Dom Shamaaoun Nona chega a Mosul, Iraque, como o mais novo arcebispo da Igreja Católica. Com apenas 42 anos de idade, o prelado ocupa uma sede vacante há dois anos, desde o assassinato de seu predecessor, Dom Paulos Faraj Rahho, sequestrado e encontrado morto 10 dias depois.O novo arcebispo toma posse do governo de uma arquidiocese na qual palavras como assassinato, sequestro, explosão, bombas e perseguição são frequentemente proferidas e executadas contra os cristãos.Dom Nona – que até sua nomeação para a Arquidiocese de Mosul era sacerdote na Diocese de Qosh – disse à "Ajuda à Igreja que Sofre": "Minha nova missão é dar esperança e confiança aos cristãos de Mosul, a fim de que tomem consciência de que têm um homem da Igreja a seu lado, nesta difícil situação".Para o novo arcebispo de Mosul, "a única coisa certa é que os fieis continuam aderindo à Igreja, representada pela pessoa do arcebispo, que tem que cuidar de seu rebanho e ajudá-los a se sentirem seguros de si, em razão da presença de seu pastor entre eles".Um dos maiores desafios que o jovem arcebispo terá de enfrentar é a fuga de cristãos do Iraque: um processo que teve início quase sete anos atrás e que ainda continua. Nesse êxodo, a comunidade cristã perdeu cerca de um terço de seus membros. De fato, atualmente, os cristãos no Iraque são cerca de cinco mil.O arcebispo latino de Bagdá, Dom Jean Sleiman, também denunciou o silencio dos meios de comunicação em relação à perseguição contra a Igreja no Iraque. Em declarações feitas nos dias passados, o prelado afirmou: "Vamos romper o muro de silencio que envolve o assassinato dos cristãos em Mosul e em todo o Iraque. As forças de segurança que atuam nos locais onde ocorrem os atentados contra os cristãos parecem os três macaquinhos: não veem, não ouvem e não falam!"
Rádio Vaticano
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