Representante da Santa Sé discursa na Conferência Geral da Agência Internacional da Energia Atômica.
O secretário para as Relações com os Estados, arcebispo Dominique Mamberti, interveio, no dia 29 de setembro, na 52ª sessão da Conferência Geral da Agência Internacional da Energia Atômica (IAEA), que acontece em Viena, Áustria, até amanhã, 3 de outubro.
Em seu discurso, o arcebispo recordou que a IAEA trabalha para proteger e promover a vida “em um dos âmbitos chaves do ambiente humano: o uso pacífico da energia nuclear”, e que a história desse organismo testemunha a necessidade de unir esforços para o bem-estar da família humana”.
De acordo com o arcebispo, unir esforços compreende a obrigação de compartilhar os conhecimentos, de construir um consenso comum por meio do esforço e do compromisso conjuntos. “Por isso, o trabalho da IAEA nos três setores de sua competência: tecnologia, segurança e verificação, deve ser sempre de unir e associar, não de dividir e opor”, disse.
“A Santa Sé deseja que todos os estados trabalhem para promover a segurança e inocuidade nucleares e garantir que os materiais nucleares não sejam usados para outros propósitos, nem que haja atividades nucleares não declaradas. Assim, se contribuirá não somente para o combate do terrorismo nuclear, como também para a promoção de uma cultura da vida e da paz que fomente o desenvolvimento integral dos povos”, acrescentou.
Outro aspecto da obrigação de trabalhar juntos, segundo o arcebispo, é o de fazê-lo “para o uso de uma tecnologia nuclear inócua e pacífica que respeite o ambiente”. Para dom Mamberti, a globalização exige que se contribua não exclusivamente a um projeto específico ou à tarefa de determinados governos ou organismos, mas, sobretudo, ao bem comum de toda a humanidade. Por isso, o valor de um projeto se mede pelo impacto que terá nos valores humanos e culturais, assim como no bem-estar econômico e social de um povo ou nação”.
Ao referir-se ao desarme nuclear, dom Mamberti afirmou que não se deve permitir que o Tratado de não proliferação nuclear se limite, já que é “a pedra angular do regime global de não proliferação e um elemento importante para o desenvolvimento da energia nuclear com fins pacíficos”.
CNBB
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