Depois do Angelus, o Papa rezou pelos mortos e agradeceu aos socorristas que levaram ajuda aos migrantes náufragos na manhã deste domingo na costa de Crotone. Segundo as autoridades, entre 150 e 180 pessoas viajavam amontoadas no barco. Entre os mortos há 11 menores e um recém-nascido.
Cecilia
Seppia – Cidade do Vaticano
Esta manhã soube com dor do naufrágio ocorrido na costa da
Calábria, perto de Crotone. Já foram recuperados 40 mortos, entre os quais
muitas crianças. Rezo por cada um deles, pelos desaparecidos e pelos outros
migrantes sobreviventes. Agradeço aos que levaram ajuda e aos que estão dando
acolhida. Que Nossa Senhora ampare estes nossos irmãos e irmãs.
Depois da
recitação do Angelus,
o coração do Papa se parte como o barco naufragado na manhã deste domingo na
costa de Crotone, tendo a bordo também muitas crianças, provavelmente engolidas
pelo mar.
Busca pelos desaparecidos
A
tragédia, mais uma, ocorreu perto de Steccato di Cutro, a 20 km de Crotone. Os
mortos já são ao menos 60, entre eles 11 menores e um recém-nascido.
Os
sobreviventes encontrados na praia cansados, molhados e assustados, contaram
aos socorristas que o barco pesqueiro em que viajavam, junto com muitas outras
pessoas, homens, mulheres e crianças, em determinado momento, devido ao mau
tempo e mar agitado, literalmente se partiu ao meio.
No
momento, há 80 migrantes resgatados. Vinte e um deles foram transportados para
a sala de emergência do hospital Crotone, mas não estão em estado crítico. Os
outros 59 sobreviventes já foram transferidos para o centro de acolhimento para
requerentes de asilo em Isola Capo Rizzuto, onde receberam roupas secas e
cobertores. Os sobreviventes choram sem falar, envoltos em uma dor terrível e
silenciosa, olhando para o nada. Uma mulher, com o nariz quebrado, grita em
desespero o nome do filho que não foi mais encontrado. A busca pelos
desaparecidos no mar continua, mas com extrema dificuldade devido às condições
meteorológicas.
De acordo
com testemunhos, havia cerca de 250 pessoas no barco, enquanto de acordo com as
autoridades locais seriam entre 150 e 180, principalmente originários do Irã,
Paquistão e Afeganistão.
Dor da comunidade
“É um mau
despertar que deve acordar a comunidade para que tragédias semelhantes não
voltem a acontecer”, escreve no Twitter o presidente da Cruz Vermelha Italiana.
"O
que aconteceu em Steccato di Cutro é uma tragédia. Enquanto as atualizações
ainda estão sendo feitas, as notícias que já foram recebidas são
dramáticas", afirma por sua vez o prefeito de Crotone, Vincenzo Voce.
"Sentimos - acrescenta - uma dor profunda que neste momento une toda a
comunidade da cidade. Imediatamente nos organizamos por meio do Centro
Municipal de Operações da Proteção Civil, para dar o nosso apoio às Forças
Policiais, Bombeiros, Cruz Vermelha e todos aqueles que estão ocupados no local
da tragédia nestas horas".
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