sumo
Virgem
que trabalhou com todas as suas forças em favor dos africanos oprimidos pela
escravidão e fundou a Congregação de São Pedro Claver e a Ordem das Irmãs
Ursulinas do Sagrado Coração de Jesus em Agonia.
Família
nobre
Julia
Maria Urszula Ledóchowska nasceu em Loosdorf, Áustria, em 17 de abril de 1865,
a segunda de sete filhos, de uma família nobre de origem polonesa. Ela nasceu
em uma família que, por parte da mãe, era de nacionalidade suíça descendente de
uma linhagem cavalheiresca dos Salis. E, por parte do pai, descendente de uma
antiga família polonesa, numerosos estadistas, soldados, eclesiásticos e
consagrados, comprometidos com a história da Europa e da Igreja. Cresceu sábio
e exigente, num ambiente familiar, cheio de amor entre numerosos irmãos e irmãs.
Os três primeiros irmãos escolheram o caminho da consagração.
Experiência
vocacional
Chamam
a atenção o seu amor ao Senhor, o seu talento educativo e a sua sensibilidade
para com as necessidades dos jovens nas mudanças sociais, políticas e morais desses
tempos. Quando as mulheres adquirem o direito de estudar na universidade, elas
conseguem organizar a primeira pensão para estudantes na Polônia, onde podem
encontrar não apenas um lugar seguro para viver e estudar, mas também uma
sólida formação religiosa. Aos 24 anos, sendo noviça no convento das Ursulinas
em Cracóvia, dizia: “Só sabia amar! Queime, me consuma no amor” –
assim escreve Giulia Ledóchowska. No dia de sua profissão, leva o nome de Maria
Úrsula de Jesus, e as palavras aqui relatadas tornam-se as diretrizes para toda
a sua vida. Viveu no convento de Cracóvia por 21 anos.
Ambiente
hostil
A
mesma sensibilidade a impele a trabalhar no coração da Rússia em ambiente
hostil, com a bênção do Papa Pio X. Quando, com outra freira, vestida à paisana
(a vida religiosa era proibida na Rússia), partem para Petersburgo. Lá, a Madre
e a crescente comunidade de freiras (logo erigida como casa autônoma das
Ursulinas) vivem escondidas e, mesmo que continuamente monitoradas pela polícia
secreta, realizam um intenso trabalho educativo e de formação religiosa, também
voltado para aproximação nas relações entre poloneses e russos. Quando a guerra
de 1914 estourou, Maria teve de deixar a Rússia. Ela partiu para Estocolmo.
Durante o período da peregrinação escandinava (Suécia, Dinamarca, Noruega), a
sua atividade centra-se, além do trabalho educativo, no empenho na vida da
Igreja local, no trabalho em favor das vítimas da guerra e no empenho
ecumênico.
Fundação
A
casa de suas irmãs torna-se um apoio para pessoas de diferentes orientações
políticas e religiosas. O seu amor ardente pela pátria anda de mãos dadas com a
abertura à diversidade, aos outros. Questionada uma vez sobre qual é a
orientação de sua política, respondeu sem demora: “minha política é o amor”. Em
1920, Maria Úrsula com as freiras e um grande grupo de órfãos de famílias
emigrantes voltaram para a Polônia. A Sé Apostólica transforma seu convento
autônomo das Ursulinas na congregação das Ursulinas do Sagrado Coração de Jesus
Agonizante.
A
espiritualidade
A
espiritualidade da Congregação se concentra na contemplação do amor salvífico
de Cristo e na participação em sua missão por meio do trabalho educativo e do
serviço ao próximo, especialmente àqueles que sofrem, sozinhos, marginalizados,
em busca do sentido da vida. Ela educa as irmãs a amar a Deus sobre todas as
coisas; e, em Deus, cada pessoa humana e toda a criação. Considera o
sorriso, a serenidade de alma, a humildade e a capacidade de viver o cinzento
da vida cotidiana como caminho privilegiado de santidade como testemunho
particularmente credível do vínculo pessoal com Cristo e instrumento eficaz da
influência evangelizadora e educativa. E ela mesma é um exemplo transparente de
tal vida. A Congregação se desenvolve rapidamente. As comunidades das monjas
Ursulinas nascem na Polônia e nas fronteiras orientais do país, pobres,
multinacionais e multiconfessionais.
Expansão
Em
1928, nasceu a casa geral em Roma e uma pensão para as meninas menos abastadas,
para que pudessem conhecer a riqueza espiritual e religiosa do coração da
Igreja e da civilização europeia. As irmãs também começam a trabalhar entre os
pobres nos subúrbios de Roma. Em 1930, as irmãs, acompanhando as meninas que
partiam em busca de trabalho, se estabeleceram na França. Em todos os lugares
onde é possível, Maria Úrsula funda centros de trabalho educativo e docente,
envia as irmãs à catequese e ao trabalho em bairros pobres, organiza edições
para crianças e jovens e ela mesma escreve livros e artigos. Procura iniciar e
apoiar organizações eclesiásticas para crianças (Movimento Eucarístico), jovens
e mulheres. Participa ativamente da vida da Igreja e do país, recebendo altas
condecorações estatais e eclesiásticas.
Fim
da vida
Quando
a sua vida laboriosa e difícil chegou ao fim, em Roma, em 29 de maio de 1939,
as pessoas diziam que uma santa havia morrido. O Santo Padre João Paulo II
beatificou Maria Úrsula, em 18 de maio de 2003, na Praça de São Pedro, Cidade
do Vaticano.
A
minha oração
“Que
a vossa coragem pastoral nos inspire a buscar os mais necessitados da graça de
Deus, os mais excluídos e, com muito ardor para com eles, possamos ser mais
santos e divulgadores do verdadeiro amor de Deus.”
Santa Úrsula, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias
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