A publicação de março da “Liturgia Diária”, da Editora Paulus, nos traz a informação na sua última página, de uma reunião da Comissão Episcopal para a liturgia, ocorrida nos dias 2 e 3 de julho de 2007, em Aparecida (SP), sobre os comentários nas missas:
Eis o teor:
A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia (CEPL) realizou, nos dias 2 e 3 de julho de 2007, em Aparecida (SP), um encontro com os responsáveis pelos folhetos litúrgicos no Brasil. Foram estudados e debatidos – com a ajuda de assessores – os comentários apresentados nos folhetos litúrgicos nos diversos momentos da celebração.
Com o consenso dos participantes, a CEPL faz um apelo aos redatores desses folhetos para que se apresente apenas um comentário para introduzir a Liturgia da Palavra, com a finalidade de preparar e dispor os fiéis para ouvirem atentamente as três leituras (1ª., 2ª. e Evangelho). Assim já não haveria, separadamente, um comentário para cada uma das leituras.
Optamos por essa decisão para darmos maior valor à palavra proclamada. Esta não pode ser interrompida ou intercalada com comentários e explicações que quebram sua unidade e o ritmo da celebração. A explicação e a atualização da palavra devem ser feitas em momento próprio, a homilia. Por isso, muito mais do que um comentário, é a atitude de quem vai proclamar que ajuda a palavra a ser ouvida e acolhida.
Na celebração litúrgica, as “introduções” prestam o serviço de “iniciar”, despertar, dispor a assembléia para a escuta atenta da palavra. Para usarmos um termo dos meios de comunicação social, essas “introduções” poderiam ser comparada às “chamadas” que anunciam e preparam a assembléia para a escuta do Senhor.
Tenha-se presente o que o Missa Romano prevê para a celebração da Liturgia da Palavra, com destaque aos momentos de silêncio após a cada leitura (cf IGMR 128-134). Ai está claro que os “comentários” não têm a finalidade de dar informações catequéticas ou moralistas, mas devem ser mistagógicos, isto é, conduzir a assembléia à plena participação da ação litúrgica.
Dom Joviano de Lima Júnior,
Presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia
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