A “dramática situação” dos cristãos no Iraque está no centro dos trabalhos da assembleia anual da Reunião das Obras de Assistência às Igrejas Orientais (ROACO), composta por 19 organizações de ajuda dos Estados Unidos, Alemanha, França, Países Baixos e Áustria.Segundo D. Leon Lemmens, secretário-geral da ROACO, “mais de metade dos cristãos iraquianos deixaram o país e agora encontram-se na Síria e na Jordânia, no Líbano e na Turquia”.“Ali estão mal, sem futuro económico, humano, sem estatuto legal, e podem ser reenviados para o Iraque a qualquer momento”, lamenta. A situação de anarquia, insegurança e fundamentalismo islâmico tem forçado os cristãos a abandonarem o seu país à procura de refúgio em países vizinhos.Nos trabalhos, a decorrer no Vaticano, procurar-se-ão formas concretas de ajudar estes cristãos, refugiados no estrangeiro ou deslocados dentro do próprio país, em busca de maior segurança. Uma onda de atentados atingiu nas últimas semanas 10 edifícios cristãos no Iraque.O objectivo da ROACO é apoiar economicamente as comunidades católicas de rito oriental, assim como de alguns países do Norte da África, do Médio Oriente e da Ásia, tais como Irão, Iraque ou Afeganistão, coordenados pela Congregação vaticana para as Igrejas Orientais, cujo prefeito é o cardeal Ignace Moussa I Daud.D. Leon Lemmens, em declarações à Rádio Vaticano, falou ainda dos cristãos na Terra Santa e do Líbano, a atravessarem sérias dificuldades que ameaçam o seu futuro.Na Palestina, as comunidades cristãs têm vindo a diminuir nas últimas décadas por causa do conflito com Israel, declínio económico e baixas taxas de natalidade. De acordo com as estatísticas, deverá haver 90 mil cristãos num total de 3,76 milhões de habitantes, o que representa cerca de 2,5% da população. Os cristãos em Israel representam entre 2,1% e 2,8% numa população total de cerca de 6,8 milhões de habitantes.
Ecclesia/Canção Nova Notícias
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