Julita vivia na cidade de Icônio, atualmente Turquia. Ela era uma
senhora riquíssima, da alta aristocracia e cristã, que se tornara viúva logo
após ter dado à luz um menino. Ele foi batizado com o nome de Ciro. Tinha três
anos de idade quando o sanguinário imperador Diocleciano começou a perseguir,
prender e matar cristãos.
Julita, levando o filhinho Ciro, tentou fugir, mas acabou presa. O
governador local, um cruel romano, tirou-lhe o filho dos braços e passou a
usá-lo como um elemento a mais à sua tortura. Colocou-o sentado sobre seus
joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na frente do menino, com o intuito
de que renegasse a fé em Cristo.
Como ela não obedeceu, os castigos aumentaram. Foi então que o pequenino
Ciro saltou dos joelhos do governador, começou a chorar e a gritar junto com a
mãe: “Também sou cristão! Também sou cristão!”. Foi tamanha a ira do governador
que ele, com um pontapé, empurrou Ciro violentamente fazendo-o rolar pelos
degraus do tribunal, esmigalhando o seu crânio.
Conta-se que Julita ficou imóvel, não reclamou, nem chorou, apenas rezou
para que pudesse seguir seu pequenino Ciro no martírio e encontrá-lo, o mais
rápido possível, ao lado de Deus. E foi o que aconteceu. Julita continuou sendo
brutalmente espancada e depois foi decapitada. Era o ano 304.
Ciro tornou-se o mais jovem mártir do cristianismo, precedido apenas dos
Santos Mártires Inocentes, exterminados pelo rei Herodes em Belém. É
considerado o Santo padroeiro das crianças que sofrem de maus tratos.
Oração
Deus Nosso Pai, destes a Santa Julita e a São Ciro os sofrimentos do
martírio. Por sua intercessão, dai-me uma fé verdadeira, forte, perseverante.
Suplico-vos o perdão de meus pecados e a graça de Vos amar e bendizer todos os
dias de minha vida. Amém!
Reflexão
A memória dos mártires mantém viva a convicção de que vale a pena perder
a vida em função do amor a Jesus Cristo. Quando ouvimos relatos de martírio,
como o de hoje, sentimos nosso coração gelar de horror. Mas ainda hoje, séculos
depois do início da Igreja, muitos cristãos ainda são martirizados de forma
brutal e violenta. Ecoa ainda hoje o Evangelho de Jesus: “Se o grão de trigo
não morre, ele não nasce para dar frutos em abundância”.
São
Ciro e Santa Julita, rogai por nós!
Fonte:
Canção Nova Notícias
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