Depois de percorrer cerca de 4.945 Km em pouco mais de 6h45 de voo, o Papa Francisco chegou a Roma concluindo a sua 40ª Viagem Apostólica Internacional que o levou à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul.
Silvonei José - Vatican News
O Papa Francisco já se encontra em Roma. O avião
papal deixou o Sudão do Sul às 11h56, (hora local) desta manhã de domingo e
tocou terra italiana por volta das 16h49, hora local, aterrissando no aeroporto
de Internacional Leonardo da Vinci, Roma-Fiumicino. Comclui-se assim a 40º
Viagem Apostólica Internacional de Francisco.
No momento da despedida no aeroporto Internacional
de Juba o Papa Francisco esteve acompanhado pelo arcebispo de Cantuária Justin
Welby, e o moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, Iain
Greenshields, acolhidos pelo presidente da República Salva Kiir Mayardit. O
Papa se deteve por alguns momentos com o presidente do Sudão do Sul. Após a
saudação das delegações e a guarda de honra Francisco subiu a bordo do avião a
ITA Airways que o trouxe a Roma. Justin Welby e Iain Greenshields também
viajaram com o Papa. Como previsto, realizou-se a coletiva de imprensa durante
o voo, desta vez com a participação de Welby e Iain.
Encerra-se assim a intensa programação do Papa no
Sudão do Sul, que teve início na última sexta-feira, em continuação à visita à
República Democrática do Congo, no âmbito da 40ª Viagem Apostólica
internacional que teve início no dia 31 de janeiro.
O lema da visita ao Sudão do Sul foi "Para que
todos sejam um", extraído do Evangelho de João, capítulo 17. A esperança
vivida nestes dias em terras sul-sudanesas com a presença dos três líderes
religiosos era de ajudar a selar definitivamente o acordo de paz no país,
nascido oficialmente em 9 de julho 2011, após a separação do Sudão.
De fato, a presença dos três líderes religiosos foi
uma expressão muito significativa do ecumenismo, um ecumenismo de testemunho,
afirmou antes da viagem o cardeal secretário Pietro Parolin, observando que
"as Igrejas cristãs trabalham a serviço de toda a população, onde muito
frequentemente o Estado e às vezes até mesmo as agências internacionais não
conseguem chegar. Portanto, elas gozam de confiança e autoridade entre a
população e isto lhes permitiu desempenhar um papel significativo no complexo
diálogo internacional".
O Sudão do Sul vem sendo marcado pela violência
desde sua independência. Recordamos que na véspera da chegada do Papa, 27
pessoas foram mortas no Estado da Equatoria Central, no confronto entre
pastores de gado e membros de uma milícia.
Esperança
Nas suas palavras conclusivas na Santa Missa nesta
manhã de domingo no Mausoléu de “John Garang o Papa disse ao povo do Sudão do
Sul que palavra que ele gostaria de deixar para cada um é
"esperança", como um presente a ser compartilhado, como uma semente que
dá frutos. "Como nos recorda a figura de Santa Josefina, a esperança,
especialmente aqui, está no signo da mulher e eu gostaria de agradecer e
abençoar de maneira especial a todas as mulheres do país”.
E
há outra palavra que Francisco quis deixar para o Sudão do Sul é paz. Paz que
marcou estes dias e que "desejo com todas as minhas forças" também
para os dias que virão e aos quais não lhe faltará o seu apoio junto com o dos
líderes religiosos - o arcebispo anglicano Welby e o pastor Iain - que o
acompanharam nesta viagem.
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