sábado, 25 de abril de 2015

EM VENEZA, O SECRETÁRIO DE ESTADO RECORDA O ÚLTIMO CONFLITO MUNDIAL E CONVIDA A CIDADE A SER FIEL À SUA VOCAÇÃO - ENTRE TERRA E MAR



«A recordação do fim do último conflito mundial impele-nos a permanecer vigilantes em relação aos perigos que provêm de quantos, instrumentalizando e manipulando um interesse partidário, uma ideologia ou uma religião, em vez de proporcionar libertação e justiça, causam à humanidade as feridas lancinantes da violência e da repressão». Foi quanto auspiciou o cardeal Pietro Parolin presidindo na catedral de Veneza na manhã de sábado, 25 de Abril, à concelebração eucarística para a festa de São Marcos, padroeiro da Igreja lagunar e do povo do Véneto.
Sublinhando a coincidência da festa «com o septuagésimo aniversário do fim da Segunda guerra mundial na Itália e das lutas fratricidas do dramático biênio entre Setembro de 1943 e Abril de 1945», o secretário de Estado atualizou o discurso exprimindo preocupação pelas «notícias de muitas tragédias e conflitos no mundo», assim como pelas «discriminações e perseguições por motivos religiosos, étnicos e ideológicos», as quais «não são apenas um vestígio do passado, mas infelizmente estão ainda presentes nas crónicas dos nossos dias». Daqui o tríplice convite: «a trabalhar com renovado vigor pela paz e a concórdia entre os povos», «a ser solidários com os exilados e os últimos» e a «agradecer ao Senhor pelos numerosos benefícios e progressos, que estes setenta anos de paz permitiram à Itália».
A este propósito o pensamento do cardeal dirigiu-se a quantos «ocupam cargos de responsabilidade na esfera civil», a fim de que são Marcos «não faça faltar aquela coragem, aquela constância e dedicação necessárias para desempenhar a sua nobre tarefa de serviço ao bem comum». Mas o purpurado quis rezar também pelos cidadãos comuns, exprimindo a esperança de que o evangelista os ajude «a ser realistas e também exigentes nas suas expectativas e pedidos, de forma que haja espaço para a procura do ótimo, mas que se saiba também rejubilar pelo bem possível, cientes da complexidade dos problemas e da dificuldade objectiva de obter imediatamente todas as soluções».
Fonte:  L’Osservatore Romano

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