quinta-feira, 15 de agosto de 2024

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE


15 DE AGOSTO DE 2024


QUINTA-FEIRA DA DÉCIMA NONA SEMANA


DO TEMPO COMUM


Cor Verde


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1ª. Leitura – Ez 12, 1-12

Leitura da Profecia de Ezequiel 12,1-12

1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2'Filho do homem, estás

morando no meio de um povo rebelde. Eles têm olhos para ver e não veem, ouvidos

para ouvir e não ouvem,

pois são um povo rebelde. 3Quanto a ti, Filho do homem,

prepara para ti uma bagagem de exilado, em pleno dia, à vista deles. Emigrarás do

lugar onde estás, à vista deles, para outro lugar. Talvez percebam que são um povo

rebelde. 4Deverás tirar a bagagem em pleno dia, à vista deles, como se fosse a

bagagem de um exilado. Mas deverás sair à tarde, à vista deles, como quem vai para

o exílio. 5É vista deles deverás cavar para ti um buraco no muro, pelo qual sairás;

6deverás carregar a bagagem nas costas

e retirá-la no escuro. Deverás cobrir a face para não ver o país,

pois eu fiz de ti um sinal para a casa de Israel'. 7Eu fiz assim como me foi ordenado.

Tirei a bagagem durante o dia, como se fosse a bagagem de exilado; à tarde, abri

com a mão um buraco no muro.

Saí ao escuro, carregando a bagagem às costas, diante deles.

8De manhã, a palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:

9'Filho do homem, não te perguntaram os da casa de Israel,

essa gente rebelde, o que estavas fazendo? 10Dize-lhes: Assim fala o Senhor Deus:

Este oráculo refere-se ao príncipe de Jerusalém

e a toda a casa de Israel que está na cidade. 11Dize: Eu sou um sinal para vós. Assim

como eu fiz, assim será feito com eles:

irão cativos para o exílio. 12O príncipe que está no meio deles

levará a bagagem às costas e sairá ao escuro. Farão no muro um buraco para sair por

ele. O príncipe cobrirá o rosto para não ver com seus olhos o país. Palavra do Senhor.

Reflexão – A rebeldia do homem é uma decorrência do seu descaso aos

conselhos de Deus.

O profeta Ezequiel foi convocado por Deus para ser um sinal diante do povo

de Israel, predizendo o exílio a que iria submetê-los, porque, “tendo olhos

não viam e tendo ouvidos não ouviam”. Da mesma forma o Senhor nos

convoca a sermos tochas, isto é, sinais luminosos, que chamam a atenção dos

indiferentes para que percebam até onde poderá ir a sua obstinação e a sua

relutância em escutar a voz de Deus. Mais do que falar deveremos agir, de tal

modo, que o nosso exemplo possa arrastar multidões. A rebeldia do homem é

uma decorrência do seu descaso aos conselhos de Deus. Quando, vivenciamos

a Sua Palavra e seguimos os Seus mandamentos, dando testemunho de que o

bem vence o mal e que a nossa felicidade está assegurada nas mãos do

Senhor, nos tornamos sinais que Deus coloca a serviço dos nossos irmãos.

Assim, também, como o profeta, nós podemos prognosticar, na nossa família,

no trabalho e por onde formos, as consequências que sobrevirão para a vida

de quem não escuta as palavras que Deus fala por nosso intermédio. Fazer

tudo conforme a vontade de Deus, obedecer aos Seus mandamentos e cumprir

com as Suas ordens são, para nós, práticas que nos asseguram a Sua

assistência e a Sua proteção aqui na terra. – Você tem sido a voz de Deus

para as pessoas com quem convive? – As suas ações manifestam ao mundo o

que Deus tem lhe falado aos ouvidos? – Você vê o irmão, a irmã como um

sinal de Deus para si?

Salmo 77,56-57. 58-59. 61-62 (R. Cf.7c)


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R. Das obras do Senhor não se esqueçam.

56Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo, *

recusando-se a guardar os seus preceitos.

57Como seus pais, se transviaram, e o traíram *

como um arco enganador que volta atrás;R.

58irritaram-no com seus lugares altos, *

provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos.

59Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, *

e repeliu com violência a Israel.R.

61Entregou a sua arca ao cativeiro, *

e às mãos do inimigo a sua glória;

62fez perecer seu povo eleito pela espada, *

e contra a sua herança enfureceu-se.R.

Reflexão - O salmo nos fala da teimosia do homem que se recusa a guardar os

preceitos do Senhor e qual a implicação das suas más inclinações. O homem

com a sua obstinação e rebeldia provoca a ira de Deus que tudo faz para

salva-lo, por isso o castiga quando é preciso para corrigi-lo e restaurá-lo.

Evangelho – Mat 18, 21-19,1

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 18,21-19,1

Naquele tempo: 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou:

'Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete

vezes?' 22Jesus respondeu: 'Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus

empregados.

24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.

25Como o empregado não tivesse com que pagar,

o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e

tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.

26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: 'Dá-me um

prazo! e eu te pagarei tudo'. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o

empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali aquele empregado encontrou um

dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a

sufocá-lo, dizendo: 'Paga o que me deves'. 29O companheiro, caindo aos seus pés,

suplicava: 'Dá-me um prazo! e eu te pagarei'. 30Mas o empregado não quis saber

disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.

31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes,

procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe

disse: 'Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste.

33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive

compaixão de ti?' 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos

torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está

nos céus fará convosco,

se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.' 19,1Ao terminar estes discursos,

Jesus deixou a Galiléia e veio para o território da Judéia além do Jordão. Palavra da

Salvação.


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Reflexão – A medida do perdão é infinita, não tem limite.

A parábola do servo cruel nos conscientiza a agir aqui na terra da mesma

forma que o Pai do céu faz conosco. Partindo da indagação de Pedro, Jesus

nos instrui a fazer justiça com aquelas pessoas que pecam contra nós,

conforme a maneira de pensar de Deus. Assim sendo, Ele nos explica que o

perdão existe para ser dado infinitamente e não depende do tamanho da falta

de quem a cometeu. Na mesma medida em que Deus perdoa as nossas dívidas,

que são mais do que grandes somas de dinheiro, também precisamos oferecer

o perdão pelas pequenas ou grandes faltas que os nossos irmãos cometerem

contra nós. Portanto, não podemos nos limitar a perdoar dívidas contraídas

materialmente, mas, apagar o que ficou marcado por causa dessas dívidas, ou

seja, os ressentimentos, as mágoas etc. O ato de perdoar não demonstra dizer

que estamos apoiando o erro do nosso irmão, mas que podemos compreender

as suas razões e dispensar o aborrecimento que poderia ficar registrado no

nosso coração. Dessa forma, não se trata de quantas vezes tenhamos que

perdoar, porque a medida do perdão é infinita, não tem limite. Tantos

quantos são os dias da nossa vida e, enquanto caminharmos aqui, nós

necessitaremos do perdão de Deus para as nossas inúmeras culpas.

Entretanto, só nos sentiremos inteiramente perdoados, se, na mesma medida,

aplicarmos essa regra para com aqueles (as) que nos têm ofendido. Jesus não

nos deixa dúvidas quanto ao perdão que temos de dar ao irmão: DE CORAÇÃO!

Quem perdoar, naturalmente será também perdoado. A compaixão é um

atributo de Deus e nós, como fomos criados à Sua imagem e semelhança,

temos também em nós o dom de perdoar

. – Você tem exercitado o dom de perdoar? 

– Você pelo menos deseja perdoar?

 – A quem você está precisando

perdoar? 

– Você se sente perdoado por Deus na mesma medida com que tem perdoado os seus irmãos?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

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