10 DE NOVEMBRO DE 2023
6ª. FEIRA DA XXXI SEMANA DO
TEMPO COMUM
Cor:
Branco
1ª Leitura - Rm 15,14-21
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 15,14-21
14Meus
irmãos, de minha parte, estou convencido, a vosso respeito, que vós
tendes bastante bondade e ciência, de tal maneira que podeis admoestar-vos
uns aos outros. 15No entanto, em algumas passagens, eu vos escrevo
com certa ousadia, como para reavivar a vossa memória, em razão da
graça que Deus me deu. 16Por esta graça eu fui feito ministro de
Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para
que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite santificada no Espírito
Santo. 17Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo no que se refere ao
serviço de Deus: 18Não ouso falar senão daquilo que Cristo
realizou por meu intermédio, para trazer os pagãos à obediência da
fé, pela palavra e pela ação, 19por sinais e prodígios, no poder
do Espírito de Deus. Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo, desde
Jerusalém e arredores até à Ilíria, 20tendo o cuidado de pregar
somente onde Cristo ainda não fora anunciado, para não acontecer eu
construir sobre alicerce alheio. 21Agindo desta maneira, eu estou de
acordo com o que está escrito: 'Aqueles aos quais ele nunca fora
anunciado, verão; aqueles que não tinham ouvido falar dele,
compreenderão'. Palavra do Senhor.
Reflexão
- Somos hoje convocados a anunciar Jesus Cristo onde Ele ainda não é conhecido.
São
Paulo, foi o escolhido do Senhor para evangelizar os pagãos, que eram
desprezados pelos judeus por não fazerem parte do povo de Israel. Jesus Cristo
o consagrou para ser servidor do Evangelho de Deus a fim de que os pagãos,
fossem também santificados pelo Espírito Santo. Todos nós que não somos judeus
tivemos acesso à Lei do Senhor, por causa de São Paulo, que fiel à sua missão,
hoje é conhecido como o apóstolo dos gentios. Os escritos de São Paulo ainda
hoje nos formam segundo o Evangelho de Jesus, por isso, somos convocados também
a viver a obediência da fé, pela palavra e pela ação, com sinais e prodígios,
no poder do Espírito Santo. Podemos entender com isso que não nos basta o
conhecimento superficial do que está escrito nos ensinamentos, mas a vivência e
a prática da palavra com ações concretas de obediência à fé. Assim como São
Paulo, somos hoje também convocados a anunciar Jesus Cristo onde Ele ainda não
é conhecido, àqueles que vivem na ignorância mesmo dentro da nossa. – O que
você tem aprendido com São Paulo? – O que você tem feito por aqueles que
nunca ouviram falar de Cristo e vivem ao seu redor? – Você tem falado de Cristo
por onde anda?
Salmo - Sl 97 (98),1. 2-3ab. 3cd-4 (R.Cf. 2b)
R.
O Senhor fez conhecer seu poder salvador
perante as nações.
1Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo*
alcançaram-lhe a vitória.R.
2O Senhor fez conhecer a salvação,*
e às nações, sua justiça;
3arecordou o seu amor sempre fiel*
3bpela casa de Israel.R.
3cOs
confins do universo contemplaram*
3da salvação do nosso Deus.
4Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,* alegrai-vos e
exultai!R.
Reflexão - O plano de Deus para a
salvação da humanidade é perfeito. Ele mesmo providenciou para que todas as
nações conhecessem a sua justiça que consiste em que todos se salvem e se
alimentem do seu amor. Por isso, o salmista nos convida a cantar ao Senhor Deus
um canto novo rendendo-Lhe graças pelas maravilhas que Ele nos dispensou. Não
há no mundo ninguém que não esteja inserido dentro do projeto de Deus, por
isso, cantamos que os confins do universo contemplam a salvação do nosso Deus.
Alegremo-nos e exultemos!
Evangelho - Lc 16,1-8
+
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 16,1-8
Naquele
tempo: 1Jesus disse aos discípulos: 'Um homem rico tinha um
administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens.
2Ele o chamou e lhe disse: 'Que é isto que ouço a teu
respeito?
Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar
meus bens'. 3O administrador então começou a refletir: 'O senhor vai
me tirar a administração. Que vou fazer?
Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha.
4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa
quando eu for afastado da administração'. 5Então ele chamou cada
um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao
primeiro: 'Quanto deves ao meu patrão?' 6Ele respondeu: 'Cem barris
de óleo!' O administrador disse: Pega a tua conta, senta-te,
depressa, e escreve cinquenta!' 7Depois ele perguntou a outro:
'E tu, quanto deves?' Ele respondeu: 'Cem medidas de trigo'. O
administrador disse: 'Pega tua conta e escreve oitenta'. 8E o senhor
elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com
efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do
que os filhos da luz. Palavra da Salvação.
Reflexão
– Não podemos abusar nem esbanjar a riqueza que Deus Pai
nos concedeu.
De Deus recebemos a vida com dons, talentos, virtudes, bens materiais etc. Não podemos abusar nem esbanjar a riqueza que Deus Pai nos concedeu, pois, como aquele administrador, um dia nós também iremos prestar conta do que fizemos com os bens que recebemos para administrar. Os nossos dons e os bens que Deus pôs ao nosso dispor, são e devem servir para que, partilhados com os nossos irmãos, nos sirvam de passagem para uma vida plena em Deus. Jesus nos conta essa parábola para nos ensinar que devemos usar a sabedoria e a nossa inteligência, também, quando tratamos das coisas de Deus aqui nesse mundo. Jesus não elogiou a atitude desonesta do administrador, mas a motivação que o levou a angariar a amizade das pessoas. Estas pessoas são aquelas a quem ajudamos e com os quais nos solidarizamos nas horas de necessidade, não importando o tamanho do bem que fazemos ou a quantia que ofertamos. Será a maneira como vivemos e o nosso modo de ser, de tratar o semelhante, de acolher, de compreender, de dispensar, que fará com que sejamos recebidos um dia nos tabernáculos eternos. A compaixão que exercitarmos com os nossos semelhantes, o perdão e a misericórdia são ações sábias as quais devemos colocar em prática enquanto estivermos aqui na terra, porque elas nos servirão de passaporte para o reino dos céus. É comum colocarmos mais empenho nos negócios do mundo do que nos interesses de Deus e darmos prioridade ao que rende mais aqui na terra do que o tesouro que juntamos no céu. Os que tratam com as riquezas deste mundo, sabem fazer isso, de modo desonesto, mas os que são filhos da luz, muitas vezes, não sabem usar da sabedoria para conquistar a amizade das pessoas e, assim, agradar a Deus.
- Você tem usado os seus dons, a sua inteligência e sagacidade também para fazer amizade com as pessoas?
– Como tem tratado as pessoas que precisam de você, que trabalham e lhe prestam serviço?
– Você é uma pessoa acolhedora ou está sempre prevenida com medo de se envolver?
– Você tem se empenhado nas coisas de
Deus na mesma intensidade com que trata as coisas do mundo?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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