Padre mexicano [1900 – 1928]
São
Toríbio Romo González, intercessor
Popularmente é recorrido por pacientes com
câncer, mulheres que querem engravidar e imigrantes.
Berço
humilde
Nasceu em Santa Ana de Guadalupe (México),
numa família humilde, onde trabalhava exclusivamente para comprar comida. Daí a
razão de seus pais não o apoiarem quando Toríbio decidiu entrar no seminário:
“perder” seus braços fortes, que eram úteis à manutenção da família.
Trabalho
duro e solidariedade da irmã
Aos 12 anos, Toríbio entrou no Seminário Menor
em San Juan de los Lagos. No entanto, no seminário também não tinha dinheiro
para comprar livros. Sua sorte foi que, em casa, havia Maria, a irmã mais
velha, que cuidava de sua vocação, trabalhando nos campos em seu lugar e
reservando dinheiro para pagar seus estudos.
Ordenação
e catequese infantil
Dez anos depois, foi ordenado sacerdote.
Dedicou-se especialmente para a catequese. Nas diversas paróquias para onde foi
enviado, em primeiro lugar, ele organizava a Ação Católica, ensinava o
Catecismo às crianças, mas, acima de tudo, ajudava os pobres e apoiava os
trabalhadores.
Perseguição
anticlerical
Em setembro de 1927, o governo mexicano lhe
ordenou que se limitasse à sua residência e o desautorizou a rezar o rosário em
público ou celebrar a missa. Em meio a esta perseguição anticlerical, revolta
que foi chamada de “Cristeros”, foi designado a ser pároco de Tequila. Toríbio
foi obrigado a tornar-se um “padre incógnito”, que batizava, pregava e
celebrava clandestinamente para escapar à “caça ao padre,” que o general Calles
estabelecera no México.
Homem
eucarístico
Ele sempre difundia seu grande amor à
Eucaristia, sua forte espiritualidade, e ficava longas horas em oração. Quando
não estava circulando para administrar os sacramentos, para achá-lo era só ir à
igreja e encontrá-lo diante do Santíssimo. “Não
me deixe um único dia sem a Eucaristia”, era a sua oração diária.
Três
irmãos por uma missão
Em dezembro de 1927, o irmão Roman também foi
ordenado sacerdote. O bispo o designou como pároco assistente de Padre Toríbio.
Com eles também foi morar a irmã mais velha, Maria, que continuou a cuidar dos
dois, e os ajudava no ensino do Catecismo. Estabeleceram seu “quartel general”
em uma antiga fábrica de tequila, onde secretamente celebravam a Eucaristia.
Ali, durante a primeira comunhão de um grupo de crianças, Padre Toríbio
encontrou forças para dizer: “Jesus,
você aceitaria meu sangue pela paz no México?”.
Escritos
do santo
Tem-se conhecimento de alguns de seus
escritos. Um deles revela o seguinte:
“Já
tive, por dez vezes, que fugir, escondendo-me dos perseguidores. Algumas fugas
duraram quinze dias, outras oito… em algumas, tive de ficar sepultado por até
quatro longos dias em uma estreita e fedorenta cova; outras me fizeram passar
oito dias no alto das montanhas sujeito a toda sorte de intempéries: sol, água
e sereno. A tempestade que nos encharcou teve o gosto de ver outra que veio
para não nos permitir secar, e assim passamos molhados os dez dias…”
Martírio
Às cinco da manhã do sábado, 25 de fevereiro
de 1928, foi despertado por um grupo armado, liderado por um fazendeiro local,
que invadiu o quarto em que dormia. Apontando para Padre Toríbio, disse para os
outros homens: “Este é o padre”. Um soldado atirou nele. Padre Toríbio
levantou-se da cama, deu alguns passos vacilantes até que uma segunda bala o
levou a cair nos braços de sua irmã que, em lágrimas, gritou em voz alta: “Coragem, Padre Toríbio… Cristo misericordioso,
receba-o! Viva Cristo, o Cristo Rei!”.
“Canonização
popular”
Em uma maca improvisada, o corpo do mártir foi
levado para a praça e exposto ao escárnio e às obscenidades de seus assassinos,
mas os paroquianos foram capazes de recuperá-lo e dar-lhe uma digna sepultura
no dia seguinte, com um funeral que mais parecia a “canonização popular” de
padre Toríbio.
Sinais
e milagres
Pouco tempo depois, começaram a acontecer
milagres no local: a ele recorriam, especialmente, pacientes com câncer, mulheres
que queriam filhos e imigrantes, regulares ou clandestinos, que atravessavam as
fronteiras para rezar a ele. Pessoas famosas também chegavam ao seu túmulo,
levados pelo que a mídia mexicana definiu como “toribiomania”. Ninguém pôde
explicar a popularidade de que gozava aquele simples jovem sacerdote e a chuva
de graças especiais, com milagres, que atraíam à sua pequena aldeia natal, até
duzentos ônibus a cada final de semana.
Restos
mortais e reconhecimento nos altares
Vinte anos depois de seu sacrifício por
Cristo, os restos mortais do mártir Toríbio Romo regressaram a seu lugar de
origem. Foram depositados na capela construída por ele em Jalostotitlán. São
João Paulo II o beatificou no dia 22 de novembro de 1992, e o canonizou em 21
de maio de 2000.
A
minha oração
Sabe-se que São Toríbio redigiu essa oração
que a fazia frequentemente. Ouse rezar como ele:
“Senhor, perdoai-me se sou atrevido, mas lhe rogo que me concedas este favor:
não me deixeis nem um único dia de minha vida sem vos abraçar na Comunhão
Eucarística. Dai-me muita fome de Ti, uma sede de receber-te que me atormente
por todo o dia enquanto não houver bebido dessa água que brota até a vida
eterna, da rocha bendita de vosso corpo ferido. Meu bom Jesus, te rogo que me
concedas morrer sem Missa nem um só dia”.
São
Toríbio Romo González, rogai por nós!
Fonte:
Canção Nova Notícias
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