Cardeal Jorge Urosa. Foto Daniel
Ibáñez (ACI Prensa)
CARACAS, 14 Set. 16 / 08:00 pm (ACI).-
O Arcebispo de Caracas e Primaz da Venezuela, advertiu aos fiéis que a
ideologia de gênero busca dissolver a família e destruir o matrimônio natural
ou tradicional, formado por um homem e uma mulher.
Em sua palestra durante o evento
“Desafios atuais para a família”, realizado em Caracas no dia 10 de setembro, o
Cardeal explicou que a família recebe atualmente uma série de ataques que se
originam na ideologia de gênero.
“A ideologia de gênero é uma corrente
cultural e política que sustenta que o sexo e a genitalidade –anatomicamente e
fisiologicamente – não são importantes nem determinantes, mas sim o gênero, ou
seja, a atitude ou o papel, algo subjetivo que a pessoa e a sociedade –a
cultura– assume ou induz ao indivíduo”, explicou o Cardeal.
Essa corrente, continuou, “atualmente
é muito ativa e pretende se impor através da educação e das leis”.
O Arcebispo de Caracas denunciou
ainda que “a ideologia de gênero promove uma radical mudança cultural da sociedade
humana, propícia a prática indiscriminada e sem limites morais da sexualidade;
busca a dissolução da família e a destruição do matrimônio natural, tradicional
ou heterossexual”.
Em seguida, o Cardeal precisou que a
ideologia de gênero “quer impor uma nova sociedade e está radicalmente contra
os ensinamentos morais da Igreja sobre
a sexualidade, o matrimônio e a família”.
Os ataques contra a família, disse o
Cardeal venezuelano, são “apoiados inclusive por poderosos organismos
internacionais e por grandes capitais”.
Um destes ataques é a promoção, nos
últimos anos, do ‘casamento igualitário’. “Este é um suposto casamento entre
pessoas do mesmo sexo; o qual não é natural, tradicional, nem algo aceito na
maioria das culturas do mundo”.
Esta promoção, ressaltou o Cardeal,
faz parte da corrente da ideologia de gênero que o Papa Francisco denunciou
claramente na exortação pós-sinodal Amoris Laetitia.
Nesse documento, recordou o
Arcebispo, o Pontífice explica que a ideologia de gênero “nega a diferença e a
reciprocidade natural de homem e mulher. Esta prevê uma sociedade sem
diferenças de sexo, e esvazia a base antropológica da família. Esta ideologia
leva a projetos educativos e diretrizes legislativas que promovem uma
identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculadas da
diversidade biológica entre homem e mulher”.
Ante esta realidade, concluiu o
Cardeal Urosa, os fiéis devem “assumir a missão” de “enfrentar esse gravíssimo
desafio da Igreja, da sociedade e da cultura mundial em geral”, procurando
“promover, defender e fortalecer a família como um elemento fundamental para a
felicidade humana e a vida da Igreja”.
Fonte: ACI Digital
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