Dom Zimowski defende “provas urgentes de diagnóstico” para todos
Cidade do Vaticano (ZENIT.org) – A justiça e o amor são dois conceitos chave para lutar contra a lepra, afirma a Santa Sé em vista do Dia Mundial de Luta contra a Lepra 2011, que se celebrará neste domingo.
Em sua mensagem para esta ocasião, o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral no Campo da Saúde, arcebispo Zygmunt Zimowski, convida a “unir nossos esforços para expressar melhor a justiça e o amor aos afetados por esta enfermidade”.
A jornada foi proposta há 58 anos pelo jornalista e poeta francês Raoul Follereau. A fundação que leva seu nome promove a data.
O evento, destaca Dom Zimowski, continua tendo “uma enorme importância, não obstante os grandes progressos obtidos graças a ótimas terapias farmacológicas”.
“Em primeiro lugar – afirma o arcebispo – é ainda gravemente insuficiente o acesso a diagnósticos precoces”.
A falta de uma intervenção oportuna faz que a lepra destrua o corpo do enfermo, desfigurando-o de maneira evidente e irreversível. Isso traz frequentemente discriminação da pessoa, condenada à exclusão social.
Quando a pessoa se cura e já não é contagiosa, não é automática sua reinserção no tecido social. Com frequência não consegue encontrar trabalho e, portanto, não pode garantir o sustento de si e de sua família.
Segundo o presidente do dicastério vaticano, a lepra é um exemplo paradigmático de como “em nossa época se assiste, por um lado, a uma atenção à saúde que pode implicar um consumismo farmacológico, médico e cirúrgico, convertendo-se quase em um culto ao corpo”.
Por outro lado, vê-se “a dificuldade de milhões de pessoas para aceder a condições mínimas de subsistência e a fármacos indispensáveis para se curar”. Neste contexto, estão chamados a intervir os cristãos e todos os homens de boa vontade.
O arcebispo indica a “ser como o bom samaritano, que se ajoelhou junto ao homem ferido, abandonado no caminho, cumprindo a maior justiça que Jesus pede a seus discípulos, e que dá testemunho com sua vida, pois o cumprimento da lei é o amor”.
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