''Se o grão de trigo, caído na terra, não morre, fica sozinho; mas se morre, produz muito fruto''.
O Papa Bento XVI rezou, neste domingo, 29, a oração do Ângelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Numa manhã de pouco sol, o Papa, na mensagem anterior à oração, agradeceu mais uma vez a Deus e a todos aqueles que colaboraram para a boa realização de sua viagem à África.Bento XVI quis ainda recordar a "profunda emoção" vivida na África, ao encontrar "as comunidades católicas e as populações de Camarões e Angola"."A visita me permitiu ver e compreender melhor a realidade da Igreja na África, na variedade das suas experiências e dos desafios que enfrenta neste momento. Pensando precisamente nos desafios que marcam o caminho da Igreja no continente africano e em todas as partes do mundo, sentimos o quanto são atuais as palavras do Evangelho deste domingo: 'Se o grão de trigo, caído na terra, não morre, fica sozinho; mas se morre, produz muito fruto'".“Hoje, – disse o Papa se referindo à frase de Jesus, mas também à situação da África – não é mais a hora de palavras e de discursos. Chegou a hora decisiva, para a qual o Filho de Deus veio ao mundo. Somente assim, de fato, poderá germinar e crescer uma nova humanidade, livre do domínio do pecado e capaz de viver em fraternidade, como filhos e filhas do único Pai que está nos céus".Para o Santo Padre, dois aspectos o impressionaram na África: "O primeiro é a alegria visível nos rostos das pessoas, a alegria de se sentir parte da única família de Deus. Agradeço ao Senhor por ter me permitido compartilhar com as multidões desses nossos irmãos e irmãs os momentos de festa simples, música e cheios de fé. O segundo aspecto é precisamente o forte sentido do sagrado que se respirava nas celebrações litúrgicas, característica esta comum a todos os povos africanos e que emergiu, poderia dizer, em todos os momentos da minha permanência entre aquelas queridas populações”."Na grande festa da fé vivida juntos na África, experimentamos que essa nova humanidade é viva, mesmo com os seus limites humanos. Lá onde os missionários, como Jesus, deram e continuam a consumar a vida pelo Evangelho, se recolhem frutos abundantes. A eles dirijo um particular pensamento de gratidão pelo bem que fazem. Trata-se de religiosos e religiosas, leigos e leigas", disse o Pontífice."Foi muito bonito para mim ver o fruto do seu amor por Cristo e constatar o profundo reconhecimento que os cristãos têm para com Ele", declarou Bento XVI . O Papa concluiu dando graças a Deus e rezando à Maria Santíssima a fim de que, no mundo inteiro, se difunda a mensagem da esperança e do amor de Cristo.Em seguida, o Papa rezou a oração mariana do Ângelus e concedeu a todos a sua Benção Apostólica.AgradecimentosAntes de se despedir dos fiéis, o Papa quis agradecer aos africanos presentes na Praça de São Pedro, entre os quais muitos estudantes. Todos estavam acompanhados pelo Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, Dom Robert Sarah, pelo seu apoio."Caríssimos, vocês vieram manifestar a alegria e o reconhecimento pela minha viagem apostólica à África. Agradeço a todos de coração. Rezo por vocês, pelas suas famílias e pelos seus países de origem. Obrigado!"João Paulo IIO Santo Padre recordou ainda que na próxima quinta-feira, 2 de abril, presidirá a Santa Missa na Basílica de São Pedro por ocasião do 4º aniversário da morte de seu predecessor, o Servo de Deus João Paulo II. O Papa convidou a participar da celebração, especialmente os jovens de Roma, para juntos se prepararem para o Dia Mundial da Juventude, que será realizado em âmbito diocesano no próximo Domingo de Ramos.
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Da Redação da Canção Nova Notícias, com Rádio Vaticano/AP
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