Origem do
nome
Antonina é o feminino
do antigo nome latino Antonius, derivado, provavelmente, do grego Antionos, que
significa “nascido antes”. É um dos nomes mais difundidos entre os povos
latinos, que ganhou muitos adeptos entre os cristãos. Mas, antes de Cristo, era
muito comum também.
Morte
A mártir Antonina
morreu em Nicéia, na Bitínia, atual Turquia, no final do século III. No
Martirológio Romano, ela foi citada três vezes: dia 1o de março, 4 de maio e 12
de junho, e cada vez de maneira diferente, como se fossem três pessoas
distintas. Vejamos o porquê.
Calendários
Litúrgicos
No século XVI, o
cardeal e bibliotecário do Vaticano, César Baronio, unificou os calendários litúrgicos da Igreja, a pedido do papa Clemente VIII, com os santos
comemorados em datas diferentes no mundo cristão. A Igreja dos primeiros
séculos foi exclusivamente evangelizadora. Para consolidar-se, adaptava a
liturgia e os cultos dos santos aos novos povos convertidos. Muitas vezes, as
tradições se confundiam com os fatos concretos, devido aos diferentes idiomas,
mas assim mesmo os cultos se mantiveram.
Homenagens
O trabalho de Baronio
foi chamado de Martirológio Romano, uma espécie de dicionário dos santos da
Igreja de Cristo de todos os tempos. Porém ele, ao lidar com os calendários
egípcio, grego e siríaco, que comemoravam santa Antonina em datas diferentes,
não se deu conta de que as celebrações homenageavam sempre a mesma pessoa. Isso
porque o nome era comum e os martírios, descritos de maneira diversa entre si.
Os calendários
O calendário grego
dizia que ela foi decapitada; o egípcio, que foi queimada viva; e o siríaco,
que tinha morrido afogada. Mais tarde, o que deu luz aos fatos foi um código
geronimiano do século V, confirmando que apenas uma mártir tinha morrido, em
Nicéia, com este nome.
Denunciada
como cristã
Antonina sofreu o
martírio no século IV, durante o governo do sanguinário imperador Diocleciano,
na cidade de Nicéia. Ela foi denunciada como cristã, presa e condenada à morte.
Mas antes a torturaram de muitas maneiras. Com ferros em brasa, queimaram e as
mãos e os pés dela. Depois, foi amarrada e colocada numa pequena cela com o
chão forrado de brasas, onde ficou por dois dias.
Não renegou
a fé
Voltando ao tribunal,
não renegou sua fé. Foi, então, fechada dentro de um saco e jogada no fundo de
um lago pantanoso na periferia de Nicéia. Era o dia 4 de maio de 306, data que
foi mantida para a veneração de santa Antonina, a mártir de Nicéia.
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