Dom Gregório, após a imposição do Pálio – Foto: Comunidade Shalom
O Arcebispo
Metropolitano de Fortaleza, Dom Gregório Paixão, OSB, recebeu o Pálio
Arquiepiscopal na manhã deste sábado, 6 de julho, na Sé Catedral. A cerimônia
de entrega da insígnia episcopal foi realizada pelo Núncio Apostólico do
Brasil, Dom Giambattista Diquattro, representante do Papa Francisco.
“O pálio
sempre lembra que foi constituído para o grande mistério da comunhão da igreja,
o edifício espiritual construído sobre cristo como sua pedra angular e sobre a
rocha de Pedro. Somos colaboradores dessa verdade única e sincrônica”, afirma o
Núncio.
Dom
Gregório Paixão, em sua homilia, expressou profunda gratidão ao Papa Francisco
pela confiança depositada nele para pastorear o povo de Deus em Fortaleza. Ele
reconhece suas próprias limitações, mas se compromete com a missão de guiar e
cuidar das ovelhas que lhe foram confiadas, seguindo o exemplo do Bom Pastor.
Sobre o
distintivo dos metropolitas, Dom Gregório diz: “O que trago sobre os meus
ombros é tão somente o encargo de levar as ovelhas sobre as costas, de entender
seus sentimentos, de incentivá-las a retornar ao caminho da vida”.
Essa
celebração não apenas marca um evento singular na vida de Dom Gregório, mas
também reforça os laços de comunhão entre a Sé Apostólica, representada pelo
Papa, e a Igreja local de Fortaleza, enriquecendo a missão evangelizadora e
pastoral da Arquidiocese.
Pálio
O pálio é
realmente uma insígnia muito significativa na Igreja Católica, carregando uma
rica história e simbolismo. Originalmente uma simples tira de pano usada por
todos os bispos nos primeiros séculos do cristianismo, o pálio evoluiu para seu
formato atual ao longo dos séculos.
No século
IX, assumiu a forma de um “Y” estilizado, com as duas extremidades caindo
abaixo do pescoço até o meio do peito na frente e nas costas, sendo distintivo
dos arcebispos metropolitanos que o recebem diretamente do Papa. O pálio é uma
faixa estreita de tecido branco, cerca de cinco centímetros de largura, feita
de lã, decorada com seis cruzes negras de seda. Estas cruzes simbolizam as
feridas de Cristo e são distribuídas ao longo das abas do “Y” e na curvatura
central.
É
tradicionalmente usado sobre a casula pelos arcebispos metropolitanos em certas
ocasiões litúrgicas e representa sua ligação com o Papa e com a Igreja
universal. As três alfinetes de gema aciculada, um na frente e dois atrás, que
prendem o pálio no ombro esquerdo do arcebispo, são um lembrete de sua origem
humilde como um simples lenço dobrado e fixado com um alfinete.
Este
simbolismo não apenas marca a autoridade e responsabilidade do arcebispo na sua
arquidiocese, mas também sua unidade com a Sé Apostólica e com toda a Igreja.
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