Durante
quase um mês a Assembleia sinodal refletiu questões delicadas que dizem
respeito às novas gerações. O Santo Padre reiterou que "o Sínodo não é um
Parlamento".
Silvonei José – Cidade do Vaticano
A Igreja está vivendo um momento
"difícil", é "perseguida com acusações contínuas" e,
portanto, é o momento de defendê-la, todos juntos. Este o apelo do Papa
Francisco na conclusão do Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens no
início da noite deste sábado, (27/10), no Vaticano.
Durante quase um mês a Assembleia
sinodal refletiu questões delicadas que dizem respeito às novas gerações. O
clima da sala do Sínodo neste sábado foi muito positivo e o Papa foi
frequentemente interrompido pelos aplauso durante as suas palavras
improvisadas. “Mas tudo isso – disse - não pode deixar de lado o momento
complicado que se vive, entre acusações externas e internas”.
Momento difícil
“É um momento difícil porque o
acusador – disse o Papa se referindo ao diabo - através de nós ataca a Mãe e a
Mãe não se toca", sublinhou referindo-se à Igreja, acrescentando:
"Todos nós devemos defendê-la". As acusações contra a Igreja se
tornam "perseguição", como acontece com os cristãos do Oriente, mas
"há outro tipo de perseguição, com acusações contínuas para sujar a
Igreja. A Igreja não deve ser sujada, nós filhos somos todos sujos", os
filhos são pecadores", "mas a Mãe não, devemos defendê-la, todos, e
por isso eu pedi para todos rezarem o Terço "neste mês de outubro, todos
os dias, pela unidade da Igreja.
Em seguida o Papa Francisco falou
sobre os trabalhos do Sínodo: "Nós aprovamos o documento, agora o Espírito
nos dá o documento para que trabalhe no nosso coração. Nós somos os
destinatários do documento, e ele ajudará muitos outros, mas os primeiros
destinatários somos nós".
Sínodo não é um Parlamento
O Santo Padre reiterou ainda que
"o Sínodo não é um Parlamento, mas um espaço protegido” porque é o
Espírito Santo quem opera. Depois indicou aos padres sinodais qual deve ser o
caminho a ser seguido a partir deste momento, porque não é suficiente um pedaço
de papel. "O resultado do Sínodo não é um documento, eu disse isso no
início. Estamos cheios de documentos”. “E então o documento aprovado hoje vai dar
frutos se for meditado e acompanhado pela oração”.
O Pontífice agradeceu ainda
sinceramente todos pelo trabalho feito neste mês de outubro. Começando
precisamente pelos jovens que participaram do Sínodo dos bispos como ouvintes:
"Eles trouxeram a sua música para esta sala – disse. Música é uma palavra
diplomática para dizer barulho", disse Francisco sorrindo.
Em
seguida, Francisco agradeceu o secretário geral do Sínodo do Bispos,
cardeal Lorenzo Baldisseri e os subsecretários pelo seu trabalho. "Eu
disse que eles tinham deixado a pele no documento preparatório, agora eu digo
que eles deixaram os ossos", foi a brincadeira final para dizer obrigado a
todos.
Fonte: Vatican News
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