Origem
Seu nome de batismo é Ana Eugênia Milleret de Brou.
Mais tarde, se tornará Maria Eugênica de Jesus. Nasceu em Metz (França) em 25
de agosto 1817. Passou sua infância em sua casa natal, na fronteira entre
Luxemburgo, Alemanha e França. Cresceu no seio de uma família incrédula.
Seu pai era um alto funcionário, e sua mãe, descendente da nobreza da Bélgica e
Luxemburgo, era excelente educadora. Ambos viviam um formalismo religioso. A
família tinha um brasão: Nihil sine fide — nada sem fé —, que Ana Eugênia levou
gravada em seu peito para toda a vida. Em 1830, seus pais se separam, e
ela segue com a mãe para Paris. Dois anos depois, ela perde brutalmente a mãe
devido a uma epidemia de cólera.
Encontro
místico
Maria Eugênia teve um verdadeiro encontro místico
com Jesus Cristo no dia de sua primeira comunhão no Natal de 1829: “Nunca o esqueci”.
Anos depois, o pai a leva de volta para Paris. Ali, ela volta a ter uma
experiência profunda com Deus, que direciona toda a sua vida. Era Quaresma de
1836, quando, ao ouvir uma pregação na Catedral de Notre Dame, ela
afirma: “Sua palavra despertava em mim uma fé
que nada pôde abalar. Minha vocação começou em Notre
Dame”, diria mais tarde. Apaixona-se pela renovação do cristianismo.
Chamado
à vida religiosa
Ana Eugênia, aos 18 anos, decidiu: “Quero dar todas as minhas forças, ou melhor, toda minha
fragilidade, a essa Igreja!”. Sua experiência com Jesus e o desejo
de gastar-se por Ele, fazendo a diferença na sociedade, foi crescendo cada
dia mais. Aos 21 anos, com algumas companheiras, começou a Congregação
das Religiosas da Assunção. E assumiu um novo nome: irmã Maria Eugênia de
Jesus. Ela teve a coragem de se fazer discípula, seguidora de Jesus. Muitas
jovens se deixaram contagiar pelo seu entusiasmo e por sua coragem. Essas,
partilhando de seu mesmo sonho, juntaram-se a ela na nova congregação por ela
fundada.
“O essencial é que o Bem se faça, seja por nossas
mãos, sejam por outras.” (Santa Maria Eugênia de Jesus)
A
obra da Assunção no mundo
O objetivo da nova fundação era alto: transformar a
sociedade, através do Evangelho, pela educação. E um ponto de aplicação: as
mulheres. Maria Eugênia de Jesus sonhou com missão na China – sonho que
ainda não se realizou. Em mais de 50 anos de trabalho, espalhou comunidades por
vários países da Europa, mas também na África, na América Latina, nas
Filipinas (Ásia) e na Nova Caledônia (Oceania). Hoje, são mais de 1000
religiosas trabalhando em 31 países, inclusive no Brasil.
Saúde
física e encontro com o Pai
Foi
na velhice, depois de uma vida ofertada a Deus, que Maria Eugênia de Jesus vê
sua saúde extremamente debilitada. Ela foi vencida por uma paralisia em 1897, e
ali foi apagando-se aos poucos. Até o último instante de sua vida, procurou
expressar sua bondade através de seu olhar. Uma de suas últimas frases foi
esta: “Só
me resta ser boa”. No dia 10 de março de 1898,
encontra-se definitivamente com o Cristo ressuscitado, sua única paixão
enquanto estava na Terra.
Frase
da santa
“O
desânimo está muito longe do meu espírito. Estamos bem convencidas de não haver
em nós a santidade exigida pelas obras de Deus. Sendo assim, eu não me
surpreenderia com nenhuma espécie de insucesso.”
O resultado de uma vida na Santidade
Fé e
ação
“É preciso coragem
para pensar diferente. É preciso coragem para agir diferente. É preciso coragem
para ter personalidade, para expressar opiniões próprias, que muitas vezes vão
na contramão em relação à maioria das pessoas”. Era assim que
Maria Eugênia de Jesus, uma mulher de fé e de ação, se expressava e agia ao
viver no século XIX. Sua vida tem muito a nos dizer, que já estamos no
século XXI.
Reconhecimento
nos altares
Maria
Eugênia de Jesus sobe aos altares em 1975, onde foi beatificada pelo Papa São
Paulo VI . Ao colocá-la como exemplo para toda a Igreja, o então Papa Paulo VI
lançou um desafio: que, como Maria Eugênia, os cristãos tenham a audácia de
fazer do Evangelho o seu projeto de vida. “Ousem” –
dizia o Papa – “a
viver a santidade”.
Canonização
Santa Maria Eugênia de Jesus foi canonizada pelo Papa Bento XVI, em 3 de junho
de 2007, na Solenidade da Santíssima Trindade, destacando-se na homilia: “Maria Eugénia
Milleret, durante a sua existência, encontrou forças para a sua missão,
associando incessantemente contemplação e ação. Que o exemplo de Santa Maria
Eugênia convide os homens e as mulheres de hoje a transmitir aos jovens os
valores. Que os ajudem a tornar-se adultos fortes e testemunhas jubilosas do
Ressuscitado”.
Oração
que a própria santa fazia
“Peço
a Deus o dom da oração contínua, o deixar-me a mim mesma e ao apoio humano para
um total apoio em Deus.”
Minha
oração
“Senhor,
que o meu coração seja inflamado deste amor que levou Santa Maria Eugênica de
Jesus a dedicar toda a sua vida ao Evangelho, marcando a vida das mulheres do
seu tempo, para que a sociedade pudesse ser transformada. Que minha vida
doada em todos os ambientes em que estou inserido, deixe marcas do céu por onde
eu passar. Que meus olhos e meu coração permaneçam sempre fixos em Ti. Amém.”
Santa Maria Eugênia de Jesus, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícis
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