Segunda, da esquerda para direita, Maria Erivan é catequista desde os 14 anos. Foto: arquivo pessoal.
O Papa Francisco confere respectivamente os ministérios do Leitorado e de Catequista a duas brasileiras, a Ilza Vidal de Pádua Costa, da paróquia São José, da diocese de Ji-Paraná (RO), e Maria Erivan Ferreira da Silva, da paróquia São João Batista, em Horizonte, na arquidiocese de Fortaleza (CE), no próximo domingo, 21 de janeiro, o Domingo da Palavra, no Vaticano, na basílica de São Pedro. Elas se somarão a outros sete fiéis leigos e leigas que representam o povo de Deus da Bolívia, Coreia, Chade, Alemanha e Antilhas.
A celebração do quinto Domingo da Palavra de Deus, instituído pelo Papa
Francisco em 30 de setembro de 2019, tem como lema: “Permanecei na minha
Palavra” (Jo 8,31). A Missa, às 9h30 (hora do Vaticano) e às 5h30 (hora do
Brasil), será transmitida ao vivo, com comentários em português, através do
site e dos canais do VaticanNews no YouTube e no Facebook.
O subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos,
contou que quando recebeu a carta do Vaticano pedindo a indicação de duas
pessoas do Brasil o seu coração se encheu de alegria. Ele disse que a escolha
se deu a partir de um profundo processo de discernimento, acompanhando de
orações e consultas ao presidente da Comissão para a Animação
Bíblico-Catequética e outras pessoas para chegar aos nomes das indicadas.
“Queremos convidar a todos que divulguem esta apresentação (abaixo).
Pedimos também aos agentes de pastoral da Igreja no Brasil a intensificação das
orações pelas representantes da Brasil que irão à Roma. No próximo ano, tantos
outros catequistas e leitores poderão ser instituídos nos ministérios pelos bispos
do Brasil”, disse.
“Um afago de Deus”
Segunda, da
esquerda para direita, Maria Erivan é catequista desde os 14 anos. Foto:
arquivo pessoal.
A Maria Erivan é catequista desde os 14 anos. Neste tempo, trabalhou com
a iniciação à vida cristã com crianças de 7 a 8 anos e demais catequeses.
Assumiu a coordenação paroquial e a formação de catequistas e hoje coordena a
catequese no regional Nordeste 1 da CNBB, que corresponde ao Estado do Ceará.
“Receber um ministério das mãos do Papa Francisco é
um grande presente e dádiva de Deus. Como disse um padre, amigo meu aqui do
Ceará, é como receber um ‘afago de Deus’. Estou levando isto no meu coração. No
dia 21, estarei diante do Papa Francisco com muita emoção, mas muito grata a
Deus e à Igreja por tão grande presente: este ministério tão significativo para
nós catequistas”, disse.
A Ilza Vidal de Pádua Costa, da paróquia São José, da diocese de
Ji-Paraná (RO), também manifestou sua felicidade em ser escolhida para
representar o Brasil e a participação das mulheres na Igreja. Ela iniciou sua
caminhada na catequese aos 17 anos em Itaguai (RJ). Na paróquia São José, atua
desde 1995. Hoje ela também colabora na coordenação dos catequistas do regional
Noroeste da CNBB, que corresponde ao Estado de Rondônia.
“Eu aceitei e disse sim para estar em Roma no próximo domingo para
receber a instituição de leitor. Para mim, é uma alegria muito grande porque no
meu entendimento isto significa uma avanço na nossa Igreja para a participação
e a valorização das mulheres. Esse ministério veio depois de uma caminhada e
reflexão dos bispos, como também do Papa Francisco”, disse.
Ela afirmou que sente um processo de humanização
pelo qual a Igreja está passando. “Com esse gesto, a Igreja se aproxima ainda
mais dos leigos e leigas, que nutrem sua vida de fé no Evangelho e assim
sustentam também a fé das pessoas em lugares tão distantes e desprovidos da
presença de sacerdotes”, disse.
Ilza na caminhada com catequistas de Ji-Paraná
Fotos: arquivo pessoal
Zelo e compromisso dos leigos e
leigas
Em 2021, no dia 10 de janeiro, o Papa abriu o ministério de Leitor
também às mulheres, com a Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio “Spiritus Domini” e em 10 de maio do mesmo ano, lançou a
Carta Apostólica sob forma de “Motu Proprio” Antiquum Ministerium.
De acordo com a assessora da Comissão Episcopal para a Animação
Bíblico-Catequética da CNBB, Mariana Venâncio, ambas as instituições foram
recebidas pela Igreja no Brasil com grande alegria porque confirmam e conferem
não só autoridade como também a responsabilidade e o reconhecimento a
ministérios que já eram vividos com grande zelo e compromisso por leigos e
leigas nas comunidades do Brasil.
Fonte: Site da CNBB
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