O pontificado do Papa Simplicio foi um dos mais longos da história da Igreja e, sem dúvida, um dos mais difíceis.
Simplício dirigiu a Igreja de 468 a 483, período em que se deu a queda do Império Romano. De fato, em todo o século V, Roma e a Itália viram-se várias vezes assoladas por incursões bárbaras de visigodos, hunos, vândalos...mas o Império, embora vacilante, conseguia reagir e sobreviver. Com achegada dos bárbaros hérulos, guiados pelo rei Odoacro, o imperador Rômulo Augusto foi deposto definitivamente sem nunca ter um sucessor. Os bárbaros, uns após outros, se instalaram definitivamente, depredando, destruindo, repartindo a nação que era o centro do mundo antigo.
Simplício pertencia ao clero romano, quando, ocorrendo a morte do Papa Hilário, foi eleito seu sucessor. Revelara larga experiência no serviço da Igreja, conhecera pessoalmente o grande Papa Leão Magno, que detivera a invasão de Átila, rei dos hunos, chamado “Flagelo de Deus”.
O Papa Simplício é lembrado na história sobretudo pelas batalhas em defesa da ortodoxia contra as intrigas dos hereges.
São Simplício teve a tarefa de diagnosticar o mal, de isolá-lo e combater os tristes efeitos. Os resultados não apareceram de imediato, mas emergiram com o tempo.
O fino tato e a perfeita vigilância pastoral do Papa Simplício fizeram dele um digno pastor segundo o modelo do grande pastor Jesus Cristo. Simplício faleceu em Roma, em março de 483, venerado e amado por seu povo, e respeitado igualmente pelos reis bárbaros.
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