Tatiana Félix
Desde agosto de 2012 que os/as moradores/as de rua têm sido alvo de ataques e mortes na cidade de Goiânia, capital de Goiás, no Centro-Oeste do Brasil. Pelo menos 30 pessoas nestas condições já foram assassinadas na cidade de agosto até agora sem que uma ação concreta das autoridades policiais e estaduais impedisse a ocorrência destes crimes. Somente o assassinato a pauladas de um adolescente de 11 anos há quase um mês, chamou a atenção das autoridades federais que enviaram uma equipe de coordenadores ligados aos Direitos Humanos para investigar a onda de homicídios na região.
Na ocasião, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, declarou que a situação fugiu ao controle do estado de Goiás, por isso, o procurador-geral da República em Goiás, Roberto Gurgel, anunciou que, com o aval da ministra, pediria a federalização dos crimes. Maria do Rosário também falou sobre o desaparecimento de cerca de 130 pessoas e levantou suspeitas sobre a ação de grupos de extermínio. Ao que tudo indica, há ação de grupo de extermínio com participação policial e dívidas com tráfico de drogas.
Passado quase um mês das medidas encaminhadas pelo governo federal, Cristina Bové, integrante da Coordenação da Pastoral Nacional do Povo de Rua, disse que a entidade está acompanhando o desenvolvimento das ações. Segundo ela, a Pastoral tem acompanhado o caso por duas frentes: enquanto uma comissão acompanha o andamento das políticas para a população de rua, uma equipe da Pastoral em Goiânia acompanha de perto a situação dos moradores, denunciando e acompanhando o processo de investigação.
Segundo ela, nos últimos dias a guarda metropolitana e a política militar têm estado mais atuante para garantir a segurança dos/as moradores/as de rua. Também a prefeitura de Goiânia se comprometeu, de acordo com Cristina, a agilizar e adequar o serviço de atendimento para essa população. "O que se quer é proteger e por outro lado apurar estes crimes, mas também saber quem são os autores reais”, declarou.
Diante deste quadro, a Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, o Regional Centro Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Arquidiocese de Goiânia manifestaram seu repúdio ao extermínio desta população, em uma nota de solidariedade aos moradores em situação de rua de Goiânia publicada no último dia 17. Na ocasião, eles pediram que os poderes públicos municipal, estadual e federal tomassem "medidas urgentes” para restabelecer "a paz e segurança aos moradores de rua”, e que a onda de homicídios fosse investigada e federalizada "imediatamente”.
As entidades eclesiais também pediram que o Estado de Goiás e a Prefeitura de Goiânia se responsabilizem pelas mortes e criem abrigos em caráter emergencial para dar segurança aos moradores em situação de rua. Para acompanhar o andamento das ações, pediram que os resultados das investigações se tornem públicos e sejam divulgados na mídia.
Jornalista da Adital
Adital
Desde agosto de 2012 que os/as moradores/as de rua têm sido alvo de ataques e mortes na cidade de Goiânia, capital de Goiás, no Centro-Oeste do Brasil. Pelo menos 30 pessoas nestas condições já foram assassinadas na cidade de agosto até agora sem que uma ação concreta das autoridades policiais e estaduais impedisse a ocorrência destes crimes. Somente o assassinato a pauladas de um adolescente de 11 anos há quase um mês, chamou a atenção das autoridades federais que enviaram uma equipe de coordenadores ligados aos Direitos Humanos para investigar a onda de homicídios na região.
Na ocasião, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, declarou que a situação fugiu ao controle do estado de Goiás, por isso, o procurador-geral da República em Goiás, Roberto Gurgel, anunciou que, com o aval da ministra, pediria a federalização dos crimes. Maria do Rosário também falou sobre o desaparecimento de cerca de 130 pessoas e levantou suspeitas sobre a ação de grupos de extermínio. Ao que tudo indica, há ação de grupo de extermínio com participação policial e dívidas com tráfico de drogas.
Passado quase um mês das medidas encaminhadas pelo governo federal, Cristina Bové, integrante da Coordenação da Pastoral Nacional do Povo de Rua, disse que a entidade está acompanhando o desenvolvimento das ações. Segundo ela, a Pastoral tem acompanhado o caso por duas frentes: enquanto uma comissão acompanha o andamento das políticas para a população de rua, uma equipe da Pastoral em Goiânia acompanha de perto a situação dos moradores, denunciando e acompanhando o processo de investigação.
Segundo ela, nos últimos dias a guarda metropolitana e a política militar têm estado mais atuante para garantir a segurança dos/as moradores/as de rua. Também a prefeitura de Goiânia se comprometeu, de acordo com Cristina, a agilizar e adequar o serviço de atendimento para essa população. "O que se quer é proteger e por outro lado apurar estes crimes, mas também saber quem são os autores reais”, declarou.
Diante deste quadro, a Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, o Regional Centro Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Arquidiocese de Goiânia manifestaram seu repúdio ao extermínio desta população, em uma nota de solidariedade aos moradores em situação de rua de Goiânia publicada no último dia 17. Na ocasião, eles pediram que os poderes públicos municipal, estadual e federal tomassem "medidas urgentes” para restabelecer "a paz e segurança aos moradores de rua”, e que a onda de homicídios fosse investigada e federalizada "imediatamente”.
As entidades eclesiais também pediram que o Estado de Goiás e a Prefeitura de Goiânia se responsabilizem pelas mortes e criem abrigos em caráter emergencial para dar segurança aos moradores em situação de rua. Para acompanhar o andamento das ações, pediram que os resultados das investigações se tornem públicos e sejam divulgados na mídia.
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