05/10/2014 - XXVII Domingo do tempo comum –
1ª. leitura – Isaías 5, 1-7 – “ somos nós, hoje, a vinha do Senhor”
Antes, a vinha do Senhor era o povo de Israel que fora escolhido para dar frutos de
conversão. Hoje, nós somos a vinha do Senhor, cuidada, cercada, adubada por Ele para
produzir uvas de boa qualidade, no entanto, como a vinha da história, nós também frustramos
a expectativa de Deus. O Senhor também deve perguntar a si mesmo: “O que poderia eu ter
feito a mais por minha vinha e não fiz”? Esta também é uma pergunta que podemos fazer a nós
mesmos: “o que seria preciso Deus fazer a mais por mim para que eu possa corresponder a sua
expectativa?” As nossas ações provocam reações e consequências. Muitas vezes para que
produzamos mais frutos precisamos como a vinha, sermos devastados, desmanchados e até
pisoteados. Nós nunca concebemos que, para que possamos melhorar precisamos estar num estado
pior. Só se arruma o que está desarrumado, assim sendo, nós precisamos reconhecer o nosso
estado de pecado, de desobediência, de rebeldia e que necessitamos de cura, de libertação e
de perdão. Isso já é o primeiro passo para que sejamos lavados pelo sangue de Cristo e
tenhamos uma vida profícua. Que neste mês missionário possamos refletir sobre a nossa
verdadeira missão na vinha do Senhor. – Você tem percebido a qualidade dos frutos que você
produz no mundo? – São uvas de verdade ou uvas selvagens? – São frutos de santidade ou de
impiedade?
Salmo 79 – “A vinha do Senhor é a casa de Israel”
Como o salmista nós também hoje pedimos a atenção de Deus para a nossa situação de pecado
que nos tira da nossa verdadeira vocação de santidade. Só o Senhor poderá nos libertar das
garras dos nossos inimigos e nos purificar para que tenhamos serventia. Foi a sua mão
direita que nos plantou, portanto, peçamos a sua proteção e a Sua assistência para que nunca
mais nos deixemos ser massacrados.
2ª. Leitura – Filipenses 4, 6-9 – “manter os nossos pensamentos em Jesus Cristo”
Nesta carta São Paulo aconselha aos filipenses algo que para nós também hoje é primordial!
Ao invés de nos inquietarmos com as coisas e acontecimentos, apresentar a Deus as nossas
necessidades em oração e súplica. Assim, ele também nos ensina a manter os nossos
pensamentos em Jesus Cristo, nosso Senhor. Sabemos que os nossos pensamentos dão o tom para
os nossos sentimentos e as nossas ações e que, dependendo das nossas cogitações nós podemos
desenvolver sentimentos de medo, de revolta, de indignação ou manifestações de alegria, de
paz e de concórdia. Quando nos voltamos para Deus e entregamos a Ele a nossa mente, por
meio da oração e do louvor ou quando ocupamos o nosso tempo no serviço a Deus e ao próximo,
naturalmente experimentamos um clima de paz e de confiança. A melhor receita para
ultrapassarmos a barreira das nossas dificuldades é nos voltarmos para os nossos irmãos e
irmãos, pois assim perceberemos que o nosso sofrimento, muitas vezes, é muito mais ameno.
Tudo o que desejarmos ao nosso próximo, com certeza voltará para nós. A paz de Jesus se
manifesta em nós e por nosso intermédio ela poderá atingir os quatro cantos da terra.
Apressemo-nos, pois, a acatar os conselhos de São Paulo, tendo pensamentos bons e agradáveis
e, então, estaremos contribuindo para que haja mais paz e harmonia no mundo. – Você sente
paz no seu coração? – Com que você tem ocupado os seus pensamentos? – Você é promotor (a) da
paz de Jesus? – Você se inquieta com os acontecimentos ou procura descobrir o lado bom
deles?
“Evangelho – Mateus 21,33-43.45-46 - “os vinhateiros, de hoje”
Os judeus não aceitaram a salvação de Jesus e o reino foi tirado do povo de Israel e
entregue a nós, a fim de que possamos dar bons frutos, não só materialmente falando, mas na
qualidade de vida humana e espiritual com santidade e justiça. Portanto, somos os
vinhateiros de hoje, aqueles a quem o proprietário entregou a sua vinha. Precisamos, então
perceber se nós também, como os vinhateiros da parábola estamos cumprindo com a nossa missão
de colaboradores de Deus na construção do mundo. Talvez nem tenhamos consciência de que
somos nós os responsáveis por entregar a colheita do nosso trabalho, na hora precisa, em que
os emissários do Senhor se apresentarem. Muitas vezes, preferimos construir o reino dos
céus ao nosso modo e nos esquecemos de edificar aqui na terra segundo o projeto do coração
do Pai. Por qualquer coisa nos desviamos da obra de Deus, atropelamos os planos divinos e
confundimos o Seu mistério de amor pela humanidade. Precisamos ter consciência de que o que
nos foi entregue hoje, amanhã poderá nos ser tirado. O Senhor quer receber de nós a colheita
e, se não estivermos plantando, nada teremos para entregar ao Senhor que vem. Jesus Cristo
é o alicerce para a obra de Deus no mundo, é a pedra que os construtores rejeitaram, mas
que tornou-se a pedra angular, isto é, a pedra central da nossa fé. Se a rejeitarmos
preferindo as nossas próprias convicções nunca conseguiremos sucesso na nossa missão. O
Senhor continua mandando os seus emissários, para que voltemos atrás na nossa soberba e
autossuficiência. - Se lhe pedissem hoje contas a você qual seria a colheita que você
teria para entregar ao proprietário? - O que você entende por pedra angular? Quem é Jesus
na sua vida?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
Nenhum comentário:
Postar um comentário