Origens
Ludovico Pavoni nasceu em Bréscia (Itália), no dia 11 de setembro de 1784.
Primeiro de cinco filhos, ele viveu em um tempo de mudanças políticas e
sociais: a Revolução Francesa (1789), a Revolução Jacobina (1797), a dominação
napoleônica com suas diversas denominações e, enfim, desde 1814, a dominação
austríaca.
Política do amor aos jovens pobres
A política de
Ludovico Pavoni, ordenado padre em 1807, foi sempre e unicamente a do amor.
Renunciando à fáceis perspectivas de carreira eclesiástica, soube doar- se com
generosa criatividade a quem tinha mais necessidade: os jovens, e entre esses
os mais pobres. Para eles, abriu seu Oratório em 1812.
Empenho catequético
Dedicava-se,
ao mesmo tempo, como notará o bispo, a ajudar os párocos, instruindo, catequizando
com homilias, catecismos e com retiros, fazendo grande bem à juventude,
especialmente à mais pobre que tem maior necessidade.
São Ludovico Pavoni
e o Instituto de São Barnabé
Encargos e fundação
Aos 34 anos,
foi nomeado cônego da Catedral e lhe foi confiada a reitoria da basílica de São
Barnabé. Percebendo,
no entanto, que muitos oratorianos, sobretudo os pobres, fraquejavam e se
desviavam do bom caminho ao se inserirem no mundo do trabalho, que,
infelizmente, não garantia um ambiente moral e cristão sadio, Ludovico Pavoni
decidiu fundar um Instituto beneficente ou Colégio de Artes onde, pelo menos,
os órfãos ou os descuidados pelos próprios pais fossem acolhidos, gratuitamente
mantidos e educados de forma cristã. Ludovico sonhava habilitar os jovens para
o desempenho de alguma profissão. Com o objetivo de formá-los, ao mesmo tempo,
afeiçoados à religião, úteis à sociedade e ao Estado. Nasceu, assim, o
Instituto de São Barnabé.
Oficinas de salvação
Entre as
artes, a mais importante foi a tipografia, querida por padre Pavoni como
“Escola Tipográfica” que pode ser considerada a primeira Escola gráfica da
Itália e que logo se torna uma verdadeira Editora. Com o passar dos anos,
multiplicaram-se os ofícios ensinados em São Barnabé. Em 1831, padre Pavoni enumera
oito oficinas existentes: tipografia e calcografia, encadernação, livraria,
ourivesaria, serralheria, carpintaria, tornearia e sapataria.
Seguindo a inspiração
O Instituto de
São Barnabé reunia, pela primeira vez, o aspecto educativo, o assistencial e o
profissional, mas a marca mais profunda, a ideia característica do novo
Instituto era que os meninos pobres, abandonados pelos pais e parentes mais
próximos, aí encontrassem tudo o que tinham perdido: não somente um pão, uma
roupa e uma educação nas letras e artes, mas o pai e a mãe, a família de que a
desventura os privou, e com o pai, a mãe, a família, tudo o que um pobre podia
receber e gozar.
Condecorado Cavaleiro da Coroa Férrea
Além do esperado…
Padre Pavoni
pensou também nos camponeses e projetou uma Escola Agrícola. Em 1841, acolhe
também deficientes auditivos. Em
3 de junho de 1844, foi condecorado pelo imperador com o título de Cavaleiro da
Coroa Férrea.
Cuidados Extendidos
Para sustentar e dar continuidade ao Instituto, Ludovico Pavoni cultivava há
muito, a ideia de formar com seus jovens mais fervorosos uma regular
Congregação. Consistia na unidade com os vínculos da caridade cristã e
fundamentada nas virtudes evangélicas. Além da dedicação inteiramente ao
acolhimento e à educação dos filhinhos abandonados e se disponha a estender
gratuitamente seus cuidados também em favor da tão recomendada Casa da
Indústria, prejudicada com a falta de mestres competentes nas artes.
Aprovação
Obtido o
Decreto da finalidade da Congregação, por parte do Papa Gregório XVI, em 1843,
alcançou finalmente a aprovação imperial, com a criação da Congregação dos
Filhos de Maria Imaculada.
A Congregação dos Filhos de Maria Imaculada
Os Pavonianos
Quanto à marca da nova família religiosa, os contemporâneos reconhecem-lhe a
originalidade e a novidade. Devendo a mesma compor-se de religiosos sacerdotes
para a direção espiritual, disciplinar e administrativa da obra e de religiosos
leigos para a condução das oficinas e a educação dos jovens. Surge assim a nova
imagem do religioso trabalhador e educador: o irmão coadjutor pavoniano,
inserido diretamente na missão específica da Congregação, com paridade de
direitos e de deveres com os sacerdotes.
Morte no Domingo de Ramos
Com a saúde
comprometida, Ludovico a teve agravada e, na madrugada de 1º de abril, domingo
de Ramos, morreu.
Santidade
Na
beatificação de Ludovico Pavoni, sancionada pelo Papa Pio XII, o Pontífice fala
sobre a heroicidade das virtudes no qual é chamado de um outro Felipe Neri,
precursor de São João Bosco, “rival” perfeito de São José Cottolengo.
Minha oração
“A sede pela salvação das almas habitava o
coração de São Ludovico Pavoni. ‘Senhor, que meu coração seja incendiado pelo
ardor evangelizador. Dá-me o Teu Espírito Santo com cada um dos seus dons.
Amém’.”
São Ludovico Pavoni, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias
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