''Nosso destino eterno é condicionado pelo nosso comportamento, depende de nós seguir o caminho que Deus tem nos mostrado (...) o amor''
“Deus ama os pobres e os levanta da sua humilhação”, destacou o Papa Bento XVI na oração do Ângelus deste domingo, 26. O Santo Padre explicou que o “destino eterno” de cada um é condicionado pela escolha de seguir o caminho que Deus tem nos mostrado: o amor.No Evangelho deste domingo, recordou o Papa, Jesus conta a parábola do homem rico e do pobre Lázaro. O primeiro vive no luxo e egoísmo, e quando morre, acaba no inferno. O pobre, ao invés, que come os restos da mesa do rico, quando morre é levado pelos anjos à morada eterna de Deus e dos santos. “Bem-aventurados vós, os pobres - proclamou o Senhor aos seus discípulos - porque vosso é o reino de Deus" (Lc 6:20).“Mas a mensagem da parábola vai além disso; recorda que enquanto estamos neste mundo, devemos escutar o Senhor que nos fala através das Sagradas Escrituras e viver segundo a sua vontade, caso contrário, após a morte, será tarde demais para se arrepender", explicou. Portanto, - continuou o Papa - "essa parábola nos diz duas coisas: a primeira é que Deus ama os pobres e os alivia de suas humilhações; e a segunda é que o nosso destino eterno é condicionado pelo nosso comportamento, depende de nós seguir o caminho que Deus tem nos mostrado para chegar à vida, e esse caminho é o amor, não entendido como sentimento, mas sim como serviço aos outros, na caridade de Cristo”.Por feliz coincidência – observou o Papa – nesta segunda-feira, 27, a Igreja celebra a memória litúrgica de São Vicente de Paulo, patrono das organizações caritativas católicas, falecido há 350 anos.“Na França de 1600, ele tocou com suas próprias mãos o forte contraste entre os mais ricos e os mais pobres. De fato, como sacerdote, ele pode frequentar seja os ambientes aristocráticos, seja o meio rural, como também as áreas mais mariginalizadas de Paris. Impulsionado pelo amor de Cristo, Vicente de Paulo soube organizar formas estáveis de serviço às pessoas marginalizadas, dando origem às chamadas 'Charitées', a 'Caridade', isto é, grupos de mulheres que colocavam seu tempo e os seus bens à disposição dos mais marginalizados”, destacou o Santo Padre.Dentre essas voluntárias - lembrou ainda Bento XVI -, algumas optaram por consagrar-se totalmente a Deus e aos pobres. Foi assim que, com Santa Luísa de Marillac, São Vicente fundou as “Filhas da Caridade”, primeira congregação feminina a viver a consagração “no mundo”, no meio das pessoas, com os doentes e os necessitados.Em seguida o Papa disse que "só o Amor com 'A' maiúsculo, dá a verdadeira felicidade"! Como demonstrou outra testemunha, a jovem que foi proclamada Bem-aventurada neste sábado, em Roma.“Falo de Chiara Badano, uma jovem italiana nascida em 1971, e que uma doença a levou à morte antes dela completar 19 anos, mas que foi para todos um raio de luz, como diz o seu sobrenome: “Chiara Luce”, “Clara Luz”. Sua paróquia, a diocese de Acqui Terme e o Movimento dos Focolares, ao qual ela pertencia, estão hoje em festa - e é uma festa para todos os jovens, que podem encontrar nela um exemplo de coerência cristã. As suas últimas palavras, de plena adesão à vontade de Deus, foram: “Mamãe, adeus. Seja feliz porque eu sou feliz”. Demos graças a Deus, porque seu amor é mais forte do que o mal e a morte; e agradecer à Virgem Maria que conduz os jovens também através das dificuldades e sofrimentos, a apaixonarem-se por Jesus e a descobrir a beleza da vida.Na conclusão o Papa recordou que retorna ao Vaticano na próxima quinta-feira e concedeu a todos sua Benção Apostólica.Leia mais.: Entrevista com os pais de Chiara Luce Badano.: Site oficial da Beata.: Veja + fotos da Beata no FlickrAlguns escritos de Chiara Luce.: Existe um só tempo.: Em busca da liberdade.: "A dor dobra-nos mas não nos quebra".: “Com o Evangelho debaixo do braço faremos coisas grandes”.: Com a avó paralítica
Canção Nova Notícias, com Rádio Vaticano
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