“Espero – afirmou – que os principais países do mundo ajam de forma resoluta e substancial para eliminar o flagelo das armas nucleares, moralmente inaceitáveis”. Todavia – sublinhou – hoje se registra ainda a existência de “cerca 17 mil armas nucleares”, enquanto os países continuam a “gastar mais de 100 bilhões de dólares por ano” para manter este tipo de armamentos. “Estes preciosos recursos financeiros - reitera Dom Chullikat - são desesperadamente necessários para o desenvolvimento econômico e social” das populações, assim como “para se atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”.
Desta forma, o Observador Permanente recordou que “já há muitos anos a Santa Sé lança um apelo para a abolição das armas nucleares, para que o mundo seja liberado do potencial espectro da destruição de massa”. E é por isto que “hoje é renovado este apelo moral, para inspirar e encorajar um trabalho construtivo na preservação do planeta e da família humana”.
Lamentando, após, uma certa lentidão dos países em relação ao TNP, Dom Chulikkat almeja uma maior colaboração entre as nações dotadas de armamentos nucleares e aquelas que não as possuem, de modo a “desenvolver um instrumento juridicamente vinculante que possa banir a posse de tais armamentos”, definidos “a síntese máxima da insegurança”.
O prelado manifestou, além disto, o desejo de que se inicie o quanto antes o trabalho sobre “um acordo global que leve à eliminação das armas nucleares” e que se convoque uma conferência para definir o Oriente Médio “zona livre de armas nucleares”, assim como estabelecido em 2010, para evitar “colocar em risco não somente a credibilidade do TNP, mas também o processo de paz de toda a região”.
Não obstante tudo, Dom Chullikat concluiu a sua participação com uma reflexão otimista: “o desarmamento nuclear não é uma batalha perdida”, explicou, evidenciando um “gradual despertar das consciências no mundo” e uma “nova consciência da unidade e da interdependência da família humana”. Por isto, afirma o prelado, “as armas nucleares, a antítese da aspiração humana à paz, não devem ter lugar em uma comunidade mundial determinada a obter a segurança recíproca em escala global”. (JE).
Fonte: Rádio Vaticano
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