sexta-feira, 9 de outubro de 2015

COLETIVA: SÍNODO REFLETE TAMBÉM SOBRE TEMA DO DIACONATO FEMININO


Cidade do Vaticano (RV) - “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”: este é o tema que norteia a XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano, cujos trabalhos se concentram, neste momento, nos Círculos menores.
Conduzida pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, a coletiva desta quinta-feira teve como convidados, na qualidade de relatores e membros dos Círculos menores, o arcebispo de Ancona-Osimo (Itália), Cardeal Edoardo Menichelli; o arcebispo de Acra (Gana), Dom Charles Palmer-Buckle; e o Patriarca de Antioquia dos Sírios, Dom Ignatius Youssif III Younan, o qual lançou um apelo: “O Ocidente não esqueça os cristãos do Oriente Médio”.
“Estamos realmente preocupados e alarmados com a situação das comunidades cristãs no Oriente Médio e, sobretudo, com as provações catastróficas a que as famílias são submetidas, divididas porque fazem de tudo para sair do inferno em que vivem na Síria e no Iraque.”
Foi o dramático apelo lançado pelo Patriarca Younan. “Deploramos o fato de não conseguirmos convencer as novas gerações a permanecer onde o cristianismo teve suas origens.”
E reiterou: “Temos centenas de pessoas reféns dos terroristas islâmicos, é um fenômeno catastrófico de longa duração.
O apelo é feito no sentido de trazer a voz dos perseguidos, sobretudo, para o Ocidente, porque – ressaltou o patriarca – “nos sentimos esquecidos e traídos pela Europa e EUA”. E concluiu: “Trazemos a nossa voz aos potentes a fim de que a situação mude”.
“Não estamos aqui para frear ninguém, mas para propor aquilo que sentimos acerca da família e para o bem da Igreja”, acrescentou, por sua vez, o arcebispo ganense, Dom Palmer-Buckle. Na África, explicou, “há um conceito alargado de família e nós queremos ver como manter vivos os valores e as alegrias de tal família alargada”.
“O futuro da família é a missão da Igreja”, reiterou o arcebispo de Acra, sobretudo no continente africano, onde a Igreja católica está crescendo muito rapidamente. Em seguida, o prelado assegurou: os temas do Sínodo não são somente europeus, mas da Igreja em sua universalidade.
Por sua vez, o Cardeal Menichelli observou que este Sínodo é um Sínodo do povo, fruto da contribuição das dioceses”, afirmando que na assembleia se refletiu também sobre o tema do diaconato feminino.
O purpurado fez uma análise sobre as modalidades de trabalho nos Círculos menores:
“O clima é muito aberto, não há personalismos. Há, propriamente, esse desejo de conhecer para oferecer indicações novas, para manifestar aquele amor para com as famílias e também aquela preocupação que a Igreja muitas vezes manifesta diante de fenômenos que gostariam – entre aspas – de não nobilizar a realidade familiar.”
Por fim, respondendo à pergunta de um jornalista sobre o pronunciamento do Papa aos padres sinodais, na terça-feira, dia 6, em particular, sobre a expressão “hermenêutica conspiradora” a ele atribuída, Pe. Lombardi explicou:
“Eu não referi essa expressão, como bem sabem, saiu de outra fonte. Evidentemente, o conceito é: não devemos pensar que existam complôs. Portanto, a visão que devemos ter do Sínodo é de um processo de intercâmbio, de comunicação, que se dá de modo sereno, sincero, e não deve ser considerado guiado por interesses particulares e por tentativas de manipular ou de conduzir diferentemente daquilo que, ao invés, é o processo de busca comum, no espírito que a comunidade eclesial deve fazer.” (RL)
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(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

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