Virgem de Medjugorje / Foto:
Wikipédia Beemwej (CC-BY-SA-3.0)
ROMA, 12 Dez. 17 / 10:09 am (ACI).- O Arcebispo Henryk
Hoser, enviado do Papa Francisco a Medjugorje, esclareceu em entrevista à mídia
italiana que, embora possam ser organizadas peregrinações de oração, devem ser
“espirituais e não relacionadas às aparições da Virgem aos videntes”.
Dom Hoser fez este esclarecimento
depois que vários meios mencionaram as suas declarações em 7 de dezembro ao
site católico Aleteia, onde disse: “o culto em Medjugorje está permitido. Não
está proibido e não deve ser feito em segredo”.
“Hoje, a diocese e outras
instituições podem organizar peregrinações oficiais. Não há nenhum problema”,
acrescentou.
Em entrevista com o jornal italiano
Il Giornale, o Arcebispo disse que “é verdade o que eu disse, embora talvez com
um tom um pouco exagerado, mas é absolutamente autêntico que se possa organizar
peregrinações de oração a Medjugorje sem nenhum problema, desde que
sejam espirituais e não se refiram às aparições da Virgem aos videntes”.
Nesse sentido, ante a insistência da
mídia, o Arcebispo Emérito de Praga disse que “é necessário distinguir entre o
culto e as aparições. Se um bispo quiser organizar uma peregrinação de oração
para rezar à Virgem em Medjugorje, pode realizá-la sem problemas. Mas se estas
são peregrinações organizadas para ir conhecer as aparições, isto não está
permitido, não há autorização para isso”.
Dom Hosek enfatizou que “o culto
mariano em Medjugorje não está absolutamente proibido”. “É sempre acessível,
porque é universal. Não é preciso, portanto, uma autorização para orar à
Virgem”, indicou.
Nesse sentido, acrescentou que o
decreto dos bispos da
ex-Jugoslávia que criticava as peregrinações a esta cidade “já não é mais
relevante”.
Sobre os videntes
Em suas declarações a ‘Il Giornale’,
o enviado do Papa Francisco recordou que “o problema dos videntes ainda não foi
resolvido”. “No Vaticano eles estão trabalhando. O documento está agora na
Secretaria de Estado. Creio que a decisão final será tomada”.
Do mesmo modo, se referiu às
peregrinações que viu nesta cidade da Bósnia Herzegovina. “Eu encontrei um
culto correto, cristocêntrico, clássico. Não encontrei aspectos raros ou
desconhecidos pela Igreja”.
Sobre os sacerdotes, disse que “se
comportam bem, eles atendem muitas confissões. Não é um lugar de férias, não há
circunstâncias que sugerem que os sacerdotes estão neste local para
divertir-se”.
Em 11 de fevereiro de 2017, a Santa
Sé informou que o Papa nomeou Dom Henryk Hoser como “enviado especial” a
Medjugorje com um objetivo “exclusivamente pastoral”; e não por causa da
suposta aparição mariana, cuja questão doutrinária é responsabilidade da
Congregação para a Doutrina da Fé.
“O objetivo desta missão é adquirir
um conhecimento mais profundo da situação pastoral dessa realidade e,
sobretudo, das exigências dos fiéis que fazem uma peregrinação e, com base
nisso, sugerem possíveis iniciativas pastorais para o futuro. Terá, portanto,
um caráter exclusivamente pastoral”, assinalava o texto.
“O enviado especial - contextualizou
neste dia o Diretor da Sala de imprensa da Santa Sé, Greg Burke, - não entrará
no mérito das aparições marianas, que são um tema doutrinário que corresponde à
Congregação para a Doutrina da Fé”.
Fonte:
ACI Digital
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