Marcos 14,1-15-47
DOMINGO DE RAMOS
Com o Domingo de Ramos, entramos hoje
na Semana Santa, durante a qual somos convidados a reviver com os mesmos
sentimentos de Cristo, os momentos dramáticos de sua paixão e morte, que nos
trouxeram a salvação.
O evangelho deste domingo é Marcos
14,1-15-47. Ele nos mostra que Jesus é o Messias e Filho de Deus. Jesus é
interrogado se é mesmo o Messias. Jesus confessa: “Eu sou”. No evangelho de
Marcos Jesus diz que eles verão o filho do homem sentado à direita do Todo-Poderoso
e vindo sobre as nuvens do céu. Filho do homem é uma figura
Que vem da profecia de
Daniel (Dn7, 13-14). Jesus é enviado celestial que esmaga as quatro feras que
disputam o domínio sobre o mundo. Simboliza o Reino de Deus, que vence os
reinos FEROZES deste mundo. Assim também é Jesus, o filho querido de Deus que
vem fazer a vontade do Pai, que e, pelo dom da própria vida, vence as feras que
dominam este mundo e quebra sua força definitiva. Jesus é o Messias escolhido
por Deus para realizar seu projeto de vida e de liberdade.
No relato da Paixão seu messianismo
adquire pleno significado: Ele é o filho ungido pelo Pai. O oficial Romano, um
pagão, reconhece nele o filho de Deus. Jesus é o Messias-Rei porque se despoja
desse tipo de poder e se afasta círculo das pessoas. De Réu diante do Sinédrio
ele se torna juiz. O Filho do homem sentado á direita do Todo-Poderoso e vindo
sobre as nuvens. Jesus crucificado é o verdadeiro Rei. É o Messias da Cruz. A
paixão de Jesus prolonga-se em todos os setores da nossa vida e da nossa
sociedade, mormente nos esquecidos e sofredores.
O Domingo de ramos nos faz reviver a
entrada triunfal de Jesus em Jerusalém para morrer e ressuscitar. Semelhante ao
povo da primeira aliança que, durante a festa das Tendas, levava ramos nas
mãos, significando a esperança messiânica, assim também Jesus em Jerusalém é
aclamado como Messias. A Festa das Tendas durava sete dias, onde as cabanas
eram cobertas de ramos das árvores, lembrando o tempo do Êxodo, em que o povo
de Deus peregrinava pelo deserto rumo à terra prometida. A Festa das Tendas
ainda recordava a provável chegada do Messias, a reunião de todas as nações em
Jerusalém, a salvação que nasce em Jerusalém.
Nesta Semana santa que se inicia,
precisamos completar o caminho percorrido no tempo da Quaresma e, com a graça
divina, crescer na vivência de valores humano- cristãos. Pela preciosidade que
é a Semana santa para todo católico, é que conclamamos o povo de Deus e as
comunidades cristãs a trocarem o lazer, amiúde, não muito sadio (nesse período
de alguns incautos levados pela ótica materialista e secularizada da sociedade
pós-moderna fazem até carnaval) pela participação dos atos litúrgicos nas
paróquias e comunidades. Jamais podemos esquecer que a Semana Santa é o centro
vital do ano litúrgico, qual coração que alimenta e dá vida a todo organismo.
Este centro vital é a celebração do mistério pascal: a
paixão-morte-ressurreição de Cristo.
Que a Semana Santa,
grande tesouro espiritual nos ajude a crescer e fortalecer a nossa
espiritualidade no Cristo que é caminho, verdade e vida.
Pe. Raimundo
Neto
Pároco de
São Vicente de Paulo
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