REDAÇÃO
CENTRAL, 22 Out. 17 / 04:00 am (ACI).- “Não, não tenhais
medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo”, disse São
João Paulo II ao iniciar o seu pontificado. Aquela data marcou a história do
Papa polonês, tanto que a Igreja determinou
este mesmo dia, 22 de outubro, como data da memória litúrgica do santo.
Karol
Wojtyla nasceu em 18 de maio de 1920, na cidade de Wadowice, na Polônia, onde
viveu até 1938, quando se mudou para Cracóvia. Teve uma juventude muito dura
pelo ambiente de ódio e destruição da Segunda Guerra Mundial com a invasão
nazista. No outono de 1940, trabalhou como operário nas minas de pedra e depois
numa fábrica química.
Mantendo-se
firme na fé, em outubro de 1942, entrou no seminário clandestino de Cracóvia e
foi ordenado sacerdote em 1º de novembro de 1946.
Em 1958,
foi ordenado Bispo, adotando como lema episcopal a expressão mariana Totus tuus
(todo teu) de São Luís Maria Grignion de Montfort. Inicialmente, foi Bispo
auxiliar e, a partir de 1964, Arcebispo de Cracóvia. Participou em todas as sessões do Concílio Vaticano II, tendo deixado
importantes contribuições nas constituições dogmáticas ‘Gaudium et Spes’ e
‘Lumen Gentium’. Em 26 de junho de 1967, foi criado Cardeal pelo Beato Papa
Paulo VI.
Quando, de
maneira repentina, João Paulo I faleceu, em 1978, Karol Wojtyla foi eleito
Supremo Pontífice, na tarde de 16 de outubro, depois de oito escrutínios.
Primeiro Pontífice eslavo da história e primeiro não italiano depois de quase
meio milênio.
De personalidade
carismática, afirmou-se imediatamente pela grande capacidade comunicativa e
pelo estilo pastoral fora dos esquemas. Com grande vigor, realizou muitas
viagens: foram 104 internacionais e 146 na Itália; 129 países visitados nos
cinco continentes. Estes dados lhe renderam o apelido de Papa peregrino.
O Brasil
recebeu a graça de sua visita em três ocasiões. A primeira, em 1980, foi também
a primeira vez que um Pontífice pisava em solo brasileiro. Na ocasião, presidiu
beatificação do jesuíta espanhol José de Anchieta, fundador da cidade de São
Paulo, que foi canonizado em 2014 pelo Papa Francisco. A segunda foi em 1991,
quando visitou a Bem-Aventurada Irmã Dulce, em Salvador. A terceira e última
aconteceu em 1997, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, no Rio de
Janeiro.
Este
encontro com as famílias, aliás, foi idealizado por São João Paulo II. Tal
iniciativa, junto a outras ações em favor da vida e
da família (entre elas a exortação apostólica ‘Familiaris Consortio’ e a carta
encíclica ‘Evangelium Vitae’), fizeram com que ficasse conhecido como o Papa da
Família.
Também foi
uma iniciativa sua as Jornadas Mundiais da Juventude, nas quais se reuniu com
milhões de jovens de todo o mundo.
Entre os
números de seu pontificado, podem ser mencionadas as frequentes cerimônias de
beatificação e canonização, durante as quais foram proclamados 1.338 beatos e
482 santos.
São João
Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005 às 21h37, na noite prévia ao Domingo da
Divina Misericórdia, data que ele mesmo instituiu.
Após 26
dias do seu falecimento, Bento XVI concedeu
a dispensa dos cinco anos de expectativa prescritos permitindo o início da
causa de canonização. Em 1º de maio de 2011, Bento XVI o proclamou beato e, em
27 de abril de 2014, Papa Francisco o canonizou.
Fonte: ACI Digital
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