4 DE JUNHO DE 2024
3ª. FEIRA DA NONA SEMANA DO
TEMPO COMUM
Cor verde
1ª. Leitura – II Pd 3, 12-15ª.17-18
Leitura da Segunda Carta de São Pedro 3,12-15a.17-18
Caríssimos: 12Esperais com anseio a vinda do Dia de Deus,
quando os céus em chama se vão derreter, e os elementos, consumidos pelo fogo, se
fundirão? 13O que nós esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e
uma nova terra,
onde habitará a justiça. 14Caríssimos, vivendo nesta esperança,
esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz.
15aConsiderai também como salvação a longanimidade de nosso Senhor. 17Vós,
portanto, bem-amados,
sabendo disto com antecedência, precavei-vos, para não suceder que, levados pelo
engano destes ímpios, percais a própria firmeza.
18Antes procurai crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e salvador
Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, desde agora, até ao dia da eternidade. Amém.
Palavra do Senhor.
Reflexão – Como estamos escrevendo a nossa história?
Nós sabemos que a Palavra de Deus abre os nossos olhos para muitas coisas
que irão acontecer, no entanto, precisamos estar firmes e alertas para
percebermos o que já está acontecendo nos dias de HOJE. O momento atual
da nossa vida é o tempo propício para que nos preparemos para o dia que
virá. Nós não podemos marcar data para o que será no porvir, mas podemos
ter consciência do que está acontecendo hoje e de como estamos escrevendo
a nossa história. Se a estamos escrevendo como um rascunho malfeito ou com
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todo o cuidado para que ela se torne uma obra perfeita aos olhos do Pai. Às
vezes, nós estamos escrevendo a nossa vida com rabiscos e esquecemos de
que talvez não tenhamos mais tempo para passá-la a limpo. Por isso, São
Pedro nos exorta a nos manter firmes na esperança da vinda gloriosa de Jesus,
porém, nos adverte de que não bastam somente o esperar novos céus e uma
nova terra, mas principalmente, esforçarmo-nos para crescer na graça e no
conhecimento de Deus, a fim de que, desde já, tenhamos comunhão com Ele
numa vida pura e sem mancha, experimentando a Sua paz. O cristão
autêntico vive de esperança e não se deixa adormecer pelas coisas do mundo
que passam e se esvaem como fumaça. Quem segue os passos de Jesus não se
atemoriza diante dos boatos, mas enfrenta os acontecimentos como um sinal
de Deus na expectativa de uma vida nova. Não podemos nos deixar enganar
nem pelas ilusões que nos anestesiam nem pelos agouros que nos confundem.
Existe uma realidade espiritual na qual nós precisamos crescer para nos
firmar: é a graça e o conhecimento de Deus. Quanto mais nos aprofundarmos
nas coisas de Deus, mais sentir-nos-emos fortes e conscientes de que o futuro
que nos espera será a glória do céu. - Como você tem esperado a vinda do
Senhor: dormindo ou crescendo no conhecimento de Deus? - Você tem
vivido como se a vida nunca fosse passar ou tem consciência da brevidade
da sua vida? – Como você tem escrito a sua história: com um rascunho ou já
para valer?
Salmo 89, 2. 3-4. 10. 14.16 (R. 1)
R. Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós!
2Já bem antes que as montanhas fossem feitas
ou a terra e o mundo se formassem, *
desde sempre e para sempre vós sois Deus.R.
3Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, *
quando dizeis: 'Voltai ao pó, filhos de Adão!'
4Pois mil anos para vós são como ontem, *
qual vigília de uma noite que passou.R.
10Pode durar setenta anos nossa vida, *
os mais fortes talvez cheguem a oitenta;
a maior parte é ilusão e sofrimento: *
passam depressa e também nós assim passamos.R.
14Saciai-nos de manhã com vosso amor, *
e exultaremos de alegria todo o dia!
16Manifestai a vossa obra a vossos servos, *
e a seus filhos revelai a vossa glória!R.
Reflexão - O salmista nos ajuda a tomar consciência de que tudo o que existe,
já existiu e sempre existirá. Nós, é que passamos, pois, a nossa vida é um
sopro, mas um tempo propício para que, desde cedo, acolhamos o amor de
Deus que nos preenche de alegria. O tempo é breve: “mil anos são para vós
como ontem, qual vigília de uma noite que passou”. Precisamos estar
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atentos! A duração da nossa vida é rápida, porém o amor do Pai subsiste
eternamente e continuará conosco quando partirmos.
Evangelho – Mc 12, 13-17
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,13-17
Naquele tempo: 13As autoridades mandaram alguns fariseus
e alguns partidários de Herodes, para apanharem Jesus em alguma palavra.
14Quando chegaram, disseram a Jesus: 'Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não
dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem,
mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus. Dize-nos: É lícito ou não pagar o
imposto a César? Devemos pagar ou não?' 15Jesus percebeu a hipocrisia deles, e
respondeu: 'Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja.' 16Eles
levaram a moeda, e Jesus perguntou: 'De quem é a figura e a inscrição que está nessa
moeda?' Eles responderam: 'É de César.' 17Então Jesus disse:
'Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.'
E eles ficaram admirados com Jesus. Palavra da Salvação.
Reflexão – Não podemos fugir das obrigações e dos deveres que temos
diante do mundo.
Enquanto permanecemos aqui na terra nós assumimos os compromissos próprios da
nossa natureza humana. As nossas obrigações com as leis dos homens são encargos
que precisamos acolher. Jesus nos deu o exemplo quando falou: “Dai, pois, a César o
que é de César e a Deus o que é de Deus”! Não podemos fugir das obrigações e dos
deveres que temos diante do mundo. Às vezes, nós, como os fariseus e as
autoridades daquele tempo, queremos nos isentar dos encargos próprios da vida aqui
na terra, alegando que vivemos para Deus e que por isso, só temos que prestar
contas com Ele. Todavia, o fato de vivermos uma vida voltada para as coisas do alto,
não nos dispensa das nossas responsabilidades sociais aqui de baixo. A coerência das
nossas atitudes dentro desta realidade terá influência também no nosso desígnio
final. O Senhor é justo juiz e quer que sejamos homens e mulheres participativos do
Seu projeto de salvação e santidade da humanidade. No entanto, devemos fazer a
distinção: ao mundo, o que é do mundo e a Deus, o que é de Deus! Não precisamos
confundir nem trocar o lado da moeda. Deus deseja a nossa alma, o nosso fervor, o
nosso crescimento e, o que possuirmos e amealharmos materialmente, terá que se
tornar um meio eficaz, para que tudo aconteça segundo a Sua vontade e para a
edificação do Seu reino aqui na terra. Ele sabe que todos possuímos obrigações, as
quais precisamos cumprir e são importantes no nosso crescimento espiritual. Quem
estiver sonegando imposto pensando que com isso agrada a Deus está muito
enganado. É a própria Palavra de Jesus que mostra isto!
- Como você tem encarado as obrigações sociais que o mundo impõe?
– Você é uma pessoa justa neste aspecto?
– Você tem assumido os seus compromissos diante dos homens?
– Você acha que pode enganar a Deus quando engana aos homens?
– Você se sente
responsável diante das necessidades da humanidade?
– O que você tem feito para melhorar a situação das pessoas?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária um novo Caminho
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