sábado, 20 de junho de 2015

EM COLÓQUIO COM O ARCEBISPO NOSIGLIA SOBRE A VISITA DO PAPA FRANCISCO A TURIM - A SEMENTE E AS ESPIGAS


Uma cidade em constante evolução, efervescente e cheia de contradições, de tensões sociais e de esperanças para o futuro. Esta é a Turim que se prepara para acolher o Papa Francisco, em visita à capital do Piemonte domingo 21 e segunda-feira 22 de Junho. Fala sobre isso o arcebispo Cesare Nosiglia nesta entrevista concedida ao nosso jornal.
Que cidade o Papa encontrará à sua espera?
Nos últimos decênios Turim modificou de forma gradual o seu status de cidade predominantemente industrial e operária para o de cidade rica de outros âmbitos de trabalho e de cultura. Também sob o ponto de vista da fé cristã e da tradição religiosa a cidade mantém a sua vivacidade, mas passa pelas dificuldades característica de uma sociedade materialista e hedonista.
Para Turim o que representa o Santo Sudário?
O Sudário de Turim é uma das realidades mais presentes no tecido vital da cidade, quer sob o perfil religioso quer social. A prova evidente disto é o facto de que para cada ostentação toda a cidade se mobiliza.
O Papa encontrará também aqueles que a sociedade descarta, como os idosos e os doentes. Que papel desempenha a obra do Cottolento na caridade para com os últimos?
O Cottolengo criou aquela Pequena casa da divina Providência que é uma cidade na cidade, pelo facto de ser muito vasta, e acolhe inúmeras pessoas idosas, doentes, deficientes, pobres, atualmente inclusive migrantes e refugiados, sem abrigo, não só de Turim mas de todas as partes da Itália e do mundo. Ele acreditava na Providência divina, por conseguinte conseguiu promover uma ação ampla e multíplice nos seus serviços, mas sobretudo sempre rica daquele amor maior que vê nos pobres e doentes a própria pessoa de Jesus, que portanto deve ser acolhida como um dom.
Fonte:  L’Osservatore Romano 
Nicola Gori

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