“A pessoa deve ocupar o centro de todas as decisões concernentes ao desenvolvimento social e econômico”. Foi o que disse ontem, 1º, o observador permanente da Santa Sé na ONU, o arcebispo Celestino Migliore, durante a conferência internacional sobre o financiamento para o desenvolvimento, que acontece em Doha, Qatar.
“Ainda que as ajudas ao desenvolvimento tenham aumentado nos últimos anos, há muitas questões pendentes”, lembrou dom Migliore, que citou como exemplo o número de pessoas que não têm acesso à alimentação ou às necessidades sanitárias básicas ou não contam com um salário mínimo para si e para suas famílias.
Crise financeira
A respeito da recente crise financeira, dom Migliore ressaltou que quando “a vontade política combina com a preocupação pelo bem comum, somos capazes de produzir, em alguns meses, fundos essenciais para os mercados financeiros”.
“Deve-se prestar uma renovada atenção para assegurar sistemas de mercado mais justos e equitativos. Ajudas de mercado desequilibradas, especulação financeira, aumento dos preços da energia e a diminuição de inversões na agricultura têm dado lugar, recentemente, à falta de acesso a algo que é necessário para viver: o alimento. Esta instabilidade econômica, que golpeia o coração da vida humana, exige encontrar urgentemente um compromisso comum para administrar o mercado global e o desenvolvimento “, acrescentou.
Por outro lado, dom Migliore assinalou que “apesar de que a incerteza e a ansiedade pareçam prevalecer atualmente, permanecem as virtudes e os princípios que têm levado a comunidade global a sair das muitas crises”.
CNBB
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