terça-feira, 10 de setembro de 2024

REFLXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 está nos deformando e quer que tenhamos consciência da nossa

dificuldade, por isso, nos manda estender a mão a fim de expor o nosso

pecado para reconhecer que precisamos de perdão e de acolhimento. O olhar

carinhoso de Jesus nos revigora e a Sua Palavra é para nós como uma

promessa que se cumpre: “Levanta-te e fica aqui no meio”! “Estende a tua

mão”! Na medida em que obedecemos à Sua Palavra, também vão caindo por

terra os nossos complexos de inferioridade, o medo de revelar quem nós

somos, os nossos defeitos, a nossa “mão seca”. Tudo então se torna muito

natural e simples e perdemos a inibição e cheios de firmeza enfrentamos

todos os olhares ardilosos, pois eles estão ocultos pelo olhar misericordioso de

Deus. Ninguém, jamais, em momento algum pode perder a chance de atender

à ordem de Jesus, porque Ele veio para curar a nossa “mão seca” nem que

seja em dia de sábado. – Quando comete um pecado grave você se sente

isolado? – Você costuma reconhecer e confessar os seus pecados? – Você

tem coragem de expor os seus defeitos diante das pessoas pondo-se sob o

olhar da misericórdia divina?

10 DE SETEMBRO DE 2024

TERÇA-FEIRA DA VIGÉSIMA TERCEIRA SEMANA

DO TEMPO COMUM

Cor Verde

1ª. Leitura – I Cor 6, 1-11

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 6,1-11

Irmãos: 1Quando um de vós tem uma questão com um outro,

como se atreve a entrar na justiça perante os injustos, em vez de recorrer aos

santos? 2Será que ignorais que os santos julgarão o mundo? Ora, se o mundo está

sujeito ao vosso julgamento,

seríeis acaso indignos de deliberar e julgar sobre questões tão insignificantes?

3Ignorais que julgaremos os anjos? Quanto mais, coisas desta vida! 4No entanto, se

tendes dessas questões a resolver, recorreis a juízes que a igreja não pode

recomendar.

5Digo isso, para confusão vossa! Será, então, que aí entre vós

não se encontra ninguém sensato e prudente que possa ser juiz entre irmãos? 6Ao

invés disso, irmão contra irmão vai a juízo,

e isso perante infiéis! 7Aliás, já é uma grande falta haver processos entre vós. Por

que não suportais, antes, a injustiça?

Por que não tolerais, antes, ser prejudicado? Pelo contrário, vós é que cometeis

injustiças e fraudes, e isso contra irmãos! 9Porventura ignorais que pessoas injustas

não terão parte no reino de Deus? Não vos iludais: nem imorais, nem idólatras, nem

adúlteros, nem efeminados, nem pederastas, 10nem ladrões, nem avarentos, nem


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beberrões, nem insolentes, nem salteadores terão parte no reino de Deus. 11E vós,

isto é, alguns de vós, éreis isso!

Mas fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo nome do Senhor Jesus

Cristo e pelo Espírito de nosso Deus.

Palavra do Senhor.

Reflexão – Os santos julgarão o mundo!

No mundo as questões são resolvidas segundo o juízo dos homens injustos que

têm seus próprios interesses, porém, São Paulo nos exorta a viver em comum

unidade sem nos valer dos critérios injustos do mundo, mas colocar em

prática os ensinamentos de Deus. Numa comunidade cristã e na família que

vive o Evangelho é incompreensível a ação de se colocar alguém na justiça,

segundo os critérios do mundo. Assim sendo, nós precisamos nos vigiar e estar

atentos às nossas ações do dia a dia. Muitas vezes fazemos questão por coisas

insignificantes somente por capricho e colocamos as pessoas do nosso

relacionamento expostas aos juízos do mundo, quando tudo poderia ser

resolvido por nós com bom senso segundo os discernimentos evangélicos do

amor da misericórdia e da compreensão. Se colocássemos os nossos

questionamentos para serem resolvidos à Luz do Evangelho, pela oração e

pelo diálogo, com certeza, todas as divergências seriam resolvidas. Segundo

São Paulo, os santos julgarão o mundo! Os santos são aqueles que buscam

fazer em tudo a vontade de Deus e, por isso, são para o mundo exemplos de

homens retos, ajustados à vontade do Pai e não incorrem nas mesmas práticas

daqueles que têm a mentalidade do mundo. São Paulo também diz que não

entrará no reino dos céus todo aquele que praticar coisas contrárias à vontade

de Deus. Essas práticas barram a graça de Deus em nós e nos impedem de

viver o clima de santidade dentro do que o Senhor espera de nós. O reino de

Deus é um estado de espírito, de intimidade com o Senhor e não combina com

práticas que nos tiram do Seu convívio. Por isso, as paixões, as contendas, os

vícios, a libertinagem, imoralidades, adultérios são ações que nos tiram do

reino. Todos nós, que cremos em Jesus, outrora, de uma forma ou de outra,

podemos ter praticado algo abominável, no entanto, fomos lavados,

santificados e justificados pelo nome de Jesus Cristo e pelo Seu Espírito

Santo. Consequentemente, estamos livres para entrar no reino dos céus. –

Leia atentamente a relação das coisas impróprias para quem deseja entrar

no reino de Deus e medite sobre a sua condição de vida: imorais, idólatras,

adúlteros, efeminados, pederastas, ladrões, avarentos, beberrões,

insolentes, salteadores.

Salmo 149, 1-2. 3-4. 5-6a.9b (R.4a)

R. O Senhor ama seu povo de verdade.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

1Cantai ao Senhor Deus um canto novo, *

e o seu louvor na assembleia dos fiéis!

2Alegre-se Israel em Quem o fez, *

e Sião se rejubile no seu Rei!R.

3Com danças glorifiquem o seu nome, *

toquem harpa e tambor em sua honra!


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4Porque, de fato, o Senhor ama seu povo *

e coroa com vitória os seus humildes.R.

5Exultem os fiéis por sua glória, *

e cantando se levantem de seus leitos,

6acom louvores do Senhor em sua boca *

9bEis a glória para todos os seus santos.R.

Reflexão - O Salmo nos manda cantar a Deus um canto novo! Como será esse

canto novo? De onde sai o louvor que se presta ao Senhor? O canto novo é um

canto que sai de um coração novo, renovado no Espírito, que sente a alegria

de ser amado por Deus. O canto novo é cantado por todos os santos e pelos

anjos no céu e na terra quando estes se ajuntam a nós em louvor a Deus.

Evangelho – Lc 6, 12-19

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 6,12-19

12Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a

Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos

quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu

irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15Mateus e Tomé;

Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas

Iscariotes, aquele que se tornou traidor. 17Jesus desceu da montanha com eles e

parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de

gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia.

18Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças.

E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A

multidão toda procurava tocar em Jesus,

porque uma força saía dele, e curava a todos.

Palavra da Salvação.

Reflexão – Entre muitos, Ele escolheu somente doze!

Pela narrativa do Evangelho nós tomamos conhecimento de que Jesus sempre

se retirava para orar e entrar em intimidade com o Pai. Neste texto, São

Lucas menciona que Ele subiu à montanha para rezar, passou a noite toda em

oração a Deus e quando desceu o monte escolheu os doze apóstolos que O

seguiriam e a quem Ele entregaria a Sua Igreja. Percebemos, então, que

somente depois de escutar o Pai e ouvir d’Ele o direcionamento, Jesus tomou

a iniciativa de reunir os Seus discípulos para fazer a seleção conforme o Pai

lhe segredara e, ao amanhecer, Ele já sabia o que fazer. Entre muitos, Ele

escolheu somente doze! Jesus não escolheu os melhores, pois, dentre eles

havia traidores, descrentes, pretensiosos, interesseiros e nenhum deles era

exemplo de santidade. No entanto, Jesus tinha a convicção de que os

escolhidos eram os eleitos do Pai e, por isso, não relutou em chamá-los. O

Plano era do Pai e Ele viera cumprir fielmente tudo o que lhe fora ordenado.

Para muitas coisas na vida nós nos preparamos, aprimoramos e nos

exercitamos. Contudo, na maioria das vezes, nas tomadas de decisões nós nos

atrapalhamos e não temos o mesmo cuidado. Agimos por impulso, por

sentimento, por preferências pessoais. E, quando algumas vezes nos

prostramos aos pés do Pai pedindo orientação para as nossas dificuldades,

falta-nos, no entanto, a paciência para esperar o fruto das escolhas que


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fazemos sob a orientação do Espírito. No primeiro contratempo nós já estamos

nos decepcionando e nos frustramos porque compreendemos que fizemos as

escolhas erradas e culpamos a Deus pelos acontecimentos. Jesus nos ensina a

viver uma vida em conformidade com o pensamento de Deus escutando-O por

meio da oração e da Sua Palavra. Somente assim poderemos descobrir o que é

ou não agradável ao Pai a fim de cumprir no mundo a missão que nos foi

designada. Na oração e na reflexão da Palavra somos instruídos sobre o que

fazer antes de tomar qualquer decisão ou de resolver qualquer problema, de

escolher e de fazer opções ou mesmo antes de enfrentar as multidões. Jesus

sabia que na Sua Missão teria de enfrentar dificuldades também com os Seus

escolhidos. Sabia que estaria lidando com homens cheios de defeitos, mesmo

assim não desistiu e foi com eles, até o fim. Não tenhamos medo de confiar

na força do Espírito Santo quando precisarmos de orientação.

 – O que você faz quando tem que tomar uma decisão importante; pede o conselho dos

homens, ou o conselho de Deus?

 – Você se reúne com alguém em oração para fazer suas opções de vida?

– Você pede ajuda a pessoas que têm intimidade com Deus?

 – Você costuma orar pedindo discernimento para suas ações?

 - Qual é a sua reação quando ora e as coisas não acontecem de acordo com o que você esperava? 

Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho


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