Por Carmen Elena Villa
Cdidade do Vaticano (ZENIT.org).- Com as notas da canção “Happy Birthday”, terminou nessa quarta-feira de manhã a audiência pública do Papa Bento XVI, na praça de São Pedro.
Cerca de 400 sacerdotes provenientes das dioceses de Roma, acompanhados pelo vigário geral, cardeal Agostino Vallini, e os bispos auxiliares, participaram dessa audiência para agradecer o Papa pelo seu quinto ano de pontificado e para parabenizá-lo pelo seu aniversário de 83 anos, que aconteceu na sexta-feira passada. Também se uniram a este grupo sacerdotes peregrinos vindos de diferentes dioceses do mundo.
“Agradeço pela presença, sinal de afeto e proximidade espiritual”, expressou o Papa aos sacerdotes ao finalizar a catequese, que foi dedicada a falar sobre sua recente viagem a Malta.
“Aproveito esta oportunidade para expressar minha estima e meu reconhecimento vivo a vós e aos sacerdotes de todo mundo que dedicam-se com zelo apostólico ao serviço do povo de Deus, dando testemunho da caridade de Cristo”, afirmou o pontífice.
Apoio ao Papa
Ao finalizar a audiência geral, ZENIT entrevistou alguns sacerdotes que estiveram presentes em São Pedro.
O padre José Herrera veio com um grupo de sacerdotes dos Estados Unidos, em Roma para um retiro espiritual: “Viemos para apoiar com nossa presença e oração o Santo Padre, já que de todos os lados está recebendo muita atenção negativa”, explica.
Na audiência participou também um grupo de 30 sacerdotes da capelania dos serviços militares dos Estados Unidos, entre eles estava o padre Steven, proveniente da Filadélfia. “Tivemos agora a oportunidade de vir para a audiência do Papa e foi uma grande alegria para nós. Cada vez que chegamos a Roma ficamos juntos na plateia”, disse a ZENIT.
“Bento XVI é um líder muito forte, em momentos muito difíceis para a Igreja”, garantiu o padre Steven. “Tem sentido o apoio dos católicos com suas orações”.
Tempo de renovação
O sacerdote chileno José Luis Correa, um dos responsáveis pelo evento de clausura do Ano Sacerdotal que acontecerá no Vaticano dia 9 de junho, disse que se comoveu com a comparação que o Papa fez do naufrágio que São Paulo sofreu em Malta com a situação da Igreja universal: “creio que estamos em um tempo de tormentas e tempestades mas se soubermos nos proteger bem em Jesus Cristo no amor e na fidelidade como está fazendo o Papa, então vamos passar pela tempestade”.
Disse também que o Ano Sacerdotal é uma ocasião de renovação interior para cada sacerdote: “Nossa fidelidade não é estática mas sim dinâmica. Temos de nos renovar todos os dias. É como o amor dos casados. Nós, sacerdotes, também entramos em uma relação conjugal com Cristo e com a Igreja”, disse a ZENIT.
Para o padre Gerardo Cárcar, pároco da Igreja Santos Francisco e Catarina, padroeiros da Itália, o atual Papa não teve uma tarefa “nada fácil”, já que enfrentou um desafio muito concreto: “suceder João Paulo II com seu largo pontificado e seu carisma excepcional”.
O padre Cárcar qualificou o atual pontífice como “um homem da verdade, aberto, do diálogo inter-religioso e ecumênico”. Disse que seu pontificado é “uma benção para a Igreja”.
Para o sacerdote alemão Georg Elge, diretor do Centro Internacional do Movimento Schoenstatt em Roma, este Papa, por meio de seus ensinamentos, “ajuda a ver como a fé e a razão podem caminhar juntas e dialogar”.
Assim, Bento XVI, ao concluir sua audiência e antes de compartilhar a benção com os presentes, fez uma exortação muito clara a todos os sacerdotes para que, a exemplo de São João Maria Vanney, cuja honra se comemora neste ano sacerdotal, “sejam pastores pacientes e solícitos ao bem das almas”.
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