Como um avô entre seus netos,
Francisco esta manhã na Sala Paulo VI visitou as cerca de 250 crianças de 5 a
13 anos que participam da edição 2023 da iniciativa vaticana de verão. Entre
música e danças, o Pontífice conversou com jovens e animadores e recebeu os
seus presentes.
Vatican
News
Acolhido por cantos e danças e
por aplausos e sorrisos espontâneos, o Papa Francisco encontrou na manhã desta
terça-feira, 18 de julho, cerca de 250 crianças e adolescentes de 5 a 13 anos
que participam da edição 2023 da Colônia de Férias no Vaticano, instalada na
Sala Paulo VI para os filhos dos funcionários do Vaticano, supervisionada por
educadores especializados.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, fez o
seguinte comunicado aos jornalistas:
Esta
manhã, às 9h, o Papa Francisco visitou a Colônia de Férias "Estate ragazzi
in Vaticano" (Verão das crianças no Vaticano), acompanhado pelo padre
Franco Fontana, S.D.B., responsável pela organização das semanas de
atividades físicas, educativas e espirituais do centro.
Depois de
uma breve saudação aos animadores, a quem o Papa sugeriu que preservassem a
inquietude que nos leva a servir aos outros, e aos benfeitores, o Papa se
deteve em uma conversa com as crianças e os adolescentes que participam da
Colônia de Férias. Em resposta às suas perguntas, relacionadas ao caminho de
reflexão e às atividades que estão realizando nestes dias, o Papa Francisco
enfatizou a necessidade de sentimentos de gratidão para com os pais, o valor
dos avós, os "super-heróis" que "formaram uma família, que têm
sabedoria", e a necessidade de uma relação saudável com o mundo digital.
Atividade
muito apreciada
Uma
atividade "muito apreciada", como o próprio Papa Francisco disse no
Angelus do último domingo. As crianças e os adolescentes da Colônia de Férias
estão divididos em três grupos e três cores, de acordo com a faixa etária: de 5
a 7 anos, de 8 a 10 anos e de 11 a 13 anos.
Duas crianças pequenas presentearam o Pontífice com um cartaz
com um desenho e as palavras "You help us to be heroes" (Você nos
ajuda a ser heróis), com um jogo de palavras em inglês no qual o verbo "to
be", ser, é substituído por "bee", abelha, que é o tema da
edição deste ano da Colônia de Férias junto com o tema dos heróis. E foi
exatamente a palavra "herói" que foi escrita numa medalha de papelão
entregue ao Papa, que prontamente a colocou em seu pescoço.
"Que
mensagem podemos levar para os nossos heróis, os pais? ", pergunta o
pequeno Edoardo ao Papa Francisco que respondeu, convidando as crianças
presentes a repetir várias vezes "obrigado" às mães e aos pais pelo
esforço em fazê-los crescer. "Quem são os super-heróis do Papa?" é a
pergunta de Elena, à qual o Pontífice, com um toque de emoção, responde:
"Os avós" porque "têm sabedoria. E por isso é importante
conversar com eles. Raffaele, o mais velho dos três, propõe uma pergunta um pouco
mais desafiadora: "No mundo digital, como podemos ser heróis?" A
resposta de Francisco é usá-lo por sua utilidade, fazer uso dele e não o
contrário.
Os três
pequenos "entrevistadores" participam com muitos de seus coetâneos da
Colônia de Férias "Estate ragazzi in Vaticano" (Verão das crianças no
Vaticano), e esta manhã receberam a visita do Bispo de Roma na Sala Paulo VI
ocupada por jogos de todos os tipos e tamanhos. E como um avô entre os netos –
poucos dias antes do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, por ele tanto desejado
e que será celebrado no próximo domingo – Francisco conversou com eles,
dispensando gestos afetuosos de ternura. Desde o primeiro momento, quando os
animadores os reúnem para cantar juntos "Jesus Cristo, tu és a minha
vida", a canção que acompanha a entrada do Papa, que chegou pouco antes
das 9h30. Ele foi recebido com estrondosos aplausos dos presentes, sobretudo
dos jovens que enriquecem a saudação com um "olá" à exortação do pe.
Franco Fontana, diretor da comunidade salesiana do Vaticano e capelão da Direção
dos Serviços de Segurança e da Defesa Civil e dos Museus Vaticanos. O sacerdote
discípulo de dom Bosco dá as boas-vindas ao Pontífice em nome de todos, depois
explica-lhe os critérios de divisão das crianças, por faixa etária, nas equipas
"verde" (de 5 a 7 anos), "amarela" (de 8 a 10 anos), e os
«azuis» (de 11 aos 13).
Em
seguida, dois jovens, Giuditta e Giacomo, apresentaram a Francisco o
significado e os objetivos da iniciativa, que será realizada até 4 de agosto.
"Estamos muito gratos e felizes por participar ativamente dessa
experiência maravilhosa", disse Giuditta. "É uma experiência preciosa
para todos nós, animadores e assistentes de animação, porque nos dá a
oportunidade de crescer junto com esses garotos que nos dão tantos sorrisos e
tantos abraços todos os dias". E enfatiza, em particular, como esta edição
tem como ponto de partida a carta encíclica Fratelli tutti, "que
atua como uma bússola em nosso caminho que visa fazer com que as crianças
entendam como é importante gerar uma fraternidade 'contagiosa' entre as
pessoas, para que todos se sintam reconhecidos e respeitados simplesmente como
irmãos, redescobrindo a força, o valor e a beleza das relações fraternas".
Um percurso, continua a jovem, que tem como objetivo enfatizar a importância das
relações e da partilha "através da descoberta de emoções e atitudes gentis
baseadas na confiança e não no medo do outro, no diálogo e não no confronto,
nos gestos livres e bons contra a arrogância e o egoísmo".
Uma
verdadeira sinodalidade, um caminhar juntos, que ajuda "até mesmo nós,
animadores e assistentes de animação, a compreender a beleza do que estamos
fazendo, porque graças a essa experiência podemos experimentar em primeira
pessoa a importância de viver as relações entre as pessoas e de ser irmãos",
conclui Giuditta. Depois dela toma a palavra Giacomo que é um dos
"animadores assistentes", ou seja, "todos aqueles jovens que,
uma vez terminada a experiência na Estate Ragazzi, começam uma nova
aventura", desta vez como animadores de verdade. "Quando
participávamos do Estate Ragazzi", diz ele ao Papa, "os animadores
eram nossos super-heróis, eram aqueles jovens que queríamos ser por causa de
seu entusiasmo, de sua paixão, da capacidade que tinham de nos fazer sorrir e
nos querer bem". Por esse motivo, ressalta, "para todos nós, vestir
essa camiseta hoje é um grande presente, é uma grande oportunidade porque nos
ajuda a crescer, a assumir responsabilidades com a esperança de que em breve
também seremos animadores e faremos ainda mais parte dessa grande família".
Super-heróis
é o termo recorrente da manhã, sublinhado pelas notas da canção homônima do
rapper italiano Mr. Rain, que fala justamente da importância de sermos irmãos.
Foi cantada em alto e bom som pelas crianças presentes e, durante a
apresentação, alguns membros da equipe amarela ofereceram ao Papa Francisco
desenhos feitos em grandes caixas de papelão coloridas, que ele observou com
grande atenção, distribuindo carícias aos animados doadores. A palavra
"herói" foi desenhada em uma medalha de papelão entregue ao
Pontífice, que prontamente o colocou em seu pescoço.
No final
do breve encontro, composto por três perguntas e outras tantas respostas, o
animador Sergio, junto com as crianças Federica e Giulia, entregaram ao
Pontífice a mochila e camiseta de Estate Ragazzi, em vista de sua partida para
a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, "para que ele possa nos levar
com ele nessa viagem", disseram a ele.
No final
do encontro, ressoaram as notas da música tema de Estate Ragazzi Bee
Heroes – equipes de heróis. Antes de deixar a sala, o Papa conduziu a
oração do Pai-Nosso e deu a bênção aos presentes, pedindo-lhes que a
transmitissem também aos pais, avós e amigos e que não se esquecessem de rezar
por ele. Por fim, ele posou com os protagonistas desse centro de verão dedicado
aos filhos dos funcionários do Vaticano, para as fotos.
Anteriormente, o Pontífice tinha se encontrado na Sala Paulo VI com os animadores e animadoras, e depois com os parceiros que apoiaram o Estate Ragazzi , acreditando no projeto desde o início e contribuindo ativamente com oficinas e outras iniciativas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário