Na conserva com a Rádio Vaticano dom Joel disse que a visita ao
Vaticano entra na história de 70 anos da CNBB e ratifica uma prática de una vez
por ano a presidência vir a Roma e conversar explicitamente com o Santo Padre
mas também com alguns Dicastérios onde se faz necessário conversar. Neste
sentido – afirmou - somos uma Conferência que deseja estar muito próxima ao
Santo Padre. “Não somos apenas a maior Conferência numericamente falando, mas
expressamos essa realidade vindo aqui anualmente estando com ele, sendo
confirmados no caminho de comunhão que foi um ponto que ele destacou muito na
conversa e também ao longo dos Dicastérios”.
Dom Joel
falou da presença dos assessores da CNBB nesta visita: “foi a primeira vez que
isso aconteceu e o que é interessante, foi uma iniciativa dos assessores,
porque sabiam que essa é a última visita que esta presidência, nesse
quadriênio, faz a Roma. Então os assessore disseram, queremos estar juntos.
Queremos estar com vocês no espírito de peregrinação e oração. E onde foi
possível participaram com os quatro da presidência e participaram também em
outros momentos de visitas e orações. Alguns vieram a Roma pela primeira vez,
foi uma experiência muito rica. Isso fortalece vínculos ainda que a maioria dos
assessores, tudo indica, não venha a continuar no próximo quadriênio”.
Já dom Mário falou
como viu o Papa: “o Papa pai mais também deixa a quem o visita e sobretudo a
nós um espaço de muita fraternidade. Ele se faz irmão e ao mesmo tempo nos
estimula na continuidade da missão, das tarefas, não obstante dificuldades e
alegrias que partilhamos com o Papa Francisco. Ele, a gente percebe pelo olhar
e pelo tom das palavras que ele quer estar próximo e continuar caminhando com a
gente”.
Falando sobre
indicações, dom Mario disse que as indicações do Papa são de comunhão tendo em
vista o processo Sinodal que estamos vivenciando e também de proximidade. Como
ele sempre frisa, - destacou ainda dom Mário - proximidade com Deus,
proximidade entre nós bispos, proximidade com o clero, vida consagrada, e
proximidade com o povo. “E hoje – continuou - foi tocante quando falamos com
ele da realidade dos nossos seminários, da beleza também da nossa vida
apostólica, ele dizia para nós que o seminário seja sempre um local de profunda
espiritualidade de séria educação acadêmica, de boa convivência comunitária e de
uma sadia Apostolicidade. O que vale dizer vida missionária Pastoral”.
Falando como
viu fisicamente o Papa disse que “esteve em pé junto conosco, não só para as
fotografias, para a saudação. Muito ágil nos movimentos ali na sala onde
estávamos com ele. Tendo em vista a visita que fizemos em janeiro passado, ele
tem uma mobilidade bem melhor”.
Dom Jaime
falou do acolhimento, dizendo que todos foram muito bem acolhidos nos
Dicastérios e pelo Papa. “Trouxemos algumas questões que fazem parte do
cotidiano da Igreja no Brasil e claro estávamos dispostos a colher indicações
que por acaso os Dicastérios tivessem a nos apresentar. Eu creio que uma
avaliação final da visita é a positividade. foi muito positivo, foi muito rico,
muito fraterno e eu diria ao mesmo tempo muito simples. Uma visita de irmãos
para irmãos”.
O encontro
com o Papa, disse ainda dom Jaime, citando a presença dos assessores foi uma
forma de reconhecimento pela dedicação e empenho do grupo de assessores durante
esse quadriênio. Um quadriênio marcado por desafios por causa da pandemia, da
situação sócio-política do Brasil e que exigiu certamente de todos muita
sensibilidade, muita perspicácia e diria também muito discernimento. Essa
presença aqui conosco, foi gratificante e expressão de um reconhecimento pelo
trabalho realizado.
O encontro
com o Santo Padre disse ainda dom Jaime é sempre uma oportunidade para
fortalecer o vínculo da unidade da comunhão. “Como sempre muito acolhedor, mas
também ao mesmo tempo muito atento àquilo que a Igreja no Brasil vem
desenvolvendo, e ao mesmo tempo atento à situação do nosso povo. Como Pai, como
irmão, a sua orientação, a sua palavra segura e objetiva, clara, de fé, para
que juntos possamos levar a termo a obra iniciada”.
Visita aos Dicastérios
Ao longo da semana, os assessores da CNBB tiveram a
oportunidade de visitar os vários Dicastérios que integram a Cúria Romana, como
é o caso do Discatério para a Comunicação, o Dicastério para os Leigos, a
Família e a Vida e o Dicastério para a Cultura e a Educação.
O padre Crispim Guimarães, assessor da Comissão
Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, esteve reunido no dia 2 fevereiro
com os secretários do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida do
Vaticano.
Na ocasião, ele apresentou o trabalho realizado pela
Comissão como os lançamentos da Pastoral Familiar no Brasil e os materiais
que fazem parte da Trilha Vocacional para a vida em família.
“Foi uma conversa muito produtiva, eles viram os
materiais e ficaram muito contentes e pediram para partilhar os materiais com
outras conferências episcopais”, partilhou padre Crispim. Ele contou também que
o secretário do dicastério, o brasileiro Gleison de Paula
Souza, deverá ter os materiais como fonte de pesquisa para um doutorado
sobre família.
No Dicastério para a Comunicação, houve também um
momento de partilha e de encaminhamentos de articulações entre assessores da
CNBB e o organismo da cúria.
Os quatro assessores da Comissão Episcopal para a
Cultura e a Educação da CNBB visitaram o Dicastério para a Cultura e a Educação
da Santa Sé e foram recebidos pelo prefeito, o cardeal José Tolentino Mendonça,
e a equipe que atua nas diversas áreas do organismo.
“Foi muito proveitoso, porque ouvimos algumas
orientações e também o grande pedido de que nós pudéssemos trabalhar cada vez
mais em parceria. Foi muito interessante ouvir o quanto a Igreja do Brasil tem
atividades concretas, inovadoras e também presentes nos diversos campos de
atuação, sendo até protagonista e até inspirando outras experiências pastorais,
evangelizadoras para outras partes do mundo. Então, nesse sentido, nós
percebemos o quanto o próprio Vaticano está desejoso de profundamente ouvir nossas
experiências pastorais que, de certa forma, também inspiram na multiplicação de
atividades como essas em outros países mundo afora”, partilhou o assessor do
Setor Educação, padre Júlio César Evangelista Resende, que ressaltou ainda que
a oportunidade de estar presente e conhecer os diversos departamentos e as
pessoas responsáveis, “permite maior comunhão e apoio recíproco”.
Retiro dos Assessores
O grupo teve a oportunidade de vivenciar, ainda, um
dia de retiro espiritual em Assis, na Itália, pregado pelo padre Geraldo
Hackmann, da arquidiocese de Porto Alegre, teólogo e prefeito de estudos do
Colégio Pio Brasileiro.
Com o tema “sentir a Igreja”, o retiro foi um
momento de escuta, oração e partilha, segundo o subsecretário adjunto de
pastoral da CNBB, padre Marcus Barbosa.
Tendo como texto bíblico referencial Jo 21, 15-19 e
várias reflexões da teologia e do magistério da igreja, especialmente a Carta
Encíclica Ecclesiam Suam, de 1964, escrita por São Paulo VI,
todos foram convidados a refletir sobre como se sentem diante da Igreja.
“Uma das preciosas reflexões rezadas nesse retiro é
que sem amor à Igreja – que é fruto do amor primeiro a Jesus Cristo, da
experiência de ser verdadeiramente amigo de Jesus, nas escolhas, nas atitudes e
nos gestos que realizamos – não há compreensão e nem mesmo missão da Igreja”,
disse o padre Marcus Barbosa.
Missa no Túmulo de São Pedro
Outra atividade na manhã desta quinta-feira, 9 de
fevereiro, foi a celebração da Eucaristia no Sepulcro de São Pedro. A
Missa foi presidida pelo arcebispo de Cuiabá (MT) e segundo vice-presidente da
CNBB, dom Mário Antônio da Silva.
Com informações da CNBB
:Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-02/papa-francisco-recebe-presidencia-cnbb-grupo-assessores.html
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