São José Moscati, médico íntimo de Deus, caridoso, casto, trabalhador
e despojado
Origens
Entre as estrelas de primeira grandeza do século XX conta-se São José Moscati. Nasceu no dia
25 de julho de 1880 em Benevento, Itália, sétimo de nove filhos do casal
Francisco Moscati, presidente do tribunal daquela cidade, Rosaria de Luca,
descendente dos marqueses de Roseto. Seus pais eram católicos praticantes.
Tanto que José Moscati foi batizado em sua casa no dia da festa de Santo Inácio
de Loyola.
Infância e vida eucarística
No ano 1884, a
família do pequeno José Moscati mudou-se para a cidade de Nápoles porque seu
pai fora promovido. Lá, o menino José, com apenas oito anos, fez a primeira
comunhão. Mas não foi só isso. Ele teve um encontro pessoal com Jesus na
Eucaristia. Nesse dia, o embrião da vida eucarística de São José Moscati ganhou
vida. A Eucaristia foi, ao longo de toda sua vida, alimento espiritual diário,
que guiou toda a sua história.
Opção por ser útil
Sendo o pai
nomeado Conselheiro do Tribunal de Apelação de Nápoles, é nessa cidade que José
Moscati faz os seus estudos. Escolheu a carreira de medicina e não de direito,
como era natural, porque lhe pareceu que, como médico, podia ser mais útil ao
próximo.
São José Moscati:
Intercessor dos médicos patologistas
Dizeres do santo
“Desde
criança — escreverá ele mais tarde —, olhava com interesse para o Hospital dos incuráveis, que meu
pai me apontava do terraço da casa, inspirando-me sentimentos de piedade pela
dor escondidas atrás daqueles muros”.
Generoso
Quem ficou
perplexa com a escolha foi a mãe: “José é um rapaz generoso, capaz de qualquer
sacrifício. Numa carreira como esta, dará até a última gota de energia para
aliviar os sofrimentos alheios”.
Castidade perpétua
Aos dezessete
anos, sentiu no coração o desejo de fazer voto de castidade perpétua, porém não
se sentia chamado à vida religiosa nem tampouco ao sacerdócio. Isso surgiu
claramente por conta da sua devoção à Virgem Maria e à Eucaristia. Ele já
intuía que seu caminho seria como leigo ativo na Igreja.
Envolvido nas atividades paroquiais
Espiritualidade encarnada
Como fruto de
sua devoção, revelava-se seu amor para com os pobres e necessitados. Sua
devoção não era vazia nem alienada. José Moscati, na sua juventude, foi
bastante ativo na vida paroquial, de missa e comunhão diária, sentia especial
compaixão pelos pobres, doentes e, em especial, os incuráveis. A convivência
com esses que eram esquecidos pela sociedade, o ajudou a perceber que, de fato,
a vida é passageira, de que só o céu é eterno!
Caridade com o irmão
Na juventude
de São José Moscati, seu irmão Alberto começou a sofrer ataques de epilepsia. A
partir de então, José passou a cuidar de seu irmão. Dispensava horas e horas de
seu dia aos cuidados de Alberto. Este cuidado despertou ainda mais em José o
desejo de estudar medicina.
Carreira caritativa
José Moscati
cursou a universidade de medicina em Nápoles e conseguiu com esforço e vontade
de Deus segundo ele o título de doutor em 1903 com apenas 23 anos. Seu ideal
era dedicar-se à profissão médica como um campo vastíssimo para praticar a
caridade cristã servindo a Cristo na pessoa do doente. Nos casos de calamidades
públicas que se abateram sobre Nápoles pela erupção do vulcão vesúvio, em 1906,
e pela cólera que grassava naquela cidade em 1911, José Moscati não só não
abandonou o posto de serviço, mas estava na dianteira prodigalizando-se com o
incansável, com heroica e dedicação na assistência aos feridos e aos atacados
pela contagiosa e terrível doença.
O Legado e o Final da Vida
Pai dos pobres
São José
Moscati recebeu o título em Nápoles de médico e pai dos pobres. De fato, em sua
profissão não visava somente a doença e seu tratamento, mas a dignidade cristã
do paciente transformando sua profissão num verdadeiro apostolado. Foi um homem
de profunda vida espiritual, viveu sua consagração a Cristo do celibato
voluntário para sentir-se mais à vontade no serviço dos doentes.
Morte e santidade comprovada
São José
Moscati faleceu aos 47 anos. Previu sua morte que se deu no dia 12 de abril de
1927, consumido pela dedicação ao trabalho. Pouco depois da morte, foi iniciado
o processo de beatificação. Seu corpo hoje é venerado na Nova Igreja de Jesus
em Nápoles onde se verificam numerosas curas milagrosas, continuando no céu sua
caridade heroica.
Ele foi beatificado, em 1975, pelo Papa Paulo VI. E em 25 de
outubro de 1987, ele foi canonizado pelo Papa João Paulo II. Um leigo, médico
que dedicou sua vida aos doentes incuráveis, aliviando seus sofrimentos e
confortando seus corações.
Minha oração
“Ó Deus, que destes a São José Moscati a graça
de unir a ciência, a caridade e a fé, dai-nos também o espírito de amor ao
próximo, para que nos nossos trabalhos o Vosso Nome seja sempre glorificado,
por Nosso Senhor Jesus Cristo, o Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.”
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