Possibilidade de o Brasil perder o título de país mais católico do mundo e o número de fiéis ser inferior a 50%, leva a um convite de dom Jaime: “ser sal da terra e luz do mundo”.
Filipe
Brogliatto – Porto Alegre
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enfrenta um cenário desafiador
para combater a evasão de fiéis e a migração de católicos para outras religiões
cristãs. Ao mesmo tempo, busca promover o diálogo e propor uma mensagem que
seja relevante para diferentes faixas etárias, especialmente em um contexto de
desigualdades sociais no país. A metáfora de "ser sal da terra" e
"luz do mundo", baseada no Evangelho de Mateus, capítulo 5,
versículos 13-14, emerge como uma proposta para enfrentar esses desafios.
De acordo com o presidente da
CNBB e arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, a diminuição no número de
católicos é uma questão que preocupa a Igreja. Em uma entrevista ao Vatican
News, ele alerta sobre a possibilidade de o país perder o título de
"mais católico do mundo" com a divulgação dos dados do Censo 2022 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Existe ainda apreensão
de que o percentual de católicos possa se tornar inferior a 50%.
"Nós precisamos levar esses números em conta", afirma
Dom Jaime. "Há quem diga que, ao serem publicados os resultados do Censo,
provavelmente seremos [nós católicos] menos de 50% da população. É um dado que
preocupa sim", completa o presidente da CNBB.
Diante
desse contexto desafiador, Dom Jaime convoca os fiéis leigos, sacerdotes e religiosos
e religiosas para uma reflexão sobre como ser "sal da terra",
"luz do mundo" e "fermento na massa", conforme descrito no
Evangelho de Mateus. A proposta, completa o arcebispo, “é encontrar uma
linguagem que seja capaz de propor a mensagem ao adolescente, ao jovem, ao
adulto de hoje num contexto social marcado por desigualdades imensas, mas
também por avanços tecnológicos extraordinários”.
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