Santa Francisca Romana, exemplo
de caridade a toda prova
Origens
Francisca é filha de um casal cristão que, na fé católica, educou a criança. E
quem imaginaria que aquela pequena menina teria um dos corações mais caridosos
que a Cidade Eterna já viu? Desde a mais tenra idade, Francisca manifestou aos
seus pais e à comunidade o seu amor pelas coisas de Deus. Imitava sua mãe nas
práticas de piedade e devoção.
Obediência acima do desejo
Fez voto de
virgindade a Deus aspirando se tornar uma religiosa. No entanto, em obediência
ao seu confessor e ao seu pai, a jovem é prometida em casamento a Lourenço
Ponziani. O jovem é de família nobre, bom caráter e grande fortuna.
A serviço do Reino de Deus como esposa
Do matrimônio
de Francisca com Lourenço nascem João Batista, João Evangelista e Inês. Sendo
da nobreza de Roma, Francisca tinha a obrigação de se apresentar na sociedade
usando belas joias e trajes deslumbrantes. Porém, a sua piedade não era
sufocada por esses ricos vestidos, aproveitando todo tempo livre que tinha para
se dedicar à oração. Não se esquecia das práticas de piedade que aprendera com
sua mãe na infância.
Santa Francisca Romana: o
“anjo da paz”
Sinal de paz
A sua própria
família a considerava um anjo da paz, pois não omitia o ardente anseio que
tinha por estar com Deus. Amava, de todo o seu coração, o Senhor, e por isso
dedicou-se com inteireza na educação dos filhos, assumindo conscientemente a
vocação matrimonial que Deus lhe permitiu viver.
Advogada da Cidade Eterna
O cenário que
Roma se encontra é miserável e devastador. A fome, a doença e a guerra deixam
suas marcas nas residências, nas famílias e nas ruas da cidade. A caridade
floresce ainda mais no coração de Francisca. Por meio das obras, ela manifesta
a sua fé através das generosas doações. Ela ajudava os mais necessitados,
distribuindo alimentos entre eles. Quando o seu sogro a proibiu dessa prática,
ela não se envergonhou em sair pelas ruas de Roma pedindo esmola para aqueles
que viviam na miséria. Verdadeiramente, Francisca atraia consigo a manifestação
da glória de Deus.
Luta contra a fome e a miséria
Certo dia, em
companhia de uma amiga, buscando num celeiro vazio os grãos de trigo, com muito
custo, recolheram alguns quilos para doar aos pobres. Após a sua saída, seu
esposo Lourenço entrou no lugar e ali foi surpreendido com 40 sacos de trigo,
cada um pesando 100 quilos. Os milagres começaram a deixar rastros por onde a
Advogada da cidade de Roma passava. Lourenço, tocado pela fé da esposa,
permitiu que ela trabalhasse para defender o povo romano da fome e da miséria.
Santa Francisca Romana passou por grandes provações
O palácio dos doentes
A Santa Romana
enfrentou grandes provações: seu marido foi ferido gravemente em uma primeira
invasão dos Colonna a Roma. O palácio da família foi saqueado e todos os bens
confiscados. Para maior dor de Francisca, seu esposo Lourenço e seu filho João
Batista partiram para o exílio. Com o flagelo da peste devastando a cidade, a
Francisca fez do seu palácio um verdadeiro hospital, acolhendo os doentes e
cuidando com amor maternal das vítimas que batiam a sua porta. Os seus dois
filhos que restaram foram feridos pela peste e morreram. Nem ela escapou da
doença, mas, por graça e milagre de Deus, foi curada, continuando sua
incansável caridade.
Dons extraordinários
Francisca
Romana recebeu de Deus muitas visões: o inferno e até mesmo o céu. Deus a
consolou e lhe deu a graça de ver o seu anjo da guarda, tendo-o como um fiel
companheiro e conselheiro de sua missão. Na luz desse Arcanjo, ela podia ver os
pensamentos mais íntimos dos corações. Recebeu o dom do discernimento dos
espíritos e do conselho, os quais usava para converter os pecadores.
A fé sem obras é morta
Francisca tem
a alegria de receber em sua casa o seu esposo Lourenço e seu filho Batista, que
retornaram do exílio. A mãe se alegrou com o casamento do filho e com a
presença leal e compreensiva do marido, que bondosamente permitiu que a santa
fundasse uma associação de religiosas seculares: a Sociedade das Oblatas da
Santíssima Virgem Maria. Francisca vivia os conselhos evangélicos em sua casa,
assim como as demais consagradas da ordem. Comprometida como estava pelo
matrimônio, somente depois da morte do esposo, em 1436, Francisca finalmente
fez-se religiosa. Entrou como postulante na congregação por ela fundada. Mas
foi obrigada — pelo capítulo da comunidade e pelo diretor espiritual —, a
aceitar os encargos de superiora e fundadora.
Espelho de santidade para todas as pessoas
Páscoa
Santa
Francisca Romana, após três anos no convento, por força maternal, viu-se
obrigada a retornar para o palácio para cuidar de seu filho. Ali mesmo ela foi
acometida por uma pleurisia e percebeu que se aproximava o dia de sua páscoa. Em
meio aos sofrimentos da doença, aconselhou suas filhas espirituais, partindo
desse mundo no dia 9 de março após a oração das vésperas. Ao elevá-la às honras
dos altares, em maio de 1608, o Papa Paulo V qualificou-a de “a mais romana de todas as santas”. E o Cardeal São Roberto Belarmino, que contribuiu,
decisivamente, com seu voto, para a canonização, declarou no Consistório: “A proclamação da santidade de Francisca será de admirável
proveito para classes muito diferentes de pessoas: as virgens, as mulheres
casadas, as viúvas e as religiosas”.
Minha oração
“Virgem Maria, nossa querida Santa Francisca
Romana, seguiu Seu exemplo de caridade extrema. Pedimos a sua intercessão para
que as mulheres e homens do nosso tempo vivam a caridade acima de tudo.”
Santa Francisca Romana, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias
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