domingo, 2 de junho de 2024

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 2 DE JUNHO DE 2024

DOMINGO 9ª. SEMANA DO

TEMPO COMUM


Cor verde


1ª. Leitura – Deut 5, 12-15

Leitura do Livro do Deuteronômio 5, 12-15

Eis o que diz o Senhor: «Guarda o dia de sábado, para o santificares, como te

mandou o Senhor, teu Deus.

Trabalharás durante seis dias e neles farás todas as tuas obras.

O sétimo, porém, é o sábado do Senhor, teu Deus. Não farás nele qualquer

trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha,


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nem o teu escravo, nem a tua escrava, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem

nenhum dos teus animais, nem o estrangeiro que mora contigo. Assim, o teu

escravo e a tua escrava poderão descansar como tu. Recorda-te que foste escravo

na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te fez sair de lá com mão forte e

braço estendido. Por isso, o Senhor, teu Deus, te mandou guardar o dia de

sábado. Palavra do Senhor.

Reflexão – Somente Jesus conhece o segredo do tempo em que estamos vivendo

aqui na terra!

Por meio de Moisés, o Senhor deu uma ordem ao povo judeu para santificar o dia de

sábado. Guardar o sábado, então, se tornou para o judaísmo uma instituição que

perdura até os dias de hoje. “É um período destinado ao repouso espiritual e serve

para recordar que a necessidade de ganhar a vida não nos deve tornar cegos ante a

necessidade de viver”. Para nós, cristãos, o repouso espiritual foi instituído no

Domingo, quando se recorda a Ressurreição de Jesus. É o dia do Senhor, portanto,

um dia especial da semana. O descanso do Domingo é um dom de Deus para que

possamos relacionar-nos com Ele, e celebrar com Ele o acontecimento que nos

introduziu numa nova vida: a Sua ressurreição. São João Paulo II, nos convida a

redescobrir o domingo como um tempo especial para Deus: “Não tenhais medo de

dar vosso tempo a Cristo! Sim, abramos nosso tempo a Cristo para que Ele possa

iluminá-lo e dirigi-lo. É Ele quem conhece o segredo do tempo e o segredo da

eternidade, e nos entrega “seu dia” como um dom sempre novo de seu amor” Carta

Apostólica Dies Domini, 31-V-1998, n. 7. Sim, somente Jesus conhece o segredo do

tempo em que estamos vivendo aqui na terra e o que virá para nós um dia. Ele

deseja ansiosamente abençoar os nossos planos, os nossos trabalhos, os nossos

projetos. O Domingo, então, é uma oportunidade de nos reunirmos em família,

participar da Santa Missa e colocar nas Mãos de Cristo a nossa vida pedindo a Sua

benção para nossas realizações. Uma semana sem Missa é uma semana sem Graça! –

Você sente necessidade de viver o dia do repouso do Senhor? – O que está

faltando para que o seu Domingo seja cheio da graça de Deus? – Você costuma

incentivar a sua família a se reunir no Domingo para vivenciar o dom de Deus?

Salmo 80 (81), 3-4.5-6ab.6c-8a.10-11b

Refrão: Exultai em Deus, que é o nosso auxílio.

Ou: Aclamai a Deus, nossa força

3Aclamai a Deus, nossa força, aplaudi ao Deus de Jacob.

4Fazei ressoar a trombeta na lua nova

e na lua cheia, dia da nossa festa.R

5É uma obrigação para Israel, é um preceito do Deus de Jacob,

6lei que Ele impôs a José, quando saiu da terra do Egito.

Ouço uma língua desconhecida:R

7«Aliviei os teus ombros do fardo

e soltei as tuas mãos dos cestos;

8gritaste na angústia e Eu te libertei.R

Não terás contigo um deus alheio,

nem adorarás divindades estranhas.

Eu, o Senhor, sou o teu Deus,R


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Reflexão – O salmista nos propõe viver o preceito do Senhor e aclamá-Lo,

reconhecendo que Ele é a nossa força. Ele nos convida a ressoar a trombeta no

dia festivo celebrando o dia do Senhor. É o Senhor quem nos socorre e alivia o

fardo do nosso trabalho e das nossas dificuldades! Só a Ele deveremos prestar

culto e adorar, pois, Ele é o nosso Deus!

2ª. Leitura – 2 Cor 4, 6-11

Leitura da 2ª Carta aos Coríntios 4, 6-11

Irmãos: Deus, que disse: «Das trevas brilhará a luz»,

fez brilhar a luz em nossos corações, para que se conheça em todo o seu

esplendor a glória de Deus, que se reflete no rosto de Cristo.

Nós trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério,

para que se reconheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós. Em

tudo somos oprimidos, mas não esmagados;

andamos perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados;

abatidos, mas não aniquilados. Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo

os sofrimentos da morte de Jesus,

a fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Jesus.

Porque, estando ainda vivos, somos constantemente entregues à morte por causa

de Jesus, para que se manifeste também na nossa carne mortal a vida de Jesus.

Palavra do Senhor.

Reflexão – Não basta ter o conhecimento das coisas de Deus, mas levar em nossa

carne os traços da morte de Jesus!

Todos nós, se quisermos manifestar ao mundo a Face de Cristo, precisamos ter

consciência de que somos, também, como um vaso de barro que tem dentro de si um

tesouro incalculável. O tesouro é o nosso ministério, isto é, a missão para a qual

fomos chamados por Deus para realizar. Da mesma forma, todos nós que

pretendemos irradiar a Luz de Cristo a qual recebemos no Batismo, precisamos ter

em mente que o poder de Deus está em nós, porém, como somos frágeis jarros de

barro, estamos sujeitos a toda espécie de provação. Se não tivermos consciência

desta condição, e quisermos testar o nosso próprio poder, com certeza iremos

fracassar no nosso intuito de irradiar ao mundo o esplendor de Deus. Não basta ter o

conhecimento das coisas de Deus, mas levar em nossa carne os traços da morte de

Jesus que se configuram em nós nos momentos de tribulação, para que a nova vida

também se manifeste por meio do nosso testemunho. Quando colocamos as nossas

dores na Cruz de Jesus, e sofremos com Ele, o nosso fardo se torna mais leve e

mostramos ao mundo a verdadeira alegria de ser cristão. – Você admite sofrer em

Nome de Jesus? – Como você tem encarado as dificuldades da sua vida? – Você já

experimentou colocar na Cruz de Cristo as suas angústias? – Como você tem

irradiado ao mundo a Luz de Cristo? – Por meio de que?

Evangelho – Mc 2, 23-3,6

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 2, 23-3, 6

Naquele tempo passava Jesus através das searas, num dia de sábado, e os discípulos,

enquanto caminhavam, começaram a apanhar espigas. Disseram-Lhe então os

fariseus: «Vê como eles fazem ao sábado o que não é permitido». Respondeu-lhes

Jesus: «Nunca lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros tiveram

necessidade e sentiram fome? Entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote

Abiatar, e comeu dos pães da proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e os

deu também aos companheiros». E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem, e

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não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do homem é também Senhor do

sábado». Jesus entrou de novo na sinagoga, onde estava um homem com uma das

mãos atrofiada. Os fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curá-lo ao sábado

e poderem assim acusá-l’O. Jesus disse ao homem que tinha a mão atrofiada:

«Levanta-te e vem aqui para o meio». Depois perguntou-lhes: «Será permitido ao

sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?». Mas eles ficaram calados.

Então, olhando-os com indignação e entristecido com a dureza dos seus corações,

disse ao homem: «Estende a mão». Ele estendeu-a e a mão ficou curada. Os fariseus,

porém, logo que saíram dali, reuniram-se com os herodianos para deliberarem como

haviam de acabar com Ele. Palavra da salvação

Reflexão – Jesus nos ensina a colocar a caridade como lei primeira nas ações da

nossa vida!

Às vezes nos limitamos aos preceitos e às regras, porém, não percebemos que

estamos sendo injustos e infratores da Lei de Deus. Jesus permitiu aos seus

discípulos que arrancassem espigas em dia de sábado e infringissem a lei para

que eles mesmos matassem a fome que sentiam. Jesus nos ensina a colocar a

caridade como lei primeira nas ações da nossa vida. Tudo o que o Pai criou,

Ele o fez em favor do homem, objeto do Seu Amor, portanto, quando Ele diz

que “o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”,

significa que a nossa sobrevivência e a caridade que tivermos conosco, estão

acima das normas que, apesar de estabelecidas para o homem, muitas vezes

se voltam contra ele próprio. Ainda nesta passagem do Evangelho nós

encontramos um Jesus desafiador, que não se dobrava diante dos acordos nem

dos juízos dos homens. A mão seca daquele homem é, hoje, a nossa cegueira

espiritual, é a nossa falta de caridade com o próximo, é a nossa impotência

diante do pecado, é a nossa indiferença, egoísmo, tudo o que nos faz

defeituosos, que nos enfeia a alma e consequentemente distorce as nossas

boas ações. Jesus também hoje desafia o mundo a fim de nos curar e, da

mesma forma como disse àquele homem, Ele nos diz, “Estende a mão”:

apresenta o teu defeito, revela a tua dificuldade, abre a tua boca, confessa o

teu pecado e eu te curarei e te libertarei. – Faça isso hoje: apresente-se a Jesus, ponha-se no centro da sala e admita as suas dificuldades e as suas

limitações. Ele quer curá-lo! 

- Você também é como os fariseus que

punham as regras acima da caridade?

 – Você se admira quando vê alguém

quebrando o protocolo para ajudar a si mesmo ou a alguém? 

– O que você aprendeu mais com esse Evangelho?


Helena Serpa,

Fundador da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

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