3
DE ABRIL DE 2023
2ª.
FEIRA DA SEMANA
SANTA
Cor
Roxo
1ª Leitura - Is
42,1-7
Leitura do Livro do Profeta Isaías 42,1-7
1'Eis o meu servo - eu o recebo; eis o
meu eleito - nele se compraz minh ‘alma; pus meu espírito sobre ele, ele
promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz,
nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não
quebra uma cana rachada
nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o
julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem
se deixará abater, enquanto não estabelecer a
justiça na terra;
os países distantes esperam seus ensinamentos.' 5Isto diz o Senhor Deus, que criou o
céu e o estendeu, firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração
aos seus habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6'Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro
de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os
olhos dos cegos,
tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que
vivem nas trevas. Palavra do Senhor.
Reflexão
– O servo perfeito é cheio do Espírito Santo!
O servo perfeito aos olhos de Deus não esmorece nem se abate, não desanima e,
como uma luz que ilumina, ele abre os olhos dos cegos tirando-os da ignorância
para que conheçam Jesus e sejam libertados do cativeiro. O servo perfeito é
cheio do Espírito Santo, por isso, com muita sabedoria ele conquista para Deus
as pessoas “sem levantar a voz”, “sem
quebrar aquele que já está trincado”, sem
“apagar a pouca fé que as pessoas possuem” “promovendo a justiça para obter a
verdade”. Todos nós somos chamados a
imitar Jesus, o Servo perfeito e, como Ele, anunciar a Salvação que o Pai nos
concedeu com gestos, palavras e expressões coerentes com a nossa missão de
servidor. Às vezes nós não entendemos isso e nos propomos a ser fiéis, mas na
realidade fazemos apenas um papel de voluntário (a), alguém que em alguns
momentos está disponível, mas em outros se justifica, porque está muito ocupado
nos seus afazeres pessoais ou tem medo de enfrentar os desafios. Devemos ter consciência de que quando Deus
nos chama também nos segura pela mão, nos prepara e faz de nós um sinal de
aliança com os povos e luz das nações. Se quisermos seguir a Cristo devemos
assumir também este encargo, tendo-O como modelo e confiante de que é esta a
Missão que o Pai nos entregou. Servindo aos irmãos é que podemos ser servos de
Deus, dentro da nossa casa, com a nossa família, no lugar onde trabalhamos e em
todas as circunstâncias da nossa vida quando lidamos com pessoas que ainda não
enxergam a presença de Deus porque estão cegas ou para tirar do cárcere
os prisioneiros e da prisão, aqueles que vivem nas trevas. –
Como você tem cumprido a missão de servo de Deus? – Você tem contribuído para
que a salvação alcance as pessoas ao seu redor?
Você tem feito aliança com as pessoas? – Como está sendo o seu relacionamento
com a sua família, com os seus amigos? – Você é servo (a) ou apenas um voluntário (a)?
Salmo - Sl 26, 1.
2. 3. 13-14 (R. 1a)
R. O Senhor é
minha luz e salvação.
1O Senhor é minha luz e salvação; *
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida; *
perante quem eu tremerei?R.
2Quando avançam os malvados contra mim, *
querendo devorar-me,
são eles, inimigos e opressores, *
que tropeçam e sucumbem.R.
3Se contra mim um exército se armar, *
não temerá meu coração;
se contra mim uma batalha estourar, *
mesmo assim confiarei.R.
13Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver *
na terra dos viventes.
14Espera no Senhor e tem coragem, * R.
Reflexão - O coração do servo sempre está confiante e sereno
diante dos desafios da missão. O servo fiel é aquele que não duvida da proteção
do Senhor mesmo que o mundo se volte contra si. A quem poderemos temer se
estamos a serviço de Deus que é poderoso? Mesmo que as circunstâncias nos sejam
adversas e passemos por privações, quem poderá nos fazer mal? O Senhor é minha luz e salvação, a quem
poderei temer?
Evangelho - Jo
12,1-11
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
São João 12,1-11
1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi
para Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta
servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os
com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos,
aquele que o havia de entregar: 5'Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para as dar aos pobres?'
6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres,
mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum
e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse:
'Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha
sepultura.
8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis.' 9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus,
mas também para verem Lázaro, que Jesus havia ressuscitado
dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram
matar também Lázaro, 11porque, por causa dele, muitos deixavam os judeus
e acreditavam em Jesus. Palavra do Senhor.
Reflexão –
Uma oferta de amor!
No gesto de Maria ao derramar o perfume precioso e caríssimo nos pés de Jesus, enxugando-os com o seu próprio cabelo nós vemos uma demonstração de amor, de confiança, gratidão e doação, que nos servem de exemplo. Ela entregou a Jesus tudo o que possuía de melhor, a sua vida e os seus bens! Mesmo sob o protesto de Judas que, querendo confundir os outros falou da necessidade dos pobres, Jesus soube argumentar porque conhecia profundamente aquela mulher e sabia da sua sinceridade. Consciente de que estava prestes a ser entregue nas mãos dos judeus e que vivia os seus últimos momentos aqui na terra Jesus aceitou de bom grado a homenagem que recebia. Nas palavras pronunciadas por Jesus nós encontramos uma realidade existencial que ainda não entendemos: “pobres, sempre terei convosco, mas a mim nem sempre me tereis”. Às vezes nos furtamos de dar o melhor para Deus, porque achamos pouco o que temos e poderá nos faltar. Ou então, não aceitamos o que querem nos dar, pois tememos tirar de alguém algo que poderá lhe fazer falta. Não podemos tapar o sol com uma peneira, a vida é passageira, por isso, precisamos estar atentos a fim de perceber os sinais de misericórdia que vêm do céu por meio das pessoas que nos oferecem algo precioso. Com Maria nós apreendemos que a vida atual, aqui na terra, é o momento propício para que também ofertemos a Deus tudo quanto temos de precioso: o perfume da nossa oração, da nossa adoração, mas também dos nossos atos concretos de amor, de despojamento. Tudo o que ofertamos ao próximo, estamos fazendo também a Deus! O gesto de Maria se compara com o perdão que precisamos oferecer a quem nos ofendeu, com a reconciliação que precisamos promover na nossa família, com a compreensão que devemos ter com os erros dos nossos irmãos, com o tempo que precisamos dedicar às causas justas. Assim sendo, enquanto estamos aqui na terra, todos nós ainda temos oportunidade de derramar aos pés de Jesus os nossos bens mais preciosos, quando demonstramos a alguém a nossa gratidão, o nosso perdão e a nossa reconciliação.
- Como você tem aproveitado o tempo que está vivendo?
– A quem você tem se dedicado?
- Você tem cuidado somente dos seus interesses ou se empenha pela vida de alguém mais? – Você tem oferecido a Deus o momento presente da sua vida?
– Você se preocupa com os pobres?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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