, e Ele não quis, fez a vontade do Pai até o fim. E anúncio Dele deve ir para a mesma estrada: o testemunho, porque Ele foi a testemunha do Pai feito carne. E nós devemos fazer-nos carne, isto é, fazer-nos testemunhas: fazer, fazer aquilo que dizemos. E isso é o anúncio de Cristo. Os mártires são aqueles que [demonstram] que o anúncio foi verdadeiro. Homens e mulheres que deram a vida – os apóstolos deram a vida – com o sangue; mas também tantos homens e mulheres escondidos na nossa sociedade e nas nossas famílias, que dão testemunho todos os dias, em silêncio, de Jesus Cristo, mas com a própria vida, com aquela coerência de fazer aquilo que dizem.

Um anúncio frutuoso

O Papa recordou que todos nós, com o Batismo, assumimos “a missão” de anunciar Cristo”: vivendo como Jesus “nos ensinou a viver”, “em harmonia com aquilo que pregamos”, o anúncio será “frutuoso”. Se, ao invés, vivemos “sem coerência”, “dizendo uma coisa e fazendo outra contrária”, o resultado será o escândalo. E o escândalo dos cristãos, concluiu, faz muito mal “ao povo de Deus”.

Veja um trecho da homilia do Santo Padre

Fonte: Vatican News

FESTA EM HONRA A SANTA LUZIA NA PARÓQUIA SÃO JOÃO EUDES




A Paróquia São João Eudes promoverá, de 4 a 13 de dezembro, novenário em honra a Santa Luzia, tendo como tema, segundo os organizadores, “Através dos olhos de Santa Luzia, enxergar o amor de Deus nos irmãos”.
A programação foi apresentada e divulgada ontem, dia 28 de novembro, durante a reunião das pastorais da Paróquia, no salão de reuniões da Igreja Matriz, no bairro Luciano Cavalcante,  coordenada pelo padre Clériston Ferreira e que contou com a presença de representações de todas as pastorais, movimentos e serviços.

Afora missas, novenas e reza do terço mariano, haverá também, todas as noites, uma programação social, com a participação das comunidades Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Menino Deus (Igreja Matriz), Nossa Senhora da Libertação e Divina Misericórdia e representações das pastorais, movimentos e serviços.

PROGRAMAÇÃO

Dia 4 – terça-feira – 18 horas: terço, novena e Missa de abertura.
Dia 5 – quarta-feira – 18 horas: terço, novena e Missa, tendo como convidados :  JME, Música e MESC
Dia 6 – quinta-feira – 18 horas: terço, novena e Missa. Os convidados são o Terço dos Homens e Legião de Maria.
Dia 7 – sexta-feira – 18 horas: terço, novena e missa, tendo como convidados as Legionárias e o ECC.
Dia 8 – sábado – 18 horas: terço, novena e missa. Os convidados são  Eudinho/Coroinhas/Batismo.
Dia 9 - domingo – 07hs. Santa Missa; 08hs Caminhada, 18 horas: terço, novena e missa e os convidados são as comunidades Nossa Senhora da Libertação e Divina Misericórdia.
Dia 10 – segunda-feira – 18 horas: terço, novena e missa. Convidados: Pastoral Familiar e  Capela Menino Deus.
Dia 11 – terça-feira – 18 horas: terço, novena e missa. Convidada: A comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Dia 12 – quarta-feira – 18 horas: terço, novena e missa: Convidadas: Mãe dos Pobres e Aparecida.
Dia 13 – quinta-feira – Encerramento da Festa, com celebrações eucarísticas às 6 e 9 horas, a procissão às 17h30 min e logo em seguida, às 19 horas,
a  santa  missa.
Depois da Missa, bingos, rifas, bazar, músicas.
Vale ressaltar que todos os dias haverá barracas, com comidas típicas e  música.

O TEMPO DE DEUS...

Pe. Johnja Lopez

COMISSÃO EPISCOPAL DE TEXTOS LITÚRGICOS DEVE CONCLUIR TRADUÇÃO DO MISSAL ROMANO ATÉ 2019



Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos deve concluir tradução do missal romano até 2019
A Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos (Cetel) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está quase finalizando a tradução do Missal Romano. O grupo esteve mais uma vez reunido na sede da CNBB, em Brasília (DF), durante os dias 27 a 29 de novembro.

Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos (Cetel). Crédito: Daniel Flores/CNBB
Conforme o presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, dom Armando Bucciol, o grupo está agora tratando a última parte do Missal Romano, que se refere às Missas dos Defuntos. “É uma parte bem densa e também bem ampla”, disse.
De acordo com o bispo, todo anseiam acelerar o processo, mas devido a busca por uma linguagem compreensiva e fiel ao texto originário, por parte do grupo, o processo torna-se mais lento, porém caprichoso. “Confesso que não é fácil, mas esperamos terminar o quanto antes”, disse dom Armando.
Padre Leonardo, assessor nacional da Comissão para a Liturgia concorda que o trabalho é longo e árduo. Ele explica que o processo já vem sendo feito há 12 anos e só agora é que o grupo se encaminha para a tradução das últimas páginas do missal.
“Sei que há um anseio muito grande do nosso clero, das comunidades, mas a Comissão tem se esforçado por esse trabalho minucioso, cuidadoso, mas feito com muito carinho para que se ofereça a todo o Brasil o próximo Missal Romano, levando em consideração todos os pontos necessários para uma boa e bela tradução”, disse.
Antes da Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada em maio do próximo ano, padre Leonardo destaca que a Cetel vai se reunir mais uma vez, em fevereiro, para tentar agilizar ainda mais o processo. “Esperamos de fato que nessa reunião e na próxima consigamos terminar os trabalhos da tradução para depois ficarmos só com a parte propriamente dita da revisão, com a proposta dos bispos em Assembleia para emendas, acréscimos e correções’, finalizou.

REFERENCIAIS E ASSESSORES DA PASTORAL FAMILIAR SE REÚNEM PARA ENCONTRO NACIONAL




Referenciais e Assessores da Pastoral Familiar se reúnem para Encontro Nacional
“A eclesiologia do Papa Francisco e a Pastoral Familiar numa Igreja em saída” é o tema do Encontro Nacional de Referenciais e Assessores da Pastoral Familiar, que termina nesta sexta-feira (30), em Salvador (BA). Todo o trabalho conta com a assessoria do doutor em teologia e padre jesuíta Mario de França Miranda, que contribuiu através de grupos de trabalho na elaboração do Documento de Aparecida, 2007, foi assessor da CNBB e do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). Atualmente é Professor associado da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
O encontro organizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) através da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), refletiu sobre a assessoria da Pastoral Familiar no Brasil a partir dos ensinamentos do Papa Francisco para que a ação evangelizadora chegue de forma mais eficaz e atual na vida das famílias.
Dom João Carlos Petrini
“Mais do que um manual do usuário, esses encontros têm a finalidade de proporcionar uma compreensão mais aprofundada da realidade na qual vivemos e do Desígnio de Deus que a cada um envolve, de maneira tal que as famílias, os grupos de Pastoral Familiar e os Movimentos Familiares terão mais elementos para avaliar seus ambientes e elaborar ações que possam dar respostas aos desafios enfrentados”, destaca o bispo de Camaçari (BA) e membro da Comissão para Vida e a Família da CNBB, dom João Carlos Petrini.
Alguns documentos e outras palavras do papa Francisco a respeito da Família, a começar pela Exortação Apostólica Amoris Laetitia, fruto de dois Sínodos sobre a Família, são objeto de reflexão nesses dois dias de evento.
De acordo com dom Petrini, temas importantes como a Igreja e a Pastoral Familiar podem contribuir para aliviar o sofrimento de muitas famílias e corrigir as situações que o provocam como o desemprego; o clima de violência instalado especialmente nas grandes cidades e a valorização da família estão entre os pontos chave dessa reflexão.
“O empenho das famílias em educar seus filhos na religião, para que aprendam valores cristãos e tenham critérios que orientem suas condutas segundo a sabedoria do Evangelho, também está pautado no encontro”, relata.
Segundo dom Petrini, o grande desafio para a ação evangelizadora da Pastoral Familiar é mostrar a beleza, a alegria e a paz que florescem quando o amor humano é vivido numa família cristã.
“O desafio é documentar e testemunhar um tipo de vida mais carregado de significado, de beleza, de razões persuasivas, de dignidade e de grandeza na vivência do amor conjugal, da maternidade e da paternidade na vida de família, quando se deixam iluminar pela Luz de Cristo”, ressalta.
Fonte: CNBB

DIA DO TEÓLOGO: "A VERDADEIRA TEOLOGIA SE FAZ COM UM OLHO NA PALAVRA E OUTRO NA REALIDADE",DOM CIPPOLINI




Dia do Teólogo: “A verdadeira teologia se faz com um olho na Palavra e outro na realidade”, dom Cippolini
Dom Pedro Cippolini no lançamento da nova edição da Bíblia CNBB. Foto: Imprensa CNBB/Daniel Flores
Por ocasião do Dia dos Teólogos, celebrado dia 30 de novembro, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Pedro Carlos Cipollini, reforça a mensagem de que não se pode esquecer que a verdadeira teologia se faz na oração e na humildade, com um olho na Palavra e outro na realidade, especialmente no pobre. O bispo de Santo André (SP) destaca que toda teologia verdadeira termina na mística.
O trabalho dos teólogos e teólogas, segundo dom Pedro Cipollini, traduz-se na reflexão sobre Deus a partir da luz da fé, cotejando-a com a razão e a inteligência. Dom Cipollini ressalta que os teólogos são importantes porque ajudam a atualizar o discurso ou a fala sobre os mistérios revelados, favorecendo sua assimilação e incidência na realidade da vida do dia a dia. “Tanto a Teologia como os teólogos são necessários à vida da Igreja”, disse.
 Fonte: CNBB

EM ENTREVISTA, DOM MANOEL JOÃO FRANCISCO FALA SOBRE O SIGNIFICADO O SENTIDO DO TEMPO ITÚRGICO


Em entrevista, dom Manoel João Francisco fala sobre o significado e o sentido do tempo litúrgico
A Igreja através de sua experiência milenar encontrou maneiras de preparar suas festas principais. Por isto instituiu o Advento, como tempo propício de preparação, que antecede o Natal do Senhor. A palavra “Adventus”, do latim, era usada por ocasião da vinda de Jesus Cristo.
A liturgia da Igreja fala, durante o Advento, na preparação de duas vindas do Senhor: a primeira, acontecida com o nascimento de Jesus, em Belém, que é tornada presente no Natal. A segunda, celebrada como expectativa da vinda de Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa.
Por ocasião deste tempo litúrgico, que este ano tem início no dia 02 de dezembro, o portal da CNBB entrevistou o bispo de Cornélio Procópio, no Paraná, dom Manoel João Francisco, que também é membro da Comissão Episcopal de Texto Litúrgicos da CNBB, a Cetel. Ele falou sobre o significado e sentido do tempo litúrgico, assim como sobre a cor litúrgica desse tempo.  Confira, abaixo, a entrevista na íntegra:
Dom Manoel, qual é o significado e o sentido litúrgico do Advento?
Advento como diz a palavra significa a vinda do Senhor ou também chegada do Senhor. O Advento nos lembra a memória da primeira vinda de Cristo na Terra e com isso nos preparamos para o Natal, mas também o Advento nos faz lembrar a segunda vinda. Fazendo memória da primeira vinda, nós nos preparamos para a segunda vinda do Senhor no final dos tempos, porque quando ele voltou para junto do Pai, ele prometeu que haveria de voltar e não nos disse nem o dia, nem a hora, mas que iria voltar; então nós precisamos estar preparados para essa segunda vinda, aliás as leituras e as orações desse período, principalmente as primeiras semanas do Advento colocam-nos nesse clima de vigilância, de oração, de expectativa da segunda vinda.
Também entre a primeira vinda, da qual nós temos memória e a segunda vinda para a qual nós nos preparamos existe várias vindas do Senhor, são vindas misteriosas, sacramentais. O Senhor se torna presente ou vem para nós através da sua Palavra, através de todos os sacramentos, especialmente da Eucaristia, através da pessoa dos irmãos e irmãs, de modo especial na pessoa dos necessitados, empobrecidos, excluídos, e nós só nos preparamos adequadamente para a segunda vinda na medida em que nós acolhamos o Senhor que vem nessas vindas misteriosas, nessas vindas sacramentais no nosso estar, na nossa vida presente, então esse é o sentido do advento: fazer memória da primeira vinda, nos preparar para a segunda vinda acolhendo o Senhor que vem agora de diversas formas.
Qual é a cor litúrgica desse tempo?
A cor é o roxo porque no Advento nós ficamos nessa expectativa e nos preparando para a segunda vinda que pede penitência e o roxo é sinal de penitência, mas uma penitência alegre, uma alegre expectativa digamos assim… E no terceiro domingo do Advento essa alegria se manisfesta de uma forma um pouco mais clara, e por isso que no terceiro domingo do Advento também é possível usar o paramento de cor rosa.
O Advento é um tempo penitencial?
É penitencial porque pede um pouco de penitência, sem dúvida, ao nos prepararmos. Pede conversão! A vida cristã inteira pede conversão e de uma forma toda especial durante a Quaresma, que é a preparação para a Páscoa, mas também no Advento esse pedido de conversão manifestado e por isso mesmo ele é penitencial, mas não tão penitencial quanto a Quaresma.
 Fonte: CNBB

EVANGELHO DO DIA


Mateus 4, 18-22


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 4,18-22

18Quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.  19Jesus disse a eles: 'Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens.'  20Eles, imediatamente deixaram as redes e o seguiram.  21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles, imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE



30 DE NOVEMBRO DE 2018

6ª. FEIRA – SANTO ANDRÉ

 

APÓSTOLO - FESTA

Cor Vermelho

 

1ª. Leitua – Rm 10, 9-18


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 10,9-18

Irmãos: 9Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação.11Pois a Escritura diz: "Todo aquele que nele crer não ficará confundido". 12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. 13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. 14Mas, como invocá-lo, sem antes crer nele?como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém que pregue? 15E como pregar, sem ser enviado para isso?Assim é que está escrito: "Quão belos são os pés dos que anunciam o bem". 16Mas nem todos obedeceram à Boa-nova. Pois Isaías diz:"Senhor, quem acreditou em nossa pregação?" 17Logo, a fé vem da pregação e a pregação se faz pela palavra de Cristo. 18Então, eu pergunto: Será que eles não ouviram? Certamente que ouviram, pois "a voz deles se espalhou por toda a terra, e as suas palavras chegaram aos confins do mundo". Palavra do Senhor.

Reflexão – “quem poderá ser salvo”

Em outras palavras, São Paulo nos afirma que todo aquele (a) que declarar com os lábios, aceitar no coração e testemunhar com a vida, que Jesus Cristo é o seu Senhor, será salvo.  É, portanto, por nosso intermédio, que esta afirmação de São Paulo irá espalhar-se por toda a terra, pois só pode invocar a assistência de Deus aquele (a) que nele crê porque antes escutou alguém falar e testemunhar as obras do Senhor na sua vida. Acreditar, confiar e depender, este é o tripé da fé.  A salvação de Jesus corre o mundo através do testemunho de homens e mulheres que tiveram uma experiência com Ela. A Salvação é o próprio Jesus agindo na nossa vida, no entanto, muitos ainda permanecem “surdos” porque nós ainda permanecemos “mudos”. Por isso, somos também nós enviados a anunciar o bem e, mesmo que alguns não deem ouvido à nossa pregação, mesmo que às vezes tenhamos a impressão de que o nosso esforço não está valendo a pena por tudo o que nós estamos sofrendo, as palavra do profeta nos alentam: “Quão belos são os pés dos que anunciam o bem”. Somos enviados (as) a noticiar ao mundo que todo aquele (a) que crer em Jesus Cristo, não será confundido (a).

– Você tem anunciado ao mundo a sua experiência com Jesus Cristo? 
–- Como você tem expressado ao mundo a sua fé em Jesus Cristo?
- A sua vida tem sido uma demonstração de que você é filho (a) de Deus?
- As outras pessoas notam que a sua vida tem coerência com a sua fé?
- Qual é o “mundo” a quem você precisa noticiar a sua fé com a sua vida?

 

Salmo  18(19A),2-3.4-5 (R. 5a)

R. Seu som ressoa e se espalha em toda terra. 

2Os céus proclamam a glória do Senhor, * e o firmamento, a obra de suas mãos;
3o dia ao dia transmite esta mensagem, * a noite à noite publica esta notícia. R. 

4Não são discursos nem frases ou palavras, * nem são vozes que possam ser ouvidas;
5seu som ressoa e se espalha em toda a terra, * chega aos confins do universo a sua voz. R.

Reflexão - A ação poderosa do Senhor se faz notar pelas obras que nós contemplamos.

Tudo nos fala de Deus, os céus, o firmamento, o dia e a noite. A obra de Deus se manifesta através de tudo o que nós vemos, tocamos e sentimos. Assim também as nossas ações falam mais do que os nossos discursos. O bem que nós fazemos em Nome de Deus soa firme no coração do mundo e, enquanto mais nós nos elevamos o mundo também se eleva por causa de nós.  A nossa própria existência já é uma prova do poder de Deus e, nem precisamos de frases nem palavras bonitas para fazer ressoar nos confins da terra, a Palavra de Deus.

Evangelho – Mt 4, 18-22


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 4,18-22

18Quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.  19Jesus disse a eles: 'Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens.'  20Eles, imediatamente deixaram as redes e o seguiram.  21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles, imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.
Palavra da Salvação.

Reflexão – “somos chamados por Jesus”

Jesus chamou os que Ele quis  não porque fossem homens desocupados e não tivessem nada para fazer, muito pelo contrário cada um deles tinha  uma profissão, tinha  uma história.  Quando Jesus viu os dois irmãos, notou que eles estavam ocupados na sua lida diária e, assim mesmo os escolheu e “eles imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e O seguiram!”.  Assim mesmo Jesus faz com cada um de nós que encontra graça diante dele. Ele nos chama não porque sejamos homens e mulheres desimpedidos de tarefas, de planos e ocupações.  O nosso trabalho, a nossa profissão, a rotina da nossa vida não são impedimento para que sigamos a Jesus e vivamos os Seus ensinamentos. Deixar imediatamente, as redes, a barca e o pai, significam a nossa total anuência ao chamado de Jesus com a consciência de que Ele nos chama com a autoridade de quem sabe o que é melhor para cada um de nós, e por isso, tem a primazia nas nossas escolhas. Jesus nos chama a ser “pescadores de homens” por meio do nosso testemunho de fidelidade a Deus e aos irmãos. O Seu chamado é irrevogável e intransferível, por isso, ninguém poderá assumir o nosso lugar.  É necessário, porém, que estejamos livres de qualquer empecilho, desapegados (as) de tudo quanto nos prende, mesmo que seja o trabalho, a profissão, a família, os bens. Às vezes nos desculpamos porque somos muito ocupados (as), mas Jesus veio chamar justamente àqueles que se comprometem e que têm que renunciar a alguma coisa. Ele deseja que o nosso coração esteja livre de tudo e de todos para que possamos segui-Lo, vivendo a Lei do amor. 

Você já se sente chamado (a) por Jesus? – Você acha que Ele já o (a) viu e o (a) notou? 
– Qual tem sido a sua reação ao chamado de Jesus no serviço do reino?
 – Será que você tem dado desculpas esfarrapadas?
 – Aproveite o tempo de agora, não perca as oportunidades!

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho