A assessoria de imprensa do 2o Congresso Missionário Nacional realizou, na manhã desta sexta-feira, 2, uma coletiva de imprensa da qual participaram o bispo de Ponta Grossa e presidente da Comissão para a Missão Continental, dom Sérgio Arthur Braschi; o diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Daniel Lagni, e a coordenadora do Centro de Formação Intercultural (Cenfi) e do Centro de Animação e Estudos Missionários (CAEM), departamentos do Centro Cultural Missionário (CCM), Aparecida Severo.
Após três anos de experiência missionária na Prelazia de Tefé (AM), enviada pela diocese de Santo André (SP) através do Regional Sul 1 da CNBB (estado de São Paulo), Aparecida Severo disse que, após sua experiência, procura dar testemunho de como os leigos podem exercer sua vocação missionária. “Quando a gente volta da missão, a gente procura dar o testemunho no desejo de que outros também se tornem missionários”, disse.
Segundo Cida, como é conhecida, a Prelazia de Tefé é uma Igreja com muita articulação, apesar de seu tamanho. “A Prelazia de Tefé é maior que o estado de São Paulo e aí são os leigos que sustenta as pastorais”, sublinhou. “Vi os leigos que passam seis meses sem contado com a sede, no entanto, a comunidade continua viva a comunidade”, testemunhou.
Missão Continental
Indagado sobre como será a Missão Continental discutida pela Igreja da América Latina, o bispo de Ponta Grossa afirmou que a missão deverá ser contextualizada, “levando em conta a realidade das pessoas, das diferentes culturas e condições em que vivem nossos povos”.
Segundo dom Sérgio, o projeto da Missão Continental acontecerá, concretamente, nos países e caberá às Conferências Episcopais essa responsabilidade.
A Comissão do CELAM, responsável pela Missão Continental, formada por sete bispos e seis peritos, elabora subsídios que servirão de apoio às Conferências. Um dos subsídios trará testemunho de participantes da Conferência de Aparecida e outro conterá artigos que aprofundarão determinados aspectos do Documento de Aparecida.
Missão Ad Gentes
O diretor das POM, padre Daniel Lagni, reafirmou a necessidade do Brasil investir mais na missão para fora do país. “Por questões históricas, durante cinco séculos, recebemos missionários. A Igreja no Brasil, se foi evangelizada, precisa começar a mostrar os frutos dessa evangelização”, ressaltou. O Brasil tem, atualmente, 1860 missionários fora do país. Desse número, 81% são religiosas, 1% padres diocesanos, 0,5% leigos e os 18,5% padres e irmãos religiosos. Segundo padre Daniel, eles estão distribuídos na África (800), América Latina (700), Ásia e Europa (300).
“A missão sem fronteiras é um particular importante. Precisamos agir localmente e projetar a missão universalmente”, recorda o diretor das POM. “Nosso 2o Congresso quer nos preparar para um horizonte mais amplo que é a humanidade. A missão é para a humanidade. Precisamos superar o conceito de missão a um espaço geográfico, cultural, étnico”, disse.
Mutirões
Divididos em 12 grupos, chamados pela organização de Mutirões, os cerca de 600 participantes do 2o Congresso Missionário estão reunidos na tarde desta sexta-feira, no Colégio do Carmo, em Guaratinguetá (SP). Dentro da metodologia adotada pelos organizadores do Congresso, hoje é chamado o dia do encontro. Ontem foi o dia do caminho, amanhã será o dia da partilha e domingo o dia do envio.
CNBB
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