domingo, 3 de agosto de 2025

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 isto? - Do que você será capaz de fazer para conseguir os seus

intentos? – Você teme mais a Deus ou aos homens?


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3 DE AGOSTO DE 2025


DOMINGO DA DÉCIMA OITAVA SEMANA DO


TEMPO COMUM


Cor Verde


1ª. Leitura – Ecl 1,2;2,21-23

Leitura do Livro do Eclesiastes 1,2;2,21-23

2'Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades!

Tudo é vaidade.' 2,21Por exemplo: um homem que trabalhou com inteligência,

competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em

nada colaborou. Também isso é vaidade e grande desgraça. 22De fato, que resta ao

homem

de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol? 23Toda a sua

vida é sofrimento, sua ocupação, um tormento.

Nem mesmo de noite repousa o seu coração. Também isso é vaidade. Palavra do

Senhor.


Reflexão – O valor do trabalho não está no que o dinheiro compra, mas na

realização pessoal!

O autor do Eclesiastes discorre sobre a vida do homem que trabalha para

adquirir coisas e não tem como referencial os projetos de Deus para sua vida.

O seu pensamento pessimista, reflete o nosso estado de ânimo quando, muitas

vezes, nos encontramos desanimados sem encontrar objetivo para a nossa luta

aqui na terra. Quando vivemos trabalhando e nos esforçando para conquistar

os bens perecíveis que a vida terrena nos oferece e nos fixamos apenas na

parte material que eles nos permitem usufruir, também lamentamos o tempo

perdido despendido com empenho. E isto é, com certeza, “vaidade das

vaidades” e “vento que passa”. Podemos concluir, portanto, que o valor do

trabalho não está precisamente, naquilo que obtemos e que o dinheiro

compra, mas em uma realização pessoal quando percebemos que estamos

contribuindo de alguma forma com a construção do mundo. Aí, então,

encontramos sentido para a luta do dia a dia e, mesmo que morramos sem

desfrutar do fruto da nossa ação, sentiremos o prazer de ter combatido o bom

combate. Quando nos colocou aqui na terra Deus tinha em mente algo a

realizar por meio de nós e, por isso, nos deu dons e talentos e continua nos

modelando a fim de que sejamos fiéis aos Seus desígnios. No entanto, a maior

parte da humanidade trabalha com o intuito de satisfazer a sua própria

ambição que nunca tem a conta de chegar. Se vivermos somente para esta

vida, realmente nada terá muito sentido e terminaremos também dizendo que

tudo é vaidade e grande desgraça. Porém, se tivermos como meta fazer a

vontade de Deus, lutaremos com as armas que Ele põe à nossa disposição e

esperaremos a recompensa, não para esta vida, mas para o tempo vindouro

que nos está reservado. – Com que intuito você trabalha e se afadiga aqui na


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terra? – Você visa o bem pecuniário ou o bem-estar? – Para você qual é a

importância do dinheiro? – Você se sente realizado quando faz algum

trabalho voluntário? – O que Deus espera de você enquanto está aqui na

terra? – Qual a recompensa que você espera de Deus?

Salmo 89,3-4.5-6.12-13.14.17 (R.1)

R.Vós fostes ó Senhor, um refúgio para nós.

3Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,*

quando dizeis: 'Voltai ao pó, filhos de Adão!'

4Pois mil anos para vós são como ontem,*

qual vigília de uma noite que passou. R.

5Eles passam como o sono da manhã,*

6são iguais à erva verde pelos campos:

De manhã ela floresce vicejante,*

mas à tarde é cortada e logo seca. R.

12Ensinai-nos a contar os nossos dias,*

e dai ao nosso coração sabedoria!

13Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?

Tende piedade e compaixão de vossos servos! R.

14Saciai-nos de manhã com vosso amor,*

e exultaremos de alegria todo o dia!

17Que a bondade do Senhor e nosso Deus

repouse sobre nós e nos conduza!*

Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho. R.

Reflexão - Precisamos pedir a Deus a graça de saber bem contar os nossos

dias e a sabedoria para vivê-los. Somos filhos e filhas de Adão, isto é, da

humanidade, por isso, a nossa vida na carne, é como a erva do campo e tem

um tempo determinado para secar. No entanto, fará toda a diferença o fato

de enquanto vivermos aqui na terra, nos saciarmos com o amor de Deus

entregando a Ele o nosso trabalho e o nosso repouso a fim de exultarmos de

alegria todos os dias.

2ª. Leitura – Col 3, 1-5.9-11

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses 3,1-5.9-11

Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto,

onde está Cristo, sentado à direita de Deus;

2aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa

vida está escondida, com Cristo, em Deus.

4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também

com ele, revestidos de glória. 5Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra:

imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria.

9Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho

e da sua maneira de agir 10e vos revestistes do homem novo,

que se renova segundo a imagem do seu Criador, em ordem ao conhecimento. 11Aí

não se faz distinção entre grego e judeu,

circunciso e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre,


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mas Cristo é tudo em todos. Palavra do Senhor.

Reflexão – Fé na força da ressurreição de Jesus!

“se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto,

onde está Cristo, sentado à direita de Deus;”

O homem novo revestido de Cristo, busca as coisas celestes e o homem velho,

isto é, aquele que ainda é apegado ao jeito de ser terreno, vive segundo os

maus desejos do seu coração. O que faz a diferença entre um e outro é

justamente a Fé na força da ressurreição de Jesus. Com efeito, todos nós que

cremos em Jesus Cristo ressuscitado podemos aspirar as coisas celestes e,

assim, nos distanciar do homem velho. Homem velho é, portanto, todo

aquele que é coniventes com as obras da carne: impureza, paixão, maus

desejos, cobiça, mentira, etc. O homem novo, porém, é todo homem e toda

mulher que busca se afeiçoar à imagem de Deus e tenta viver em ordem ao

conhecimento da Sua Palavra. Quando declaramos Jesus Cristo como nosso

Salvador, também admitimos que morremos e a nossa vida está escondida

com Ele, em Deus. Por isso, não mais pertencemos a este mundo carnal, mas

estamos inseridos numa dimensão espiritual, embora ainda permaneçamos

aqui na terra. Desse modo, aguardamos no nosso corpo o dia em que Cristo

aparecer em seu triunfo, quando, vivos ou mortos, nós também apareceremos

com Ele revestidos de glória. As coisas do alto significam os pensamentos, as

palavras e as obras que praticamos e nos elevam para Deus, porque são

regidas pelo Seu Amor e, consequentemente, nos levam a viver em harmonia

uns com os outros aqui embaixo. Cristo, então, se torna tudo em todos e por

onde andarmos estaremos a serviço do Seu reino. – Você já é um homem

novo? – Você tem buscado mais as coisas do alto ou as coisas da terra? –

Você percebe quais são as coisas do alto na sua vida? – Quais são as obras

do homem velho que você ainda vivencia?

Evangelho – Lc 12, 13-21

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 12,13-21

Naquele tempo: 13Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: 'Mestre, dize ao meu

irmão que reparta a herança comigo.' 14Jesus respondeu: 'Homem, quem me

encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?' 15E disse-lhes: 'Atenção! Tomai

cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas

coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens.' 16E contou-lhes

uma parábola: 'A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava

consigo mesmo: 'O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'. 18Então

resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles

vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim

mesmo: - Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come,

bebe, aproveita!' 20Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a

tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?' 21Assim acontece com quem

ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus.' Palavra da Salvação.

Reflexão – A ganância é um mal que está dentro de nós!

Jesus contou a parábola do homem rico quando percebeu a ganância do

homem que pleiteava junto ao irmão a parte que lhe cabia na herança. Assim,

ele nos motiva a avaliar a nossa real motivação diante dos bens materiais que

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almejamos e a perceber o fascínio que a riqueza exerce sobre nós. Assim

sendo, mais uma vez nós aprendemos com Ele a nos manter vigilantes em

torno dos nossos pensamentos e das nossas reais intenções. Ele deixou bem

claro que os nossos bens materiais não se constituem um alicerce para

assegurar a nossa vida longa aqui na terra nem tampouco são tijolos para a

construção do nosso lar celestial. Mesmo que aqui a nossa terra dê uma

grande colheita material, o fato de possuirmos em abundância não nos dá o

direito de permanecer na passividade confiando na boa reserva que temos

para muitos anos. A ganância é um mal que está dentro de nós e quase nem

percebemos! Às vezes, nós poupamos dinheiro e fixamos o nosso olhar

somente no que iremos embolsar em função dos juros e, quanto mais

auferimos, mais os nossos “olhos crescem”. Porém, na verdade, nem temos a

exata noção da utilidade desse dinheiro e a que se destina. Parece, que só

pelo fato de possuirmos aquele “algo a mais” depositado no banco nós

também, como o rico da parábola, podemos ficar tranquilos para dizer a nós

mesmos: “meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa,

come, bebe, aproveita!” O que Jesus recriminou no rico não foi tanto pelo

fato de ter muitos bens ou mesmo de poupá-los, mas foi a sua intenção de

guardar a fortuna somente para si, achando-se, por isso, protegido e dono da

sua existência. A nossa vida está entregue nas mãos de Deus e somente Ele

tem controle sobre ela, sejamos nós, pobres ou ricos neste mundo. No

entanto, podemos ser ricos diante de Deus quando colocamos tudo o que

possuímos à Sua disposição e esperamos a recompensa na forma que Ele

quiser nos oferecer.

 – Para quem você é rico? Para si mesmo ou para Deus? –

O que você espera comprar com o dinheiro que amealha? – Se possuísse

muito dinheiro, você viveria “mais despreocupado”?

– Como você analisa a atitude do homem da parábola? – Você se acha

diferente dele?


Helena Serpa, 

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

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