isto? - Do que você será capaz de fazer para conseguir os seus
intentos? – Você teme mais a Deus ou aos homens?
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3 DE AGOSTO DE 2025
DOMINGO DA DÉCIMA OITAVA SEMANA DO
TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – Ecl 1,2;2,21-23
Leitura do Livro do Eclesiastes 1,2;2,21-23
2'Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades!
Tudo é vaidade.' 2,21Por exemplo: um homem que trabalhou com inteligência,
competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em
nada colaborou. Também isso é vaidade e grande desgraça. 22De fato, que resta ao
homem
de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol? 23Toda a sua
vida é sofrimento, sua ocupação, um tormento.
Nem mesmo de noite repousa o seu coração. Também isso é vaidade. Palavra do
Senhor.
Reflexão – O valor do trabalho não está no que o dinheiro compra, mas na
realização pessoal!
O autor do Eclesiastes discorre sobre a vida do homem que trabalha para
adquirir coisas e não tem como referencial os projetos de Deus para sua vida.
O seu pensamento pessimista, reflete o nosso estado de ânimo quando, muitas
vezes, nos encontramos desanimados sem encontrar objetivo para a nossa luta
aqui na terra. Quando vivemos trabalhando e nos esforçando para conquistar
os bens perecíveis que a vida terrena nos oferece e nos fixamos apenas na
parte material que eles nos permitem usufruir, também lamentamos o tempo
perdido despendido com empenho. E isto é, com certeza, “vaidade das
vaidades” e “vento que passa”. Podemos concluir, portanto, que o valor do
trabalho não está precisamente, naquilo que obtemos e que o dinheiro
compra, mas em uma realização pessoal quando percebemos que estamos
contribuindo de alguma forma com a construção do mundo. Aí, então,
encontramos sentido para a luta do dia a dia e, mesmo que morramos sem
desfrutar do fruto da nossa ação, sentiremos o prazer de ter combatido o bom
combate. Quando nos colocou aqui na terra Deus tinha em mente algo a
realizar por meio de nós e, por isso, nos deu dons e talentos e continua nos
modelando a fim de que sejamos fiéis aos Seus desígnios. No entanto, a maior
parte da humanidade trabalha com o intuito de satisfazer a sua própria
ambição que nunca tem a conta de chegar. Se vivermos somente para esta
vida, realmente nada terá muito sentido e terminaremos também dizendo que
tudo é vaidade e grande desgraça. Porém, se tivermos como meta fazer a
vontade de Deus, lutaremos com as armas que Ele põe à nossa disposição e
esperaremos a recompensa, não para esta vida, mas para o tempo vindouro
que nos está reservado. – Com que intuito você trabalha e se afadiga aqui na
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terra? – Você visa o bem pecuniário ou o bem-estar? – Para você qual é a
importância do dinheiro? – Você se sente realizado quando faz algum
trabalho voluntário? – O que Deus espera de você enquanto está aqui na
terra? – Qual a recompensa que você espera de Deus?
Salmo 89,3-4.5-6.12-13.14.17 (R.1)
R.Vós fostes ó Senhor, um refúgio para nós.
3Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,*
quando dizeis: 'Voltai ao pó, filhos de Adão!'
4Pois mil anos para vós são como ontem,*
qual vigília de uma noite que passou. R.
5Eles passam como o sono da manhã,*
6são iguais à erva verde pelos campos:
De manhã ela floresce vicejante,*
mas à tarde é cortada e logo seca. R.
12Ensinai-nos a contar os nossos dias,*
e dai ao nosso coração sabedoria!
13Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?
Tende piedade e compaixão de vossos servos! R.
14Saciai-nos de manhã com vosso amor,*
e exultaremos de alegria todo o dia!
17Que a bondade do Senhor e nosso Deus
repouse sobre nós e nos conduza!*
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho. R.
Reflexão - Precisamos pedir a Deus a graça de saber bem contar os nossos
dias e a sabedoria para vivê-los. Somos filhos e filhas de Adão, isto é, da
humanidade, por isso, a nossa vida na carne, é como a erva do campo e tem
um tempo determinado para secar. No entanto, fará toda a diferença o fato
de enquanto vivermos aqui na terra, nos saciarmos com o amor de Deus
entregando a Ele o nosso trabalho e o nosso repouso a fim de exultarmos de
alegria todos os dias.
2ª. Leitura – Col 3, 1-5.9-11
Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses 3,1-5.9-11
Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus;
2aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa
vida está escondida, com Cristo, em Deus.
4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também
com ele, revestidos de glória. 5Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra:
imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria.
9Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho
e da sua maneira de agir 10e vos revestistes do homem novo,
que se renova segundo a imagem do seu Criador, em ordem ao conhecimento. 11Aí
não se faz distinção entre grego e judeu,
circunciso e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre,
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mas Cristo é tudo em todos. Palavra do Senhor.
Reflexão – Fé na força da ressurreição de Jesus!
“se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus;”
O homem novo revestido de Cristo, busca as coisas celestes e o homem velho,
isto é, aquele que ainda é apegado ao jeito de ser terreno, vive segundo os
maus desejos do seu coração. O que faz a diferença entre um e outro é
justamente a Fé na força da ressurreição de Jesus. Com efeito, todos nós que
cremos em Jesus Cristo ressuscitado podemos aspirar as coisas celestes e,
assim, nos distanciar do homem velho. Homem velho é, portanto, todo
aquele que é coniventes com as obras da carne: impureza, paixão, maus
desejos, cobiça, mentira, etc. O homem novo, porém, é todo homem e toda
mulher que busca se afeiçoar à imagem de Deus e tenta viver em ordem ao
conhecimento da Sua Palavra. Quando declaramos Jesus Cristo como nosso
Salvador, também admitimos que morremos e a nossa vida está escondida
com Ele, em Deus. Por isso, não mais pertencemos a este mundo carnal, mas
estamos inseridos numa dimensão espiritual, embora ainda permaneçamos
aqui na terra. Desse modo, aguardamos no nosso corpo o dia em que Cristo
aparecer em seu triunfo, quando, vivos ou mortos, nós também apareceremos
com Ele revestidos de glória. As coisas do alto significam os pensamentos, as
palavras e as obras que praticamos e nos elevam para Deus, porque são
regidas pelo Seu Amor e, consequentemente, nos levam a viver em harmonia
uns com os outros aqui embaixo. Cristo, então, se torna tudo em todos e por
onde andarmos estaremos a serviço do Seu reino. – Você já é um homem
novo? – Você tem buscado mais as coisas do alto ou as coisas da terra? –
Você percebe quais são as coisas do alto na sua vida? – Quais são as obras
do homem velho que você ainda vivencia?
Evangelho – Lc 12, 13-21
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 12,13-21
Naquele tempo: 13Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: 'Mestre, dize ao meu
irmão que reparta a herança comigo.' 14Jesus respondeu: 'Homem, quem me
encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?' 15E disse-lhes: 'Atenção! Tomai
cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas
coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens.' 16E contou-lhes
uma parábola: 'A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava
consigo mesmo: 'O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'. 18Então
resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles
vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim
mesmo: - Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come,
bebe, aproveita!' 20Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a
tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?' 21Assim acontece com quem
ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus.' Palavra da Salvação.
Reflexão – A ganância é um mal que está dentro de nós!
Jesus contou a parábola do homem rico quando percebeu a ganância do
homem que pleiteava junto ao irmão a parte que lhe cabia na herança. Assim,
ele nos motiva a avaliar a nossa real motivação diante dos bens materiais que
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almejamos e a perceber o fascínio que a riqueza exerce sobre nós. Assim
sendo, mais uma vez nós aprendemos com Ele a nos manter vigilantes em
torno dos nossos pensamentos e das nossas reais intenções. Ele deixou bem
claro que os nossos bens materiais não se constituem um alicerce para
assegurar a nossa vida longa aqui na terra nem tampouco são tijolos para a
construção do nosso lar celestial. Mesmo que aqui a nossa terra dê uma
grande colheita material, o fato de possuirmos em abundância não nos dá o
direito de permanecer na passividade confiando na boa reserva que temos
para muitos anos. A ganância é um mal que está dentro de nós e quase nem
percebemos! Às vezes, nós poupamos dinheiro e fixamos o nosso olhar
somente no que iremos embolsar em função dos juros e, quanto mais
auferimos, mais os nossos “olhos crescem”. Porém, na verdade, nem temos a
exata noção da utilidade desse dinheiro e a que se destina. Parece, que só
pelo fato de possuirmos aquele “algo a mais” depositado no banco nós
também, como o rico da parábola, podemos ficar tranquilos para dizer a nós
mesmos: “meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa,
come, bebe, aproveita!” O que Jesus recriminou no rico não foi tanto pelo
fato de ter muitos bens ou mesmo de poupá-los, mas foi a sua intenção de
guardar a fortuna somente para si, achando-se, por isso, protegido e dono da
sua existência. A nossa vida está entregue nas mãos de Deus e somente Ele
tem controle sobre ela, sejamos nós, pobres ou ricos neste mundo. No
entanto, podemos ser ricos diante de Deus quando colocamos tudo o que
possuímos à Sua disposição e esperamos a recompensa na forma que Ele
quiser nos oferecer.
– Para quem você é rico? Para si mesmo ou para Deus? –
O que você espera comprar com o dinheiro que amealha? – Se possuísse
muito dinheiro, você viveria “mais despreocupado”?
– Como você analisa a atitude do homem da parábola? – Você se acha
diferente dele?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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