sexta-feira, 8 de novembro de 2024

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE



8 DE NOVEMBRO DE 2024

6ª. FEIRA DA XXXI SEMANA

DO TEMPO COMUM


Cor Verde


1ª. Leitura – Fp 3,17 -4,1

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses 3,17 -4,1

18Já vos disse muitas vezes, e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se

comportam como inimigos da cruz de Cristo. 19O fim deles é a perdição, o deus deles

é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas

terrenas. 20Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador,

o Senhor, Jesus Cristo. 21Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará

semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas as

coisas. 4,1Assim, meus irmãos, a quem quero bem e dos quais sinto saudade, minha

alegria, minha coroa, meus amigos, continuai firmes no Senhor.

Palavra do Senhor.

Reflexão - O céu é o nosso destino porque é a nossa pátria!

Dependendo da nossa maneira de ver e de viver as coisas aqui na terra nós vamos

experimentando ou não o clima do céu, por esta razão São Paulo nos motiva a

desde já avaliar a nossa ligação com o céu que desejamos alcançar. Segundo São

Paulo, quando só pensamos nas coisas terrenas e temos como deus o estômago,

isto é, os prazeres, e nos gloriamos de coisas vergonhosas, terminamos por ser

inimigos da cruz pela qual Cristo nos garantiu o céu. Ele condicionava a sua própria

alegria à conversão de todos aqueles a quem pregava o Evangelho de Jesus e

chorava pelos que não acolhiam os ensinamentos evangélicos prevendo para eles, a

perdição. Nós que conhecemos o Evangelho, que meditamos a Palavra de Deus,

precisamos estar atentos! Quando não vivenciamos o que aprendemos, e

desejamos ter uma vida isenta de dificuldades, nos apegando ao que o mundo nos

recomenda como prazeroso e cômodo, também estamos sendo “inimigos da Cruz

de Cristo”. Aí então, com certeza, o nosso fim será a perdição. Se fizermos uma

reflexão da nossa vida, das nossas ações, dos nossos apegos e desejos nós

poderemos aquilatar se somos ou não cidadãos do céu ou se estamos vivendo para

as coisas terrenas tendo como deus o estômago e colocando a nossa glória no que


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é vergonhoso. Não podemos jamais desistir, precisamos estar firmes no que de

fato é bom para que vivamos bem. O céu é o nosso destino porque é a nossa

pátria. Voltar para a casa do Pai é o anseio da nossa alma. Portanto, cada um de

nós, em particular, precisa examinar sua consciência para poder responder: - Será

que eu faço parte do povo cujo deus é o estômago, que só pensa nas coisas

terrenas? Será que eu sou de fato cidadão do céu? - Será que realmente eu vivo

aguardando o meu Salvador e Senhor Jesus Cristo? – Será que realmente Jesus

Cristo é o Senhor da minha vida?

Salmo - 121, 1-2. 3-4a. 4b-5 (R. 1)

R. Que alegria, quando me disseram: Vamos à casa Senhor!

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

1Que alegria, quando ouvi que me disseram:*

'Vamos à casa do Senhor!'

2E agora nossos pés já se detêm,*

Jerusalém, em tuas portas.R.

3Jerusalém,cidade bem edificada *

num conjunto harmonioso;

4apara lá sobem as tribos de Israel,*

as tribos do Senhor.R.

4bPara louvar, segundo a lei de Israel,*

o nome do Senhor.

5A sede da justiça lá está *

e o trono de Davi.R.

Reflexão - A nossa alma espera pelo dia que retornará à casa do Pai e o salmista

expressa isso quando fala da alegria que sentimos quando pensamos nas coisas de

Deus, nas coisas do céu. Todos nós caminhamos para a Jerusalém Celeste, cidade

edificada com harmonia. Enquanto aqui estamos não experimentamos esta beleza

interior, por isso é que almejamos alcançar a sede da justiça de Deus que nos dará

o que é justo para nós.

Evangelho – Lc 16, 1-8

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 16,1-8

Naquele tempo: 1Jesus disse aos discípulos: 'Um homem rico tinha um administrador

que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: 'Que é isto que

ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais

administrar meus bens'. 3O administrador então começou a refletir: 'O senhor vai me

tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar,

tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer,

para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração'.

5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao

primeiro: 'Quanto deves ao meu patrão?' 6Ele respondeu: 'Cem barris de óleo!' O

administrador disse: 'Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!'

7Depois ele perguntou a outro: 'E tu, quanto deves?'

Ele respondeu: 'Cem medidas de trigo'. O administrador disse:

'Pega tua conta e escreve oitenta'. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto,

porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos

em seus negócios

do que os filhos da luz. Palavra da Salvação.


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Reflexão - Normalmente nós colocamos mais empenho nos negócios do mundo do

que nos interesses de Deus!

Neste Evangelho Jesus nos exorta a usar a nossa sabedoria e inteligência

quando tratamos das coisas de Deus, do mesmo modo como agimos com as

coisas do mundo. Ele não elogiou a atitude desonesta do administrador, mas a

motivação que o levou a angariar a amizade das pessoas. Essas pessoas são

aquelas a quem ajudamos e com os quais nos solidarizamos nas horas de

necessidade, não importando o tamanho do bem que fazemos ou a quantia

que ofertamos. Será a maneira como vivemos e o nosso modo de ser, de tratar

o semelhante, de acolher o devedor, de compreender e de ter misericórdia

com o pecador que fará com que sejamos recebidos um dia nos tabernáculos

eternos. A compaixão que exercitarmos com os nossos semelhantes, o perdão

e a misericórdia são ações sábias que devemos colocar em prática enquanto

estivermos aqui na terra, porque elas nos servirão de salvo-conduto para o

reino dos céus. Normalmente nós colocamos mais empenho nos negócios do

mundo do que nos interesses de Deus e damos prioridade ao que rende mais

aqui na terra do que o tesouro que juntamos no céu. Os que tratam com as

riquezas deste mundo, sabem fazer isso, de modo desonesto. Os filhos da luz,

porém, muitas vezes não sabem conquistar a amizade dos pecadores para

agradar a Deus

. - Você também tem usado a sua inteligência e sagacidade

para fazer amizade com as pessoas e atraí-las para Deus? 

– Como é a maneira que você age com as pessoas que lhe servem e trabalham para si?

– Você é uma pessoa acolhedora ou está sempre prevenida com medo de

se envolver?

 - Você sabe dispensar os erros do próximo?

 - Você tem vivido as coisas do mundo, do trabalho, com a mesma presteza com que tem vivenciado as coisas ligadas a Deus?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária 

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