Falando sobre amizade, o
Pontífice enfatizou nas suas palavras antes de rezar neste domingo a oração do
Regina Caeli com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, que “a amizade não é o
resultado de cálculos nem de coerção: ela surge espontaneamente quando reconhecemos
no outro algo de nós”.
Silvonei José – Vatican News
“Um
verdadeiro amigo não abandona, nem mesmo quando você comete um erro: ele o
corrige, talvez até o repreenda, mas ele o perdoa e não o abandona”. Foi o que
disse o Papa Francisco assomando à janela de seu escritório no Palácio
Apostólico, Vaticano, para recitar o Regina Caeli com os fiéis e peregrinos
reunidos na Praça São Pedro.
“Hoje, o Evangelho nos fala de Jesus que diz aos Apóstolos: “não os
chamo mais de servos, mas de amigos” - diz o Pontífice - ”O que significa isso?
Na Bíblia, os servos de Deus são pessoas especiais, a quem ele confia missões
importantes, por exemplo, Moisés, o rei Davi, o profeta Elias, até a Virgem
Maria. Eles são pessoas em cujas mãos Deus coloca seus tesouros. Mas tudo isso
não é suficiente, de acordo com Jesus, para dizer quem somos para Ele: é
preciso mais, algo maior, que vai além dos bens e dos próprios projetos: é
preciso amizade”.
“Desde criança, aprendemos como essa experiência é bela: aos amigos,
oferecemos nossos brinquedos e os mais belos presentes – sublinha Papa
Francisco - depois, quando crescemos, como adolescentes, confiamos a eles
nossos primeiros segredos; como jovens, oferecemos lealdade; como adultos,
compartilhamos satisfações e preocupações; como idosos, compartilhamos
lembranças, considerações e silêncios de longos dias. A Palavra de Deus, no
Livro de Provérbios, nos diz que “o perfume e o incenso alegram o coração e o
conselho de um amigo adoça a alma”. Pensemos por um momento em nossos amigos e
amigas e agradeçamos ao Senhor!”.
''A amizade não é o resultado de cálculos nem de coerção: ela surge
espontaneamente quando reconhecemos no outro algo de nós. E, se é verdadeira, é
tão forte que não falha nem mesmo diante de uma traição. O amigo ama em todo
tempo", afirma ainda o Livro dos Provérbios, como Jesus nos mostra quando
diz a Judas, que o trai com um beijo: “Amigo, é por isso que você está aqui!
O Papa enfatiza novamente: “um verdadeiro amigo não abandona, nem mesmo
quando você comete um erro: ele o corrige, talvez o repreenda, mas o perdoa e
não abandona você”.
E hoje Jesus, no Evangelho, nos diz que, para Ele, somos precisamente
isso, amigos: pessoas queridas para além de todo mérito e de toda expectativa,
a quem Ele estende a mão e oferece seu amor, sua Graça, sua Palavra; com quem
ele compartilha o que lhe é mais caro, tudo o que ouviu do Pai. Até o ponto de
se tornar frágil por nós, de se colocar em nossas mãos, sem defesa e sem
pretensões, porque ele nos ama, quer o nosso bem e nos quer partícipes do que é
seu. E assim perguntemos a nós mesmos, disse o Papa: que rosto o Senhor
tem para mim? O rosto de um amigo ou de um de um estranho? Eu me sinto amado
por Ele como uma pessoa querida? E qual é o rosto de Jesus que eu testemunho
aos outros, especialmente àqueles que cometem erros e precisam de perdão?
E Francisco conclui: “que Maria nos ajude a crescer na amizade com seu
Filho e a espalhá-la ao nosso redor”.
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Fonte: https://www.blogger.com/blog/post/edit/3380542215045414755/2184011007656303905
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