Bispo e Mártir
Origens
Em
1802, nasceu Santo Estevão Teodoro Cuénot em Réaumont, em Bélieu, filho de
um fazendeiro, destinado a se tornar bispo e a converter milhares de pagãos da
Indochina, todos considerados e amados como irmãos. Um prelado
naturalmente “aristocrático”, mas próximo do povo e de suas misérias, com
espírito meio evangélico e meio revolucionário.
Verdadeiro
Filho do Povo
Dom
Estevão Teodoro Cuénot poderia ter reconhecido a imagem não literária de um
verdadeiro filho do povo para quem o “próximo” não era uma expressão genérica,
nem uma determinada classe social, em determinado país, em um determinado
período histórico, mas abrangeu homens de todas as classes, raças e nacionalidades
naquela revolução perene que é o verdadeiro cristianismo.
Criação
camponesa e simples
Batizado
em celeiro, educado por párocos rurais, o jovem Teodoro foi mantido em seus
estudos por pais camponeses, com presentes em espécie. Quando nem isso foi
suficiente, ele teve que abandonar a escola. Estudando teologia, para torná-lo
apresentável, se não muito bem vestido, a mãe sacrificou seu vestido de noiva
para fazer-lhe uma túnica. O primeiro gesto do novo padre foi dar à mãe um
vestido novo.
Santo Estevão Teodoro Cuénot: O Perfil Ideal
O
Encontro
Entre outras coisas, ele tinha paixão pela relojoaria e queria patentear seu
próprio mecanismo de movimento perpétuo. Ele era catequista e professor no
grupo da cidade. Finalmente, tomou o caminho certo ao entrar, em 1827, na porta
da Rue du Bac, em Paris, onde se encontravam os Padres Missionários de São
Vicente de Paulo.
Missionário
e bispo
No
ano seguinte, o novo missionário chegou à Indochina. Em 1835, foi consagrado
Bispo de Metelópolis, coadjutor da então chamada Cochinchina. Ele sempre foi um
bispo no campo de batalha, porque os cristãos da Indochina, praticamente
abandonados a si mesmos, foram submetidos a constantes assédios e perseguições
por parte das autoridades budistas. Apesar disso, os convertidos do bispo
Cuénot eram milhares todos os anos. Para quem abjurou sob tortura, cem pediram
para ser batizados. O clero indígena triplicou, enquanto o bispo multiplicou as
traduções dos livros sagrados, igrejas, orfanatos, e até as distantes regiões
montanhosas do Laos foram alcançadas pela pregação e exemplo do bispo francês.
Sofreu perseguição e consumou em seu martírio
Páscoa
Em
1861, com o agravamento da perseguição do rei Tu-Duc, o bispo Cuénot também foi
capturado e trancado em uma jaula estreita. Ele não foi morto fisicamente, mas
foi envenenado lentamente, dando-lhe “remédios” indígenas repugnantes, por isso
é considerado mártir. O melhor elogio veio de seus captores, que disseram dele:
“Ele se tornou perfeito. E o céu se apressou em recebê-lo, sem permitir que ele
sofresse tal tortura”. Na verdade, ele já era um cadáver quando seu corpo foi
açoitado e decapitado. E um ano depois, um tratado entre a França e a Indochina
sancionou a liberdade de culto, pelo menos em teoria.
Minha
oração
“Dom Estevão, pelos méritos do teu martírio
lhe rogamos as graças de evangelizar os povos, levando a todos o amor e a
verdade de Cristo. Com teu exemplo de sangue demonstraste a mesma coragem de
Jesus e nos ensinastes a doar a nossa vida pelas almas. Amém.”
Santo
Estevão Teodoro Cuénot, rogai por nós!
Fonte:
Canção Nova Notícias
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