terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

NOVO PRESIDENTE CUBANO RECEBE CARDEAL BERTONE, HOJE

Os bispos de Cuba em reunião ordinária com o Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, deram "um voto de confiança" ao novo presidente cubano, Raúl Castro, em seus objetivos de paz e na aplicação de mudanças "no bem-estar do povo cubano".Uma nota emitida pela Conferência de Bispos Católicos de Cuba disse que, "como fizemos no Natal, queremos também agora renovar nossos votos de confiança e com esperança cristã formular esses desejos ao presidente, Raúl Castro, ao Conselho de Estado e à Assembléia Nacional do Poder Popular (Parlamento)".Os bispos disseram orar para que o governo eleito domingo na primeira sessão do novo Parlamento "tenha a luz do alto para debater com decisão essas medidas transcendentais, que sabemos que devem ser progressivas, mas que possam começar a justificar desde agora as ânsias e inquietudes expressas pelos cubanos".O Cardeal Bertone se reuniu ontem de manhã com o chanceler cubano, Felipe Pérez Roque. Hoje, 26, o Cardeal Bertone, será recebido pelo novo presidente cubano, Raúl Castro.Cardeal Bertone e o chanceler de Cuba, Felipe Pérez Roque classificaram as relações entre governo cubano e Igreja Católica como "fluidas e cordiais".Ao falar com a imprensa, na sede do Ministério das Relações Exteriores, o Cardeal Bertone destacou que sua visita, de caráter pastoral e oficial, é dedicada ao décimo aniversário da visita do falecido papa João Paulo II, em janeiro de 1998. Segundo ele, durante as conversas com as autoridades foram discutidos "assuntos concretos, concordamos em relação a temas internacionais e falamos de justiça e apoio aos pobres".O representante da Santa Sé reafirmou "palavras de João Paulo II contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba há quase meio século.“Uma ação inaceitável, dolosa e sem ética para o povo cubano ", destacou.Questionado sobre um pedido de anistia para presos cubanos, o Cardeal Bertone disse: "não peço anistia sem gestos que conduzam a uma reconciliação". Disse, ainda, que o Vaticano não considera que a preocupação pela atenção religiosa que possam receber dos presos "por razões diversas" seja um assunto político, mas sim humanitário.
ANSA

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